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  • Silvano Formentin

As bibliotecas secretas de Roma


Para os apaixonados por literatura, poucas experiências se comparam à sensação de adentrar uma biblioteca repleta de livros. Imagine, então, a emoção de explorar as páginas da história em uma biblioteca histórica de Roma, repleta de preciosidades literárias.

Roma, abriga bibliotecas únicas que, muitas vezes, escapam ao olhar dos turistas, mas que inegavelmente merecem ser celebradas por seu riquíssimo legado histórico e pelo acervo que abrigam.

Através desta leitura, levaremos você a uma fascinante jornada pelo mundo dos livros, apresentando 4 bibliotecas incríveis acessíveis ao público e uma verdadeira joia literária oculta nos recantos secretos de Roma. Prepare-se para descobrir o inestimável patrimônio que estas bibliotecas reservam aos apreciadores da literatura e aos curiosos da história.



Biblioteca Vallicelliana: A enigmática porta de acesso à Biblioteca Vallicelliana encontra-se discretamente embutida na majestosa fachada da Chiesa Nuova, situada nas imediações da imponente Piazza Navona. A entrada é revelada por meio de uma escadaria cerimonial de poucos degraus, cuja origem remonta aos primórdios da instituição, fundada por San Filippo Neri. Este visionário, cujo legado se entrelaça com a fundação da Congregação dos Oradores em 1575, e que atribuiu um profundo valor à leitura, ao estudo e à música como componentes essenciais de sua prática religiosa.

Sendo uma das primeiras bibliotecas de acesso público em Roma, ela abriga uma coleção singular que guarda segredos, incluindo volumes proibidos pela autoridade da Igreja Católica. Um de seus tesouros é a Bíblia que outrora pertenceu a Carlos Magno, Imperador Romano, cujo nome ecoa ao longo dos séculos como um ícone de poder e mistério.

Este recinto enigmático guarda em seu seio uma ampla gama de preciosidades, e um repositório com cerca de 3.000 manuscritos de diferentes alfabetos. Estes manuscritos, cuidadosamente arquivados, constituem um tesouro de incalculável valor para os estudiosos da paleografia, proporcionando insights profundos na história da Igreja, na cultura científica e literária. Paralelamente, a biblioteca abriga uma coleção de obras musicais, cujas notas ressoam como segredos musicais guardados nas sombras da noite.

Além desses tesouros literários, seu acervo guarda também fundos documentais notáveis que são como enigmas ainda não desvendados. Entre eles, destaca-se o enigmático Fundo Allacci, uma dádiva deixada por Leone Allacci, o guardião dos segredos da biblioteca do Vaticano. O Fundo Bianchini, adquirido em 1764, continua a lançar mistérios que desafiam a compreensão. O Fundo Falzacappa, legado à biblioteca em 1843, parece esconder segredos de uma era passada.

Nessa biblioteca também se encontram os misteriosos Papéis de Cialdi, cujo conteúdo permanece envolto em sombras, e o intrigante Fundo Badalocchi, que traz um foco especial em questões científicas e astronômicas, como se guardasse respostas para enigmas cósmicos que desafiam a mente humana.

Assim, a Biblioteca Vallicelliana se apresenta como um cofre de mistérios e conhecimento, onde cada volume é uma chave para desvendar segredos há muito esquecidos.




Società geográfica italiana:

Aninhada em uma vila do século XIV com uma coloração amarelada, situada em um parque sereno por trás do Coliseu, a Società Geografica Italiana abriga uma das maiores e mais especializadas coleções de mapas e literatura geográfica da Europa.

A Itália ingressou tardiamente na era da exploração que coincidiu com a expansão do império europeu no século XIX. No entanto, sua tradição anterior de excelência na cartografia e navegação, personificada por figuras como Américo Vespúcio e Cristóvão Colombo, dotou a Società Geografica Italiana com uma coleção de mapas que remonta ao período anterior à descoberta do Novo Mundo em 1480 por Albino de Canepa em Pérgamo.

A principal sala de leitura se encontra fora da Sala de Mosaicos, onde um antigo mosaico romano, descoberto nas proximidades da biblioteca, adorna o piso, enquanto afrescos do século XVI no teto representam a primavera e o outono, personificando-os na figura de um sátiro. Através das janelas, uma vista serena se desvenda: o tranquilo parque da Villa Celimontana, adornado por palmeiras, ciprestes e pinheiros, escondendo mistérios de séculos.

Diariamente, alguns indivíduos folheiam o catálogo de cartões manuscritos que datam de 1876, embora todos os 400.000 livros da biblioteca estejam disponíveis em formato digital. A maior parte da coleção é dedicada à exploração, tanto de italianos quanto de exploradores internacionais.



Biblioteca Hertziana:

A Biblioteca Hertziana, de singularidade indiscutível, revela-se ao mundo por meio de uma entrada que assume uma forma tão imponente quanto enigmática: uma boca aberta, característica peculiar que possivelmente a torna a única biblioteca de sua espécie em todo o planeta. Ao atravessar suas portas, os visitantes são acolhidos por um design moderno, marcado por paredes de vidro e um piso de mármore travertino branco, um contraste surpreendente em relação à entrada e aos majestosos palácios que cercam a praça da Plaza de España, proporcionando uma experiência visual inusitada.

A história enigmática da Biblioteca Hertziana remonta a uma visão ousada de Henrietta Hertz, uma apaixonada colecionadora de arte alemã que, nos albores do século XX, percebeu a carência de Roma por um estabelecimento bibliotecário exclusivamente dedicado à arte, capaz de nutrir o estudo de seus tesouros ricos, que transitam entre o antigo e o contemporâneo.

Localizada no Palazzo Zuccari, no coração da eterna Roma, esta instituição abriga uma coleção impressionante composta por 300 mil volumes e 800 mil fotografias, abordando a vasta história da arte e da arquitetura italiana.

A Biblioteca Hertziana é agora propriedade do governo alemão, e ela se ergue como um refúgio sublime para estudiosos, oferecendo um ambiente de silêncio absoluto, equipado com 80 estações de trabalho, onde o conhecimento se desvenda em meio ao silêncio.


Aqueles privilegiados que a visitam têm o privilégio de desfrutar de uma vista panorâmica que desvenda os segredos dos telhados de Roma, com a majestosa Basílica de São Pedro a se erguer no horizonte, como um enigma arquitetônico que perdura ao longo dos séculos.





Biblioteca Angelica:


Numa proximidade quase secreta à majestosa Piazza Navona, no enigmático centro histórico de Roma, repousa a Biblioteca Angelica. Uma instituição que, em 1609, tornou-se a primeira biblioteca europeia aberta ao público e a segunda na Itália.

Angelo Rocca (1546-1620), um erudito literato e ávido colecionador de edições preciosas, que foi responsável por cuidar da Imprensa do Vaticano durante o reinado do Papa Sisto V. Nos primeiros anos do século XVII, com um gesto que evoca a transmissão de um legado repleto de segredos literários e artísticos, confiou sua notável coleção, composta por aproximadamente 20.000 volumes, aos frades do convento de Sant'Agostino, em Roma, e, assim, deu nome à agora célebre Biblioteca Angelica.

Na primeira metade do século XVIII, o convento e sua biblioteca se tornaram palco de controvérsias religiosas de época, abrigando edições de textos proibidos, cuja relevância ainda ecoa no mundo acadêmico contemporâneo, alimentando estudos e pesquisas sobre o período da Reforma e da Contra-Reforma. A Biblioteca Angélica obteve uma autorização singular para possuir obras proibidas, e é precisamente esta exceção à censura que permitiu a guarda de cerca de 600 volumes da biblioteca do bispo agostiniano Enrico Noris.

Em 1762, o patrimônio bibliográfico da instituição foi enriquecido com a aquisição da riquíssima biblioteca do cardeal Domenico Passionei, duplicando assim a vasta coleção da biblioteca. Durante esses anos, os frades incumbiram o arquiteto Luigi Vanvitelli de reformar o convento, culminando na construção da sala atual em 1765. No entanto, a biblioteca, um lugar de mistério e conhecimento, permaneceu fechada para obras a partir de 1748, sendo somente reaberta ao público em 1786, após a conclusão do elaborado catálogo de obras impressas.

No século XIX, a história da Biblioteca Angélica se entrelaçou com os eventos históricos que marcaram a cidade de Roma, desde a invasão das forças francesas até a Proclamação da República Romana, liderada por Giuseppe Mazzini em 1849. A trajetória dos frades agostinianos na Biblioteca Angélica chegou ao seu desfecho em 1873, com a transferência da biblioteca para o domínio do Estado italiano, guardando em suas prateleiras, os segredos e mistérios de séculos de conhecimento.





Arquivos secretos do vaticano:

Com uma extensão documental que se estende ao longo de aproximadamente 83 quilômetros lineares, o enigmático arquivo secreto do Vaticano ergue-se como um dos mais vastos e resguardados depósitos de conhecimento no mundo.

O papel e a missão conferidos pelo Papado ao que outrora se chamava o "Arquivo Secreto do Vaticano," atualmente renomeado como o "Arquivo Apostólico do Vaticano," permanecem imutáveis, mantendo-se firmes ao longo das eras, alheios às vicissitudes culturais. Em sua essência, essa missão engloba a tarefa de preservar, organizar e enriquecer a documentação produzida pelos secretariados dos Pontífices Romanos e pelos diversos órgãos da Cúria Romana. Este processo visa assegurar que essa documentação, em seu primeiro estágio, esteja disponível para uso interno exclusivo do Papa e da Santa Sé.

Posteriormente, a partir de 1881, este arquivo também foi colocado à disposição de estudiosos procedentes dos confins do mundo. Estes pesquisadores, cada vez mais, voltam seus olhares ao Arquivo do Vaticano em busca de sabedoria e segredos que sustentem suas investigações acadêmicas.




Nas ruas de Roma, as bibliotecas não são meramente construções abarrotadas de livros, mas sim portais que conduzem ao cerne de um mundo de aprendizado e descobertas. Elas abrigam, dentro de suas paredes, um tesouro inestimável de manuscritos raros, textos ancestrais e obras-primas da literatura tanto italiana como internacional. São, de fato, templos sagrados do saber, fomentando a pesquisa, a leitura e a educação, erguendo-se como pilares culturais vitais para a comunidade local e para todos aqueles viajantes que almejam desvendar o vasto patrimônio literário de Roma.

Seja você um entusiasta apaixonado por livros, um pesquisador incansável ou um viajante curioso, as bibliotecas de Roma têm o poder de cativar todos os corações ávidos por conhecimento. Assim, na próxima vez que você pisar no solo da Cidade Eterna, reserve um momento para adentrar o mundo dessas notáveis bibliotecas. Elas não somente enriquecerão sua compreensão da história e da cultura de Roma, mas também oferecerão uma experiência profundamente edificante que lhe permitirá conectar-se com o passado e o presente dessa cidade esplêndida.

À medida que você conclui sua jornada pelas bibliotecas secretas de Roma, há um último segredo a ser desvelado, um tesouro linguístico que desbloqueará um novo nível de compreensão e apreciação. O italiano, idioma das artes e da cultura que permeia cada pedra das ruas de Roma, é a chave para desvendar os enigmas mais profundos deste lugar mágico.

Juntos, teremos a oportunidade de vivenciar uma experiência singular na Itália.

Como professor de italiano, tenho a honra de guiá-lo em uma emocionante e autêntica imersão na cultura e no idioma italiano.

Por isso, convido-o, a embarcar no Curso de Italiano Silvano Formentin, que o conduzirá à fluência em apenas oito meses. Essa é a chave que abrirá portas para uma experiência mais profunda e enriquecedora, onde você terá acesso as bibliotecas italianas que escondem grandes segredos que somente os fluentes na língua italiana podem apreciar. Clique no link e inicie sua jornada em direção a fluência para desfrutar das mais renomadas bibliotecas italianas: https://bit.ly/CISFbg Agora comente aqui qual foi a sua biblioteca favorita e qual delas você deseja conhecer. Arrivederci!

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