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Silvano Formentin

Água e Poder: A história dos Aquedutos Romanos

Quando pensamos em Roma, somos levados às suas magníficas fontes artísticas, como a Fontana di Trevi, com suas águas cristalinas jorrando sem cessar, símbolo de uma riqueza histórica e cultural.

Mas, você já se perguntou de onde vinha toda essa água? A resposta nos leva de volta ao apogeu do Império Romano, a uma época em que os romanos conceberam uma das mais fascinantes realizações da engenharia antiga: os aquedutos.


Aqueduto Romano
Aqueduto Romano

Mas como surgiu a ideia da construção dos aquedutos romanos?


Há mais de dois mil anos, os romanos, diante da necessidade crescente de abastecer a metrópole com água potável, descobriram fontes naturais a cerca de 20 quilômetros de Roma.

Assim nasceu a ideia dos aquedutos, estruturas arquitetônicas monumentais que atravessariam terrenos e desafios, conduzindo a água das fontes naturais até a cidade. Mas para ser possível realizar esse feito, os romanos tiveram que pensar a respeito do terreno e da inclinação dos canais. Isso porque a água precisava correr numa velocidade ideal, nem rápida demais para não desgastar as estruturas, e nem devagar, para não ficar estagnada e intragável.


Essas estruturas desafiaram a gravidade sendo construídas tanto de forma subterrânea quanto elevada. Imagine um espetáculo de águas, onde os aquedutos desviavam o curso das águas não apenas para as necessidades diárias, mas também para alimentar grandes praças com fontes monumentais que serviam como prova de riqueza e poder.


Para a construção foram utilizadas algumas ferramentas como:


  • Groma: utilizada para observar as linhas retas e os ângulos de 90°. Consistia em um poste de cerca de 1,5 metros com travessas perpendiculares em um suporte;


  • Dioptria: era utilizada para nivelar e medir ângulos. Assentada sob uma base de três pés, e engrenagens e parafusos permitiam que ela se movesse nas direções horizontais e verticais;

  • Corobate: era usado como um nível de bolhas e consistia em uma tora de madeira de seis metros, apoiada horizontalmente em cada uma das extremidades, com dois fios de prumo. Sendo, provavelmente, a ferramenta mais importante para a construção dos aquedutos.



Os romanos não foram os primeiros a construir aquedutos, mas sem dúvida foram os que mais aperfeiçoaram essa arte. A durabilidade das construções que, em alguns casos, funciona até hoje é resultado do uso de materiais como pedras, tijolos e cimento vulcânico.

O processo de construção era meticuloso, mas o resultado foi uma rede de canais capaz de transportar água por quase 100 quilômetros.


“Com tantas estruturas indispensáveis para o transporte de águas, quem se atreveria a compará-las às inertes pirâmides ou às inúteis, mas célebres, obras gregas?” - escreveu Sexto Júlio Frontino (35–c. 103 EC), governador e comissário de águas.

A Importância dos Aquedutos


Os aquedutos não foram apenas uma questão de conveniência e luxo, e sim essenciais para o bem-estar de Roma, abastecendo os banhos públicos, as fontes e até latrinas (banheiros), sendo essenciais para a saúde e higiene da população. Após utilizada, a água fluía para o esgoto, levando embora toda sujeira, inclusive os dejetos das latrinas instaladas nos banhos.

Imagem de um banho romano, as termas romanas de Bath.
Termas romanas de Bath.

Com a queda do Império Romano, muitos aquedutos foram destruídos ou caíram em desuso, transformando-se em ruínas. Foi apenas com iniciativas como a de Papa Nicolau V, no Renascimento, que se viu a reconstrução e a revitalização dessas estruturas, culminando em obras-primas como a Fontana di Trevi.


Hoje, os nasoni, bebedouros públicos derivados dessa herança, continuam a fornecer água potável em Roma, mantendo viva a tradição de acesso gratuito e universal à água.


Imagem de um nasoni, bebedouro público romano.
Nasoni, bebedouro público romano.

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