O templo de Todos os Deuses
Surpreenda-se com o Panteão em Roma
É no centro de Roma, na Piazza della Rotonda, que se encontra o impressionante e mais bem conservado monumento da Roma Antiga, o Panteão, um dos templos mais famosos da antiguidade.
A praça leva esse nome graças ao próprio Panteão, que é também conhecido pelo nome de Igreja de Santa Maria Rotonda. Esse título vem pelo formato da cúpula do impressionante monumento.
A fonte que enfeita o centro da praça foi construída em 1575 pelo escultor e arquiteto Giacomo Della Porta, por encomenda do Papa Gregório XIII. Nela foi colocado um obelisco egípcio em 1711, por ordem do Papa Clemente XI.
O obelisco do Panteão foi construído na época de Ramsés II, entre 1279 a 1213 a.C. e levado a Roma pelo imperador Domiciano, que o colocou como decoração no seu Campense, templo dedicado à divindade egípcia Ísis, próximo à igreja de Santa Maria sopra Minerva.
Foi colocado em frente ao Panteão somente em 1711, sobre a fonte de Giacomo Della Porta, a pedido do Papa Clemente XI. O obelisco tem pouco mais de seis metros, mas considerando a base da fonte e a cruz em seu topo, a obra atinge a altura de 14,52 metros.
Mas o que realmente chama a atenção no local, é a grandiosidade do monumento Pantheon, o Panteão.
Erguido há mais de dois mil anos, durante o período imperial, esse templo é um dos maiores símbolos da antiguidade de Roma e um dos monumentos mais bem preservados da época, uma obra fantástica da arquitetura e engenharia do Império Romano, que chama a atenção pela forma de enorme cúpula.
Foi construído originalmente em 27 a.C. por Marco Vipsânio Agripa, genro de Augusto, mas após ser destruído por dois incêndios nos anos de 80 e 110 d.C., foi reconstruído por Adriano entre os anos de 120 a 124 d.C.
Ao contrário do seu antecessor Trajano, o imperador Adriano abandonou a política expansionista e preferiu investir na consolidação das fronteiras e na unificação dos diversos povos que viviam dentro do Império, assim como na promoção e reconstrução de várias instituições civis e religiosas.
Eu já falei aqui no blog sobre a belíssima Villa Adriana, construída na cidade de Tivoli durante o século II para ser uma residência do imperador romano Adriano. Você pode ler o artigo completo sobre esse fascinante local clicando aqui.
Acredita-se que o Panteão foi construído como um templo para glorificar e homenagear diversos deuses romanos, sendo o teto em formato de abóboda uma referência ao céu. O nome do monumento é derivado das palavras gregas pan e theos, que significa "todos os deuses".
Após a queda do Império Romano, o Papa Bonifácio IV obteve permissão do imperador bizantino Focas para converter o Panteão em uma igreja cristã, em 609 d.C., e assim o local foi transformado na Basílica de Santa Maria dos Mártires.
Isso foi fundamental para a sobrevivência do Panteão, pois a conversão permitiu que a construção sobrevivesse aos séculos já que a igreja tinha os recursos para reparação e manutenção necessárias.
O Panteão até hoje impressiona pela sua magnitude e perfeição nas proporções. As medidas de diâmetro e altura da cúpula são exatamente as mesmas, 43,3 metros, formando uma esfera perfeita.
A cúpula do Panteão é a maior cúpula de concreto não reforçado do mundo, pesando quase 5000 toneladas, que se concentram em anéis de concreto. Ela não é sustentada por nenhum tipo de viga ou pilar!
Para a construção da estrutura, nas camadas superiores da cúpula foram utilizados materiais mais leves como concreto com pedra pomes, além do formato dos caixotes ter aliviado o peso da construção. Já na parte inferior optaram por materiais mais sólidos e pesados.
O Panteão é uma edificação tão impressionante que até mesmo Michelangelo se surpreendeu com sua estrutura.
O monumento posteriormente influenciou alguns dos maiores arquitetos do Renascimento italiano e do período barroco, tornando-se um modelo de inspiração para muitas construções ao longo dos séculos.
A entrada imponente é um grande pórtico, com enormes colunas, que remonta aos templos gregos helenísticos e deixa qualquer um deslumbrado.
O interior é de tirar o fôlego. No topo da cúpula tem um óculo, uma abertura circular de 8 metros de diâmetro que permite ventilação, entrada de luz e também de chuva. É a única fonte de luz natural, causando um belo efeito visual no interior do local.
Por conta do óculo, quando chove, também chove dentro do Panteão! O piso é levemente côncavo no centro e o escoamento da água se dá por ralos, uma série de furos no pavimento que fazem a água ser drenada.
Grande parte do interior em mármore também sobreviveu ao tempo. Lá estão diversos nichos com afrescos e esculturas, assim como túmulos de personagens importantes da história italiana.
O Panteão guarda o túmulo do grande artista renascentista Rafael. Também estão no Panteão as tumbas de dois reis da Itália, Vítor Emanuel II e seu filho Humberto I, assim como o de sua mulher, rainha Margherita, da casa Savoia.
O harmonioso monumento de arquitetura pagã continua sendo utilizado até hoje como igreja católica, com missas celebradas no local aos domingos e dias santos, e onde também se realizam casamentos.
Um fato curioso é que, como já contei anteriormente em outro artigo aqui no blog, o cimento utilizado para construir o Panteão, assim como outros monumentos romanos, é muito resistente.
É provável que o templo da época do Império continue em bom estado de conservação daqui centenas, ou até milhares de anos, caso não seja destruído por um evento externo significante, pois ficam mais resistentes a cada dia que passa. Incrível!
Quando você for conhecer o Panteão, lembre-se de aproveitar a proximidade para visitar também outros belos locais pela região, como a Piazza Navona e a Fontana di Trevi.
O site oficial para saber os horários de funcionamento e informações sobre o Panteão é https://www.pantheonroma.com/. A entrada é gratuita!
Me conte nos comentários se você gostou de conhecer essas curiosidades sobre o Panteão, e que outro ponto turístico de Roma é indispensável no seu roteiro de viagem à Itália.
Belíssimo. Colocarei sem dúvida no meu roteiro se um dia for a Itália. É o que mais quero.
É uma construção magnífica!