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  • Itália abre novamente as portas para brasileiros!

    Você estava com saudades de retornar à Itália, ou então planejar a sua primeira viagem para o país da bota? Então, pode preparar as malas… Desde o dia 1º de março, entrou em vigor a recomendação da UE (União Europeia) para que os países membros revoguem as restrições de viagens para todos os turistas totalmente vacinados contra a COVID-19, ou então que se curaram da doença no últimos 180 dias. Durante a pandemia, a Itália dividia os países em grupos que possuíam diferentes critérios de entrada no país. Agora, no entanto, as regras são iguais para todos! Isso significa que nós, brasileiros, estamos novamente liberados para visitar a Itália! Essa é uma excelente notícia para você que estava desejando fazer uma viagem ao país da bota e teve seus planos interrompidos pela pandemia. Confira nesse artigo informações detalhadas sobre essas novas normas para ingressar no país, e tudo o que é necessário para embarcar sem problemas e curtir sua viagem! Quais os critérios para viajar para a Itália? O Ministro de Saúde da Itália, Roberto Speranza, informou que a partir do dia primeiro de março de 2022, as regras impostas para o ingresso de estrangeiros no país serão as mesmas do que as impostas para os visitantes de países membros da União Europeia. Sendo assim, para entrar na Itália, é preciso apresentar o certificado de vacinação ou de cura da COVID nos últimos 180 dias. Se por acaso você ainda não estiver totalmente vacinado, será necessário apresentar um teste negativo, feito em até 72 horas antes da partida. Se você já estiver vacinado com todas as doses ou curados da COVID, não será necessário apresentar teste negativo. Atualmente, a Itália aceita as vacinas produzidas pelas seguintes empresas: Pfizer/BioNTech; Moderna; Janssen; Oxford/AstraZeneca; Novavax; Conforme as regras da Uniao Europeia, todos os imunizantes aprovados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) também deverão ser aceitos. Dessa forma, serão inclusas também as vacinas da Sinovac (CoronaVac), da Sinopharm, da Bharat Biotech e a Covovax do Instituto Sérum. Entretanto, como essas vacinas são diferentes das autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos, caso o turista tenha sido imunizado com eles, pode ser necessário apresentar testes antes da entrada, ou então realizar o isolamento, ou quarentena. Crianças e adolescentes de até 18 anos podem viajar se respeitarem as mesmas regras: estando vacinados ou curados da COVID nos últimos 180 dias. Caso elas não se enquadrem nessas condições, poderão viajar com um teste PCR negativo realizado no mínimo 72 horas antes da partida. Documentação necessária Além do óbvio (como o passaporte) alguns outros documentos são necessários para embarcar e adentrar sem problemas na Itália. Você precisará do certificado de vacina, de cura, ou PCR com resultado negativo. Para que o seu certificado de vacina seja aceito, é necessário que ele esteja escrito em inglês, espanhol, italiano, alemão ou francês. Ele também precisa conter seu nome completo e data de nascimento, bem como indicar nome e lote da vacina, juntamente com a data em que você recebeu as doses e os dados da instituição que emitiu o certificado. Isso significa que o certificado emitido pelo Conecte SUS será aceito, em sua versão em inglês que pode ser acessada através do próprio aplicativo! Juntamente com isso, precisará preencher um formulário online, o PFL (Passenger Locator Form). Esse é um documento online que precisa ser preenchido antes do embarque! Acesse o formulário nesse link. Somente na ausência dos certificados citados acima será necessário realizar o isolamento de 5 dias com a obrigação de realizar teste molecular ou antígeno ao final desse período. Então… Partiu viajar para a Itália? Depois de 2 anos com as portas fechadas para os turistas, a Itália finalmente está permitindo a entrada de visitantes de fora da União Europeia. Essa medida foi tomada frente as boas notícias referentes a pandemia! Segundo dados recentes. aproximadamente 79% da população italiana está totalmente vacinada! Além disso, o número de casos de COVID estão caindo desde a segunda quinzena de janeiro. Mesmo com isso, é claro que as medidas básicas de segurança seguem sendo tomadas e é importante respeitá-las, para a sua segurança e a dos demais. Isso incluiu usar máscara, evitar aglomerações e respeitar as indicações de distanciamento - além, é claro, de sempre manter a higiene e utilizar o famoso álcool em gel. Lentamente, o mundo vai retornando à normalidade, e é emocionante saber que o acesso a esse país tão rico, cultural e está historicamente permitido novamente, não é mesmo? Me conte nos comentários se você pretende visitar a Itália ainda esse ano! Lembre-se também de registrar o seu e-mail no campo logo abaixo do artigo. Dessa forma, você será notificado quando um novo post surgir por aqui, e ficará sempre por dentro das novidades envolvendo esse país que tanto amamos: a Itália! Nos vemos no próximo artigo! Arrivederci!

  • 5 curiosidades incríveis sobre o carnaval de Veneza!

    A maior festa de Veneza representa toda a riqueza cultural da cidade! O Carnaval de Veneza é uma celebração que atrai milhares de turistas anualmente e que demonstra toda a riqueza da cultura italiana! Essa é uma festa com séculos de tradição, e hoje vou te contar 5 fatos curiosos para você conhecer mais a respeito do famoso Carnevale di Venezia! 1- A origem do Carnaval de Veneza O Carnaval de Veneza foi criado no mesmo ano da consagração da Basílica de São Marcos, em 1094, pelo doge Vitale Falier. Falier era membro de uma das famílias mais poderosas de Veneza, e queria que a população pudesse se divertir em uma festa antes do início da quaresma. Assim, foi criado o carnaval, uma celebração onde a população poderia participar de jogos, brincadeiras e diversão em público. A ideia foi muito bem recebida por todos os venezianos, mas apenas em 1296 o Senado formalizou o carnaval com um decreto dizendo que o último dia antes da quaresma fosse um dia de festa. A população, porém, já começava a comemorar o carnaval meses antes, em dezembro. A oficialização do evento trouxe consigo uma série de usos, costumes, e tradições que podem ser observadas até hoje! 2- As máscaras de carnaval A população se encantou pelos festejos do carnaval justamente pelos momentos de liberdade que eles proporcionavam. Para celebrarem sem o julgamento da sociedade, os venezianos criaram trajes típicos que escondiam a sua identidade – e foi então que surgiram as famosas máscaras do carnaval de Veneza. Os homens usavam a “baùta”, uma roupa com uma espécie de capa que cobria todo o corpo. O rosto era escondido por uma máscara branca triangular, com uma abertura que não os impedia de comer e beber, mas era bem fechada, e por isso até alterava um pouco a voz de quem a usava. Já as mulheres usavam a “moretta” uma máscara preta de veludo oval. A máscara feminina não concedia muita liberdade, pois se encaixava no rosto por meio de um botão que devia ficar dentro da boca da mulher, o que as impedia de se expressarem. Esse ato de esconder a própria identidade geraram alguns acontecimentos negativos! Muitas pessoas se aproveitavam dos disfarces para cometerem atos imorais, golpes, pequenas ações criminais, que eram controlados pelas autoridades com uma certa dificuldade. Para tentar resolver o problema, as máscaras chegaram a ser proibidas em um período durante a noite, nos lugares sagrados e nas casas de jogo. Nos teatros, porém, elas continuaram sendo obrigatórias. 4- As brincadeiras de Carnaval Os jogos de carnaval em Veneza, assim como as máscaras, eram realizados para dar liberdade para o povo da cidade, naturalmente sérios e contidos. Dentre eles, estavam pirâmides humanas, corridas e competições entre acrobatas. Além disso, por todos os lugares havia a presença de saltimbancos, músicos, mímicos e artistas nas ruas. Apesar do clima de confraternização, algumas atividades eram bem cruéis e sangrentas. A caça ao touro, por exemplo, acontecia nos Campo San Geremia e Campo San Polo e era marcada pela decapitação de um touro, feita para exaltar a maestria dos açougueiros locais. O mattaccino também era um item comum nas brincadeiras. Era um estilingue utilizado para jogar ovos nas damas de Veneza! Esses ovos, entretanto, eram esvaziados e preenchidos com água de rosas. Além disso, haviam jogos de disputa, como o desafio dos punhos. Essa disputa de socos acontecia na Ponte dei Pugni e reunia dois grupos jogando adversários na água com socos violentos! Me conte aí nos comentários: você teria coragem ou gostaria de participar de alguma dessas brincadeiras? 4- Os personagens do Carnaval As máscaras e fantasias do Carnaval de Veneza são inspirados nos principais personagens da famosa “Commedia dell’Arte”, um gênero teatral que nasceu na Itália no fim do século XV e se espalhou pela Europa até o século XVIII. As máscaras e os personagens mais famosos são: O Pantalone: Um homem muito rico e que apesar da sua idade avançada era famoso pelas suas aventuras. Esse personagem representa o conservadorismo da sociedade. Colombina: Uma serva inteligente e habilidosa, a eterna amante de Arlecchino e que também era desejada por Pierrot. Arlecchino: Esta é considerada a máscara mais popular de Veneza. Esse personagem é considerado o palhaço, por seu modo de caminhar que se assemelha à uma dança! Pierrot: É um servo confiável e devotado a seu mestre. Além disso, é charmoso e carismático e usa roupas brancas folgadas com um lenço no pescoço. Pierrot é apaixonado por Colombina. Sua máscara retrata tristeza por ter seu coração partido, já que Colombina ama Arlecchino. 5- Napoleão e o fim do Carnaval A queda da República de Veneza aconteceu com a chegada de Napoleão, em 1797, e marcou não só o fim do poder da cidade, mas também acarretou várias transformações. Com medo do anonimato e da liberdade do carnaval, Napoleão decretou seu fim, permitindo somente as festas em casas privadas e nas ilhas de Murano, Burano e Torcello. A festa permaneceu proibida até 1979, quase dois séculos depois! Um grupo de cidadãos, começou a sair nas ruas com fantasias, jogos e máscaras. As autoridades públicas passaram a dar atenção à volta do carnaval e a investir no incentivo de manifestações e festas. Os artesãos voltaram a produzir os luxuosos vestidos e fantasias da época e a festividade invadiu novamente a Praça São Marcos, e as ruas de Veneza! Hoje em dia o Carnaval de Veneza atrai foliões do mundo inteiro a partir da última metade de janeiro. Apesar do frio, durante os finais de semana, a Praça São Marcos fica lotada de pessoas vestidas a caráter que alugam ou confeccionam suas próprias fantasias! Participar dessa festa com certeza é uma emoção única! Me responda nos comentários: você já teve a oportunidade de viver essa experiência? Se não, gostaria de visitar Veneza durante o período do carnaval? Se você gostou desse artigo, não esqueça de deixar o seu comentário e cadastrar o seu e-mail no campo logo abaixo do texto! Eu estou sempre postando conteúdos novos para ajudar pessoas com você, que querem estudar italiano e conhecer mais da cultura desse país que tanto amamos: a Itália! Arrivederci!

  • 10 lugares na Itália para visitar sem sair de casa!

    Que tal passear por belas atrações italianas com a ajuda da tecnologia? Uma viagem, especialmente para outro país, demanda planejamento, tempo e dinheiro. Além disso, a pandemia criou novos empecilhos nesse âmbito, e muitos passeios e viagens precisaram ser adiados! Mas, e se eu falar que você pode visitar diversas atrações da Itália, hoje mesmo? Isso é possível com a ajuda de tecnologias avançadas, que fornecem tour virtuais e que promovem passeios por diversos pontos turísticos e atrações famosas! Essa com certeza é uma experiência divertida, e "quebra o galho" enquanto não vamos visitar esses locais pessoalmente! Por isso, eu reuni nesse artigo 10 lugares na Itália para você visitar sem sair de casa! Vamos lá? 1- Coliseu O Coliseu é um dos principais símbolos da Itália! Essa imponente arena de espetáculos abrigava entre 50 mil e 80 mil espectadores e até hoje é um dos maiores representantes do poder do Império Romano! Você pode passear por essa construção histórica, basta clicar nesse link! Aproveite para observar a dimensão, os corredores e imaginar a plateia e os gladiadores passando por ali... Incrível, não é mesmo? 2- Grande Canal de Veneza A maior característica de Veneza são os canais que cruzam a cidade e promovem a mobilidade da população. Entre eles, o maior e mais importante é chamado de Grande Canal, e você pode visitá-lo virtualmente clicando nesse link! Com quase 4 quilômetros de extensão, o Grande Canal divide Veneza e a circulação por ele se dá através das pontes e do vaporetto - barco que funciona como o ônibus da cidade. Bom passeio! 3- Catedral de Milão No centro de Milão está localizada a sua Catedral, mais conhecida como Duomo di Milano. Essa igreja é uma obra-prima gótica com mais de 3.500 estátuas de santos, animais, monstros e 135 torres apontando para o céu. Esse imponente edifício que levou quase 600 anos para ser concluído pode ser visitado nesse link! A obra encomendada pelo bispo Antonio da Saluzzo possui detalhes arquitetônicos impressionantes, e que valem a pena ser admirados de perto - como a tecnologia nos permite! 4- Museu de Galileu O Museo Galileo, ou Museu de Galileu é um museu que expõe diversos tipos de ferramentas e instrumentos científicos do Renascimento até o século XX. Localizado em Florença, ele ressalta toda a importância e contribuição de Galileu Galilei para a ciência! Se você quiser se aventurar em meio aos objetos que fornecem uma verdadeira viagem à descoberta da ciência moderna, do universo, da tecnologia e da física, é só clicar nesse link! Divirta-se! 5- Basílica de São Francisco Localizada em Assis, na região da Úmbria, essa igreja é muito charmosa e cheia de detalhes visuais incríveis! Ela é a igreja-mãe da Ordem Franciscana e um Patrimônio da Humanidade desde o ano de 2000! A construção da basílica começou logo após a canonização de São Francisco em 1228! Ela também abriga o túmulo do Santo em suas criptas, descobertas em 1818. São séculos de história que podem ser admirados clicando nesse link! 6- Capela Sistina Uma das principais atrações dos Museus do Vaticano é a famosa Capela Sistina! Construída entre os anos de 1477 e 1480 a mando do papa Sisto IV, seu principal atrativo é o teto, lindamente decorado com afrescos feitos por ninguém menos do que Michelangelo! Uma das reclamações dos turistas, entretanto, tem relação com as filas grandes e a aglomeração de pessoas - afinal, esse é um dos pontos turísticos mais visitados de Roma. Clicando nesse link você pode admirar esse local histórico sem esses empecilhos! Aproveite! 7- Torre de Pisa A famosa torre inclinada feita em mármore branco é o símbolo da cidade de Pisa, na Toscana! Localizada na Piazza dei Miracoli (Praça dos Milagres), ela faz parte do complexo monumental de edifícios de Pisa junto a outras importantes atrações da cidade e que podem ser admiradas através desse link! A torre de Pisa tem 58 metros de altura e 5,5 graus de inclinação. Ela abriga ainda 7 sinos, o mais pesado deles com 3 toneladas. Todo esse complexo arquitetônico da praça é considerado patrimônio da UNESCO desde o ano de 1987. 8- Pompéia A cidade italiana de Pompéia, que foi destruída e soterrada por metros de cinzas e pedras-pomes após a erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C, hoje em dia é um sítio arqueológico que fica na região da Campania. Distante 24 quilômetros de Nápoles, essa antiga cidade Romana pode ser visitada através desse link! Esse é um dos lugares mais simbólicos de toda a Itália, e que com certeza promove uma verdadeira viagem no tempo! 9- Catedral de Nápoles Conhecida como Duomo di Napoli ou Duomi di Santa Maria Assunta, essa belíssima catedral já foi reconstruída por conta de terremotos e redecorada ao longo dos séculos! Por esse motivo, ela apresenta uma série de diferentes estilos arquitetônicos, desde o gótico original até o barroco. Construída entre 1299 e 1314 essa igreja que é o principal edifício religioso de Nápoles pode ser admirado através desse link! Em uma cidade com mais de 400 igrejas e capelas, essa é uma que se destaca e que com certeza merece uma visita - ainda que virtual. 10- Cinque Terre Cinque Terre é um conjunto de vilas localizadas à beira-mar na costa da Riviera Italiana. São cinco charmosas cidades, repletas de casas coloridas e vinhedos encantadores, com uma culinária incrível baseada em frutos do mar. Você pode passear pelas trilhas, ruas e pontes dessa região através desse link, e admirar o mar azul desta localidade que também é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde o ano de 1997! Um passeio virtual A Itália é um país magnífico, com muitas atrações e monumentos belíssimos para serem visitados. Desde as belezas naturais até os edifícios com séculos de história: é atração para todos os gostos! E enquanto não visitamos esses locais pessoalmente, nada como se aventurar por passeios virtuais, e descobrir ainda mais sobre cada uma dessas atrações não é mesmo? Me conte nos comentários, qual destas 10 localidades você mais gostou, e qual você mais quer conhecer pessoalmente! Lembre-se também de registrar seu e-mail no campo abaixo do artigo para ser notificado quando uma novidade surgir aqui no blog! Arrivederci!

  • Festa della Befana: A tradição da Epifania na Itália

    Você já conhece a história da bruxa mais adorada pelos italianos? Na Itália, as celebrações de final de ano não terminam com o Capodanno (Ano-Novo). No dia 6 de janeiro, uma festa muito celebrada e esperada (principalmente pelas crianças) toma conta das ruas: é a Epifania, também conhecida como Festa da Bruxa Befana! A Epifania faz parte do calendário religioso e é muito comemorada em diversos lugares, pois representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus. Aqui no Brasil, o dia conhecido popularmente como “Dia de Reis” é simplesmente o dia de desmontar a árvore de natal. Na Itália, a data tem uma proporção maior, pois nesse dia também é celebrada a “Festa della Befana”, uma comemoração dedicada à uma personagem muito adorada pelas crianças. A história dessa personagem, a boa bruxa Befana, é o que eu vou contar nesse artigo! Confira! A Lenda da Bruxa Befana A origem da lenda da Befana é incerta. Alguns dizem que ela surgiu no período pré-cristão, na época do Império Romano, onde camponeses cultuavam uma deusa chamada Diana, para que ela trouxesse abundâncias às colheitas e tornasse o solo mais fértil. Já os cristãos, atribuem a origem da Befana a uma lenda, onde uma simpática velhinha ajuda os Reis Magos a encontrarem o caminho certo até o menino Jesus. Perdidos na estrada rumo à Belém, eles e pediram auxílio a uma senhora. Agradecidos com a informação, eles a convidaram para seguir viagem junto e ir a encontro da Sagrada Família. Ela não aceitou, mas se arrependeu mais tarde e, sem saber quem era o menino iluminado que havia nascido, saiu distribuindo presentes nas portas de diversas casas, na esperança de, assim, presentear o menino Jesus. Desde aquele dia, na noite do dia 5 para o dia 6 de janeiro, a bruxa Befana sai pelas ruas, distribuindo doces para as crianças que se comportaram bem durante o ano. Para as que foram mal comportadas, ela deixa pedaços de carvão! As celebrações A Befana é celebrada de diversas maneiras na Itália! É muito comum os moradores enfeitarem as portas de suas casas e fachadas de suas lojas com bonecos representando a Befana — isso possibilita avisar a ela que ali mora uma criança que aguarda o seu doce! A igreja, por exemplo, organiza a passagem da Befana nas casas da cidade. Para isso, um voluntário(a) se veste como a bruxinha, com uma vassoura na mão e um lenço na cabeça. Acompanhada por um grupo animado, a “Befana” vai passando pelas casas e oferecendo doces para as crianças., perguntando aos pais se ela merece doce ou um pedaço de carvão! As crianças levadas recebem o chamado “carbone”, uma espécie de caramelo que imita o carvão. Em Borgaccio di Spoleto (Perugia-Umbria), a “Befana” desfila pelas ruas a cavalo, distribuindo os doces. Em Veneza, é realizada a “Regata delle Befane” onde várias pessoas se vestem com as roupas típicas da famosa bruxa e disputam uma corrida de barcos pelo Canal Grande! Essa é uma atividade muito engraçada, que reúne centenas de espectadores! Com certeza deve ser muito divertido assistir diversas “velhinhas” remando com velocidade pelos canais de Veneza, não é mesmo? Outros eventos da Epifania O dia da Befana é também o dia da Epifania, e por isso, as comemorações e homenagens à bruxa também dividem espaço com as celebrações aos Reis Magos! Em Firenze, por exemplo, no dia 6 de janeiro é realizada a tradicional “Cavalcata dei Re Magi”, onde várias pessoas vestidas com roupas características, fazem um cortejo à cavalo, que atravessa todo o centro histórico da cidade até chegar à Piazza del Duomo, onde os indivíduos que representam os Reis Magos depositam presentes no presépio! Em Veneza, é na Epifania também que pessoas representando os Reis Magos desfilam caracterizadas pelo balcão da Torre dell´Orologio, na Piazza San Marco! Esses são eventos que carregam anos de tradição e atraem muitos turistas, junto com a querida Befana! Uma data especial A verdade é que as crianças adoram a bruxa e aguardam ansiosos para receber os doces, mas a Festa della Befana é uma celebração que contagia pessoas de todas as idades! Essa é uma tradição de décadas na Itália, e que também representa a riqueza cultural do país! Além da festa da bruxa, os eventos de Epifania relacionadas aos Reis Magos também são muito interessantes e que com certeza encantam os espectadores! O dia 6 de janeiro é uma data mais do que especial para visitar a Itália, não é mesmo? Me conte nos comentários se você gostaria de passear pelo país da bota nesse período! Lembre-se de cadastrar seu e-mail no campo abaixo do artigo, para receber as atualizações do blog e acompanhar tudo de interessante que vai ser postado por aqui durante esse ano! Ci vediamo!

  • Celebrações diferentes do fim de ano italiano

    Confira aqui algumas tradições curiosas dos italianos no Natal e no Ano Novo! Os italianos, assim como os brasileiros, amam o Natal! Eu já escrevi um artigo aqui no blog contando como eles celebram essa data, e você pode conferir nesse link! Por gostar muito de tradições, é claro que eles comemoram os dias 24 e 25 de dezembro e 1º de janeiro com muita comida, música e festa - mas, além disso, eles possuem algumas celebrações curiosas e divertidas! Alguns eventos curiosos e até mesmo engraçados acontecem nesse época do ano por toda a Itália, e é isso que eu vim contar para você no artigo de hoje! Confira 3 atividades inusitadas realizadas pelos italianos no Natal e no Ano-Novo: 1- A "Regata do Papai Noel", em Veneza No dia 17 de dezembro, uma imagem muito curiosa toma conta do Canal Grande, em Veneza: diversas pessoas vestidas de Papai Noel saem remando com seus barcos às 10h30 de São Marcos e se dirigem até à Universidade Ca’Foscari! Essa "regata" faz parte de outras comemorações envolvendo a prática de esportes com roupas típicas do "bom velhinho" que tomam conta de toda a cidade! No dia 11 de dezembro, por exemplo, acontece a corrida do Papai Noel! Ao mesmo estilo da competição das águas, essa é uma corrida feita por diversas pessoas vestidas de Papai Noel, que partem às 15 horas da Piazzale di Santa Lucia, tendo a linha de chegada no Mercado do Peixe, em Rialto. Da mesma maneira, em 18 de dezembro, acontece a caminhada do Papai Noel! Com os mesmos princípios das outras duas modalidades, essa é uma atividade em ritmo mais lento, que começa em Campo San Giacometto, às 9h30 da manhã. Seja correndo, caminhando ou remando, ver tantos "Papais-Noéis" tomando conta das ruas e das águas em Veneza com certeza deve ser muito divertido, não é mesmo? 2- O "Desfile de Tochas", em Camporosso A véspera de ano-novo consegue ser ainda mais encantadora na região da Ligúria, mais precisamente na comuna de Camporosso! A neve e as montanhas fornecem o cenário perfeito para quem deseja ter uma virada do ano mágica! É nesse cenário belíssimo que acontece o desfile das tochas, tradição onde 250 esquiadores descem a pista de esqui de Di Prampero, no Monte Lussari, vestindo trajes típicos - manto, calças e meia de lã, bem como chapéus e botas tradicionais. Esses esquiadores fazem o trajeto iluminados apenas por lanternas (tochas), no dia primeiro de janeiro, ao pôr do sol. Além disso, existe também um mercado formado por diversas barraquinhas que comercializam produtos locais e que vendem tochas de luz para as crianças se divertirem no festival! Ver esses "pontinhos de luz" descendo o Monte em meio a neve deve ser muito bonito e divertido - não é à toa que esse evento já se tornou uma tradição com mais de quarenta anos! 3- A "Fogueira do Velho", em Bologna Bologna é uma cidade estudantil - isso significa que a população é jovem, e durante as festas de fim de ano, muitos viajam para visitar a família em outras cidades. Mesmo assim, com a cidade um pouco mais vazia, Bologna fica iluminada e celebra o mês de dezembro com diversos festivais! Para o Ano Novo, Bologna tem uma tradição chamada de a fogueira do velho (em italiano, falò del vecchione). Nessa celebração, uma figura representando um homem velho é queimada em uma das principais praças da cidade - a Piazza Maggiore. Ele representa o ano velho que está passando, e o ato de queimá-lo simbolizada a abertura do caminho para coisas novas e melhores que chegarão com o novo ano! Uma curiosidade é que, em anos bissextos, o "velho" se transforma em "velha"! A figura de uma velha mulher é queimada na cerimônia nesse caso. O Velho ou “Vecchione” é um fantoche gigante e iluminado que fica no meio da praça no final de dezembro até a contagem regressiva para a meia-noite do dia 31, quando acontece a fogueira. Depois da fogueira, as comemorações continuam na praça e pelas ruas próximas, com muita música e apresentações de artistas de rua! Centenas de pessoas se dirigem à Piazza Maggiore para a comemoração da fogueira do velho, portanto é importante ter em mente que é necessário chegar cedo para garantir um bom lugar para assistir à queima do fantoche! Tradições italianas Essas são três celebrações que acontecem na |Itália na época de final de ano. Se você deseja saber mais sobre como o Ano Novo é celebrado no país, basta clicar aqui para ter acesso ao artigo que eu escrevi, mostrando com detalhes como os italianos celebram essa data. Com certeza esses eventos especiais da Itália merecem ser apreciados, mas me conte nos comentários: de qual dessas celebrações você mais gostaria de participar? Vou adorar saber a sua opinião! Lembre-se também de cadastrar o seu e-mail aqui no blog, no campo logo abaixo do artigo! Dessa maneira, eu posso notificar você cada vez que uma novidade surgir por aqui! Aproveito o espaço para desejar um excelente final de ano a todos, com muita saúde, paz, e alegrias junto à família e amigos! Nos vemos em 2022, com muitas novidades e conteúdos interessantes sobre língua e cultura italiana aqui no blog! Arrivederci!

  • 10 curiosidades sobre A Última Ceia, de Leonardo da Vinci

    Descubra algumas informações impressionantes sobre uma das obras de arte mais famosas do mundo! A Última Ceia, com certeza, é uma das pinturas mais famosas do mundo. Obra do renascentista Leonardo da Vinci, ela carrega muitos segredos e especulações que envolvem a sua produção. Além da importância religiosa, por retratar um dos mais populares temas cristãos — o momento dramático do Evangelho onde Jesus afirma que será traído por um de seus apóstolos — a obra também figura como uma das mais importantes da história da arte. Tudo isso, pois, mais de 500 anos depois da sua produção, ela continua relevante, atraindo estudiosos e admiradores de todo o mundo! Por isso, eu reuni aqui 10 curiosidades impressionantes para você entender o que faz da “A Última Ceia” uma pintura tão especial! Confira: 1 — Ela é muito grande — e está em uma parede! Muitas pessoas ao conhecerem a Monalisa (outra obra muito famosa de Leonardo da Vinci) se sentem decepcionadas pelo tamanho da pintura - ela mede apenas 77 cm x 53 cm. Mas, se engana quem pensa que o mesmo acontece com “A Última Ceia”. Essa pintura, feita em uma parede, é gigante! Ela mede nada menos do que 4,6 metros de altura por 8,8 metros de comprimento. Outra informação que surpreende muito as pessoas é de que “A Última Ceia” não é um quadro, mas sim, uma pintura realizada em uma parede! Nada mais justo, afinal, uma obra dessa dimensão precisa de bastante espaço, não é mesmo? 2 — Você pode visitá-la em um refeitório! É isso mesmo: essa importante obra de arte está localizada na parede do refeitório do convento dominicano de Santa Maria delle Grazie! Esse convento fica em Milão, no norte da Itália, e está incluído na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO! “A Última Ceia” foi uma obra encomendada pelo duque Ludovico Sforza, que adotou o convento dominicano e chamou Leonardo Da Vinci para decorar o refeitório onde os monges fariam suas refeições coletivas! Isso foi feito, pois o salão era muito grande, e precisava de uma decoração! O tema escolhido foi o da última refeição de Jesus com seus apóstolos, e os brasões da família Sforza também foram pintados, e aparecem com as iniciais da família acima do mural. 3 — Ela quase foi destruída pela guerra! As invasões das tropas nazistas na Itália durante a Segunda Guerra Mundial causaram destruição em diversas cidades do país. As inúmeras explosões e incêndios mataram muitas pessoas em Milão, e também destruíram alguns edifícios importantes da cidade. O edifício onde se encontra “A Última Ceia” também foi atingido, e a obra quase teve um final trágico! Alguns dizem que a proteção divina foi a responsável por manter a parede onde está a pintura em pé — já outros, afirmam que a ação dos frades foi o que a salvou! Os religiosos protegeram a parede do refeitório, apoiando contra ela sacos de areia e alguns de seus colchões! Felizmente, essa ação funcionou, e a parede com a pintura ainda se mantém em pé atualmente! 4 — A inspiração em um criminoso Uma informação defendida por diversos especialistas da história da arte afirma que Leonardo pintou os apóstolos com base em modelos reais! Essa foi uma técnica bastante comum, utilizada por diversos artistas da época, para trazer mais realismo aos desenhos e pinturas. Assim, diz a lenda que, no momento de escolher o modelo para o rosto de Judas, Leonardo da Vinci foi até as prisões de Milão buscar um criminoso real! Dessa forma, é possível que Judas (na pintura, o quinto apóstolo partindo da esquerda) foi feito com inspiração em um criminoso da realidade! 5 — A simetria é impressionante! Leonardo da Vinci é um artista que ficou conhecido pelo seu amor à simetria! Isso é demonstrado em “A Última Ceia”, pois a composição do cenário da pintura é extremamente equilibrada e impressionante. Por exemplo: os apóstolos se dividem perfeitamente na pintura, formando quatro grupos de três indivíduos, sendo dois grupos em cada lado da obra. Além disso, as expressões e atitudes dos apóstolos também apresentam um contraste! Enquanto Tiago, representado à esquerda de Jesus, parece revoltado, erguendo os braços com raiva, Tomás aparece apontando serenamente para cima, com uma expressão de questionamento. 6 — Trilha sonora secreta Diversos músicos criaram a teoria de que existe uma mensagem secreta escondida em “A última Ceia” no formato de notas musicais codificadas que formariam uma música! Em 2007, o músico italiano Giovanni Maria Pala analisou a obra e criou uma canção de 40 segundos, retirando supostamente as informações da pintura! Escute a música no vídeo abaixo: Alguns anos mais tarde, uma pesquisadora do Vaticano chamada Sabrina Galitzia retirou da obra alguns sinais matemáticos e astrológicos, e com isso também montou uma mensagem que teria sido deixada por Leonardo da Vinci. A pesquisadora afirma que essa mensagem prevê nada menos do que o fim do mundo, na forma de um dilúvio que vai destruir o mundo inteiro entre 21 de março a 1º de novembro, no ano de 4006! 7 — Materiais diferentes A perspectiva em “A Última Ceia” é bastante evidente! Essa é uma técnica de representação do espaço tridimensional em uma superfície plana, que tem com objetivo apresentar a imagem em uma tela da maneira que mais se aproxime da imagem real (a visão). O curioso, aqui, é como Leonardo aplicou essa técnica na sua pintura! Ele utilizou barbantes e pregos como materiais para seu trabalho. Todos os elementos da obra são direcionados a Jesus, e para atingir esse efeito, o artista colocou um prego no meio da pintura e puxou cordões para as extremidades para criar um desenho totalmente proporcional! 8 — Técnica errada Na época da concepção da “A Última Ceia”, a técnica mais utilizada pelos artistas era a pintura em gesso úmido - os famosos “afrescos”. Leonardo, no entanto, não quis fazer uso dessa técnica, pois desejava trabalhar com calma - o que é impossível ao utilizar gesso, pois ele seca muito rápido, e exige velocidade do pintor. Dessa forma, ele desenvolveu uma técnica própria, que consiste em preparar a parede para receber a pintura, e depois utilizar tintas tempera sobre a pedra. Ele também experimentou uma mistura de tempera e tintas a óleo para pintar, mas essa ideia que parecia genial, acabou não funcionando muito bem! A parede, infelizmente, começou a descascar logo após a finalização da pintura, e em apenas 20 anos ela já apresentava danos severos e falhas. 9 — Um trabalho demorado Quando o duque Ludovico Sforza encomendou a obra para o convento Santa Maria delle Grazie, Leonardo da Vinci tinha 42 anos e uma fama um pouco negativa: ele era conhecido por não terminar os seus projetos! Como foi citado no tópico anterior, ele quis realizar a pintura com calma, dando atenção aos detalhes. Dessa forma, trabalhou no projeto do ano de 1495 até 1498, em um ritmo considerado muito lento! A boa notícia é que, mesmo demorando um pouco, ele concluiu a obra, e conseguiu melhorar a sua reputação depois disso! 10 — Réplicas e homenagens “A Última Ceia” é uma das obras mais copiadas da história da humanidade. É muito comum em lares de famílias cristãs pelo mundo, encontrar uma representação dessa pintura, seja em formato de quadro ou escultura. Além de cópias informais, muitas representações e réplicas também foram feitas por outros artistas. Na Royal Academy of Arts de Londres, por exemplo, existe uma réplica em tamanho real dessa obra de Leonardo da Vinci! Se trata de uma pintura em óleo sobre tela, que supostamente foi executada por um aluno de Leonardo, no ano de 1520. Da mesma maneira, diversos outros pintores também fizeram suas interpretações da obra, como Salvador Dali, Andy Warhol, Susan Dorothea White e Vik Muniz (que fez até uma versão com calda de chocolate!). Uma obra histórica Amante de arte ou não, é quase impossível encontrar alguém que não tenha, ao menos uma vez na vida, se deparado com a imagem da “A Última Ceia” realizada por Leonardo da Vinci! Essa obra espetacular está situada na história da arte como um dos trabalhos mais importantes e famosos do mundo! Por sorte, ainda é possível visitar e admirar esse trabalho realizado por um verdadeiro gênio! Me conte nos comentários qual dessas 10 informações curiosas você mais gostou e não esqueça de cadastrar o seu e-mail no campo logo abaixo do artigo, para receber todas as atualizações do blog e aproveitar todo o conteúdo especial que compartilho por aqui! Ci vediamo!

  • O quarto secreto de Michelangelo

    Michelangelo tem uma história muito particular e curiosa com a Basílica di San Lorenzo, em Florença! Os grandes monumentos italianos estão repletos de histórias interessantes, não é mesmo? Afinal, foram anos de construção e diversas pessoas envolvidas na elaboração desses verdadeiros tesouros arquitetônicos e históricos! Um grande artista que se envolveu em vários projetos grandiosos foi Michelangelo. Entre diversas obras famosas, ele também foi o responsável pela Nova Sacristia, um espaço belíssimo que abriga diversos túmulos dos membros da família Médici na Basílica di San Lorenzo, em Florença. Mas, a relação de Michelangelo com a Basílica não termina aí: ele também é o protagonista de uma história muito curiosa, pois viveu em um quarto secreto na igreja durante alguns meses! É essa curiosidade incrível que eu vou te contar agora! O esconderijo de um artista Tudo começou na Florença do ano 1527, quando uma revolta popular forçou o exílio dos governantes da família Médici, que haviam sido patrocinadores do trabalho de Michelangelo até então. Michelangelo nessa situação mudou de lado, alinhando-se aos florentinos e se posicionando contra a família Médici. Por isso, quando os Médici voltaram ao poder, o artista, com medo, resolveu procurar abrigo no quarto da capela. Esse quarto, acessível somente por um alçapão e uma escada estreita, contava apenas com uma pequeníssima janela, por onde entravam alguns raios de sol. É claro que um gênio como Michelangelo não passaria dois meses escondido em um cômodo sem fazer nada. Não é mesmo? Pois bem, ele deixou as paredes repletas de diversos desenhos belíssimos feitos com carvão e giz! A descoberta do quarto Em 1975, Paolo Dal Poggetto, o então diretor do Museu das Capelas dos Médici, encontrou, por acaso, este tesouro. Enquanto procuravam um novo percurso para o museu, Poggetto e seus colegas descobriram um alçapão escondido debaixo de um armário perto da Sacristia Nova. Embaixo do alçapão, degraus de pedra levavam a uma sala secreta. Ao serem descobertas, as paredes do quarto estavam cobertas de gesso. Foram necessárias algumas semanas de remoção da argamassa e de uma cuidadosa limpeza para serem revelados dezenas de desenhos. Mas, se Michelangelo não assinou esses desenhos, como eles podem ser atribuídos a ele? Bom, para isso, basta fazer uma comparação dos desenhos com algumas das obras atribuídas ao artista. Um dos desenhos expostos em uma das paredes do quarto é um esboço de pernas sem corpo em diferentes posições. Ao compararmos estes esboços com a estátua de Giuliano de Médici, produzida pelo artista, que está localizada sobre o túmulo do governante, na própria Nova Sacristia, não se tem mais dúvida: o desenho é de Michelangelo! Visitação A intenção da diretoria do Museu é abrir a sala para o público, mas, por enquanto, ela só foi aberta para algumas breves visitações de guias turísticos credenciados e autoridades. Assim como eu, tenho certeza que você também vai torcer para que esse quarto secreto se torne aberto ao público a visitações em geral, não é mesmo? Afinal, qualquer obra do gênio Michelangelo vale a pena ser admirada! Me conte nos comentários se você já sabia dessa história, e se ficou com vontade de visitar esse lugar impressionante! Vou adorar saber a sua opinião! Não esqueça também de deixar o seu e-mail registrado no campo abaixo do artigo, para que eu possa te avisar cada vez que uma novidade surgir aqui no blog! Arrivederci!

  • 3 povoados da Toscana que você precisa conhecer!

    Essa região está repleta de lugares encantadores, que representam todo o charme da Itália! A Toscana é uma das regiões mais apaixonantes da Itália, e eu tenho certeza de que é quase impossível mencionar esse lugar sem fazer você imaginar belos vinhedos, estradas e construções medievais, não é mesmo? Mas, além das famosas Florença, Siena ou Pisa, essa região italiana está repleta de cidadezinhas charmosas e não tão visitadas pelos turistas! É justamente esses tesouros, carregados de muita história, tradição e boa gastronomia que eu trouxe no post de hoje para compartilhar com você! Confira agora 3 povoados da toscana que merecem – e muito! – serem visitados: 1 — San Gimignano A 60 quilômetros ao sul de Florença, em meio as colinas da Toscana, está localizado um povoado repleto de construções de origem medieval e rodeado por muralhas chamado San Gimignano. Essa pequena cidade de 7 mil habitantes é conhecida, principalmente, pelas torres medievais que se conservam até hoje! Elas foram construídas em uma época em que as famílias da cidade desejavam demonstrar o seu poder e riqueza através de imponentes torres em suas casas – isso mesmo, elas não eram apenas torres! Eram parte de casas, e os quartos geralmente ficavam nos cômodos mais baixos. Estima-se que cerca de 72 torres foram construídas a partir do século XI, e atualmente ainda é possível admirar 14 delas, que seguem intactas. Na época de construção das torres, San Gimignano ficava entre as cidades que faziam parte da Via Francigena, uma antiga rota que conectava a cidade de Canterbury, na Inglaterra, à Roma. Durante muitos anos os viajantes que buscavam visitar os túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma paravam no vilarejo para descansar e se alimentar. Infelizmente, por volta do século XIV a epidemia da peste negra afetou San Gimignano, causando a morte de metade da população! Esse foi o início de um período de decadência para a cidade, o que contribuiu para a preservação da sua arquitetura medieval, já que ela não acompanhou a modernização das demais cidades toscanas. Justamente por preservar tão bem sua arquitetura feudal, San Gimignano foi eleita em 1990 Patrimônio Mundial da Unesco! Essa charmosa cidadezinha é perfeita para ser visitada a pé: em apenas 15 minutos de caminhada é possível ir do norte ao sul de San Gimignano! E o que você pode admirar nesse trajeto é encantador, ruazinhas estreitas, construções de tijolos que remetem ao período medieval, e é claro, diversos estabelecimentos com os excelentes vinhos e embutidos da toscana! Uma das principais atrações da cidade é a Piazza della Cisterna, uma praça com diversas torres e uma cisterna que data do ano de 1287! é nessa praça que se encontra a famosa Gelateria Dondoli, eleita diversas vezes a melhor sorveteria do mundo! A Piazza della Cisterna também é o local onde se encontram os melhores hotéis da cidade, e fica conectada à Piazza del Duomo, outra praça muito bonita de San Gimignano. Na Piazza del Duomo, você pode admirar a igreja da cidade. Se comprado aos demais "Duomos" gigantescos e exuberantes da Itália, essa igreja é bem simples, mas mesmo assim não perde o seu charme! Por apenas 6 euros você pode garantir um ingresso para visitar o Duomo e o Museu da Arte Sacra. Ainda na Piazza del Duomo, é possível visitar a Torre Grossa, que possui nada menos do que 64 metros de altura! Essa é a mais alta das torres ainda conservadas na cidade, e foi construída em 1311! Com um ingresso pelo preço de 7,50 euros você consegue visitar a torre, admirar a bela paisagem toscana do alto e ainda passear pelo Museu Cívico da cidade, que conta com diversas obras de artistas toscanos. 2- Monteriggioni Esta é outra cidade histórica que fica de fora de roteiros tradicionais de passeios pela Toscana. Monteriggioni fica no topo de uma colina entre Siena e Colle Val d'Elsa, e possui cerca de 8 mil habitantes. Ela foi construída entre 1213 e 1219, com o propósito de ser uma base militar devido à sua localização estratégica. Por isso, ela também é cercada por muralhas e possui 14 torres em estilo medieval, e até os dias de hoje carrega a simplicidade e a estrutura da época de sua construção. Os muros ao redor da cidade tem 570 metros de comprimento . Um fato curioso é que o ilustre Dante Alighieri citou Monteriggioni em sua obra "A Divina Comédia". Confira o trecho: "Sobre o muro arredondado, Monteriggioni é coroada por torres, então na margem infernal que o fosso circunda, guerreavam os terríveis gigantes, apenas com a metade de seu corpo encouraçado" Essa pequena cidade que é, literalmente, histórica, com certeza vale uma visita, não é mesmo? E as atrações de Monteriggioni com certeza são tão interessantes quanto a sua história! O que mais chama atenção na cidade são as ruas e construções de pedra, que dão todo o charme e encantam os visitantes. O ponto turístico principal é a Igreja de Santa Maria Assunta, um local de arquitetura rústica, erguida juntamente com o castelo de Monteriggioni! A igreja se localiza na Piazza Roma, uma charmosa praça onde você vai encontrar diversos restaurantes, bistrôs, lojinhas e alguns hotéis! Próximo à igreja, os turistas podem visitar o Museu Monteriggioni in Arme, um espaço que expõe reproduções de armas, armaduras e artefatos do período medieval, contando assim a história da cidade! O Museu oferece uma atividade muito legal: os turistas podem vestir uma armadura, empunhar armas e espadas e se sentir como um verdadeiro cavaleiro medieval! Incrível, não é mesmo? A cidade conta com um evento muito especial no mês de julho: O Festival Medieval! Nessa festa, os moradores da cidade se caracterizam com roupas da época medieval, cantam e dançam celebrando as origens da cidade! Confira o site oficial do festival clicando aqui! 3- Cortona Essa cidade talvez seja a mais conhecida das três, afinal, ela foi cenário de um dos filmes mais famosos cuja trama se passa na Itália: o belíssimo "Sob o Sol da Toscana"! No filme, a recém divorciada Frances viajava para a Itália e durante o passeio, impulsivamente decide comprar uma casa em um vilarejo toscano. Confira o trailer do filme: Localizada na província de Arezzo, a belíssima Cortona também é um vilarejo em estilo medieval, combinado com a charmosa paisagem Toscana. Ela é uma cidade tranquila, onde os turistas adoram passear a pé, admirando as belas construções antigas, com alguns detalhes da época do renascimento. Um das grandes atrações de Cortona é o prédio da prefeitura da cidade, chamado de Palazzo Comunale. Ele foi construído no século XII e ampliado no século XVI, com a construção da torre do sino e as grandes escadas de acesso ao edifício. Outro local que pede uma visita é a Igreja de São Francisco de Assis, construída em 1247. Essa igreja possui algumas relíquias de São Francisco: uma roupa, o evangelho e uma espécie de travesseiro, além de um relicário em mármore com fragmentos da Santa Cruz. Cortona também possui uma catedral: a de Santa Maria Assunta. Ela foi construída no século XV, sob as ruínas de uma outra igreja cristã, que tinha sido, por sua vez, construída sob um templo pagão. Na parte frontal da Catedral, existe um terraço de onde é possível admirar uma bela vista da toscana: o encantador Vale di Chiana. Pequenos Tesouros da Toscana Aposto que você ficou com vontade de se aventurar por entre as ruas e encantos dessas joias italianas, não é mesmo? Caminhar por essas cidades deve ser como fazer uma viagem no tempo! Me conte nos comentários, qual dessas três pequenas cidades você gostaria de conhecer primeiro? Vou adorar saber a sua opinião! Além disso, lembre-se de cadastrar o seu e-mail no campo abaixo do artigo para receber as novidades aqui do blog! Ci vediamo!

  • Qual sua desculpa para não aprender algo novo?

    O que te impede de realizar o sonho de aprender italiano? Uma das grandes dádivas do ser humano é a capacidade de aprender. Mesmo assim, muitas pessoas deixam seus sonhos de lado, pois não se sentem capazes de adquirir novos conhecimentos. Quando se trata de aprender italiano, eu já me deparei com pessoas alegando os mais diversos empecilhos: não ter tempo, não ter mais idade para estudar, achar que aprender um novo idioma é muito difícil, e diversas outras coisas. Com o meu método de ensino, eu já ajudei milhares de pessoa a atingirem a fluência em italiano, e por esse motivo sei que todas as desculpas não passam disso: apenas desculpas! Por isso, hoje vim aqui mostrar a você como qualquer pessoa pode aprender italiano e realizar o seu sonho, com uma boa dose de dedicação e o método correto! Então… Se você acha que não tem mais idade para estudar Achar que está muito velho para aprender algo novo é um erro muito grande! Além da idade não ser um impedimento para o aprendizado, estudar pode ser muito benéfico para o cérebro à medida que envelhecemos. Exercitar o pensamento e a memória também é uma questão de saúde! O processo de envelhecimento saudável promove a capacidade funcional, ou seja, estudar e aprender é um dos caminhos que mantém o cérebro ativo! No vídeo abaixo, você pode ver a minha aluna, Olympia Simeone, de 93 anos, falando italiano após algumas semanas de estudo no meu Curso! Mais do que uma inspiração, ela é uma prova de que a idade não é limitação alguma quando se tem vontade de aprender um novo idioma, e, é claro, um método eficiente para dar apoio. Confira: Se você acha que não consegue encaixar um curso na sua rotina Uma preocupação muito comum para quem deseja aprender italiano é falta de tempo. Muitos tem vidas corridas, trabalho, família, e diversas outras questões que ocupam os seus dias! Eu entendo essas pessoas, afinal, com uma rotina agitada e com diversos compromissos, se comprometer com um curso de idiomas tradicional é praticamente impossível! Mas, existe uma alternativa! Com um curso online, você não precisa se deslocar para estudar e tem a opção de escolher o horário que melhor se encaixa na sua rotina! Além disso, no meu curso, por exemplo, o estudo é diário mas não demanda muito tempo: dependendo do dia e de acordo com o método, com uma aula curta de 20 minutos ou com um exercício de 10 minutos você já pratica e cumpre as tarefas. A Mariza é minha aluna, e antes de iniciar o curso, estava preocupada em conciliar a profissão de psicóloga com os seus estudos! Veja no vídeo como ela se deu bem, com meu método, e como já aprendeu bastante: Se você acha que não é capaz de aprender um novo idioma Achar que não é capaz de ser fluente em uma outra língua é um sentimento muito comum, infelizmente. Talvez você tenha ao seu redor amigos ou familiares que te desencorajam, ou talvez já tenha até tentando estudar anteriormente, sem obter sucesso. Mas, você é capaz sim! Se até hoje você não conseguiu se tornar fluente, pode ter certeza de que o problema foi o método utilizado, ou a interferência de outros fatores que em nada se relacionam à sua capacidade de aprender! A minha aluna Fernanda estava em um momento conturbado da vida, e mesmo assim decidiu iniciar os estudos no Curso de Italiano Silvano Formentin. Os resultados foram tão incríveis que ela se surpreendeu com a própria evolução! Confira no vídeo o depoimento emocionante dela: Se você também quer experimentar esse método, e tornar-se FLUENTE EM ITALIANO em oito meses, inscreva-se no Curso de Italiano Silvano Formentin agora mesmo! Clique aqui e realize a sua inscrição! Espero você junto a essa comunidade de pessoas que além de admirar, também falam fluentemente a belíssima língua italiana! Lembre-se: nunca é tarde para percorrer os seus sonhos, e eu ficarei muito feliz em fazer parte da sua jornada rumo à fluência no idioma! Arrivederci!

  • Cuidado! A arte de Florença pode te deixar doente!

    Você sabia que as obras de arte de Florença podem causar um surto psicótico em alguns turistas? Estar diante das maiores obras de arte da história com certeza é uma sensação inesquecível. Admirar de perto os grandes trabalhos de gênios como Michelangelo, Leonardo da Vinci ou Caravaggio não é nada menos do que emocionante. Mas e quando essa emoção passa dos limites? Quando você, além de se sentir sem ar diante de tanta beleza, também sente taquicardia, vertigens, confusão mental, e até mesmo alucinações e desmaios? Bom, essa é uma doença chamada Síndrome de Standhal, também conhecida como hiperculturemia ou, simplesmente, “Síndrome de Florença”. Ela nada mais é do que uma reação que acomete alguns turistas que são expostos às inúmeras obras de arte da cidade. Vamos aprender mais sobre essa condição curiosa? A Síndrome de Standhal Henri-Marie Beyle, um escritor francês conhecido pelo pseudônimo “Standhal”, certa vez visitou Florença e passou mal. Ele ficou muito impressionado com a Basílica de Santa Cruz, com afrescos de Giotto di Bondone e se comoveu com os túmulos de Michelangel, Niccolò Machiavelli e Galileu Galilei. Ele sentiu palpitações, tontura, e chegou a ter alucinações. Em seu livro, “Roma, Nápoles e Florença”, publicado no ano de 1817, ele escreveu: "Caí numa espécie de êxtase ao pensar na ideia de estar em Florença, próximo aos grandes homens cujos túmulos eu tinha visto. Absorto na contemplação da beleza sublime… Cheguei ao ponto em que uma pessoa enfrenta sensações celestiais… Tudo falava tão vividamente à minha alma… Eu senti palpitações no coração, a vida foi sugada de mim. Eu caminhava com medo de cair.” Essa sensação descrita pelo escritor nada mais é do que uma doença psicossomática, uma reação que pode acontecer em alguns indivíduos, quando estes são expostos à obras de arte de alto valor. A síndrome foi descrita oficialmente pela psiquiatra italiana Graziella Magherini, em 1979, no livro “A Síndrome de Stendhal: o mal-estar do viajante diante da grandeza da arte”. Entre os principais sintomas relatados estão: Vertigens Taquicardia Desmaio Confusão mental Alucinações Qualquer pessoa pode desenvolver esses sintomas, mesmo aquelas que não tem histórico nenhum de doença mental. No entanto, mulheres de 26 a 40 anos e pessoas solteiras ou que estão viajando sozinhas correm mais riscos de apresentar o problema. Os sintomas costumam desaparecer entre dois e oito dias, e o recomendado é procurar atendimento médico e afastar a pessoa em questão das obras de arte e obras históricas – o que, vamos combinar, é bem difícil de fazer em Florença, não é mesmo? Florença: A cidade da arte! A Síndrome de Standhal pode ser assustadora, mas lembre-se: ela acomete apenas uma pequena porcentagem dos turistas. Para a grande maioria, admirar a arte de Florença é uma experiência incrível, e muito saudável! Diversos estudos já comprovaram que admirar obras de arte libera dopamina do cérebro, ou seja, gera bem-estar e felicidade. A famosa Universidade de Harvard, por exemplo, já comprovou que admirar arte por alguns minutos pode melhorar a capacidade analítica, e ajudar o indivíduo em uma “desintoxicação” da tecnologia que estamos expostos diariamente. Para colher todos esses benefícios, nada melhor do que uma visita à Florença! Essa cidade conta com diversas galerias famosas, como a Galleria dell'Academia, que você pode conhecer melhor nesse post! Além disso, sua arte está até mesmo espalhada pelas ruas, como é possível observar na charmosa Piazza della Signoria, que também já foi tema de artigo aqui no blog! Clique aqui para acessar o post! Assim sendo, vemos que visitar Florença sem se expor a muitas das obras de arte mais famosas do mundo é praticamente impossível! Dessa forma, o melhor a ser feito é passear por essa cidade incrível com tranquilidade, aproveitando cada detalhe. Você já visitou Florença, ou já esteve frente a frente com alguma obra de arte famosa? Me conte nos comentários como você se sentiu! Lembre-se também de cadastrar seu e-mail no campo logo abaixo do artigo. Dessa forma, você não perde nenhuma das novidades incríveis que eu preparo aqui para o blog! Arrivederci!

  • Verona e a história de amor mais famosa do mundo

    Uma famosa história de amor com final trágico, entre dois jovens de famílias rivais. Aposto que você sabe de quem eu estou falando, não é mesmo? Romeu e Julieta, os amantes eternizados pelas palavras de William Shakespeare seguem até hoje conquistando fãs e rendendo adaptações para o cinema, peças teatrais, músicas, entre outras coisas. Shakespeare era britânico, mas a origem dessa essa obra veio de um local que eu tenho certeza que te encanta também: a Itália! Vamos agora entender de onde possivelmente surgiu a inspiração para um dos romances mais famosos da história! As origens de “Romeu e Julieta” A tragédia amorosa de Romeu e Julieta é uma lenda contada informalmente já há muitos séculos. Entretanto, o primeiro conto propriamente dito com esta temática foi escrito por Luigi da Porto, por volta de 1524 (publicado em 1531). Luigi escreveu supostamente o conto a partir de uma experiência pessoal. Ele era sobrinho de uma figura muito importante e nobre da sociedade de Veneza, e durante uma festa de máscaras, conheceu uma prima distante chamada Lucina Savorgnan Del Monte. Essa festa aconteceu na casa de Lucina, quando ela tinha apenas 15 anos, e Luigi se apaixonou perdidamente por ela nessa ocasião. O amor foi complicado desde o início, mas em segredo, Lucina e Luigi fizeram uma promessa de casamento. Essa promessa acabou nunca se concretizando, pois Luigi acabou ferido em um confronto com as milícias austríacas, seus adversários políticos. Ele acabou com o lado esquerdo do corpo paralisado, e foi transferido para se recuperar em uma vila em Montorso Vicentino, uma outra comuna italiana. Durante esse período, Luigi descobriu que sua amada Lucina tinha se comprometido em um casamento arranjado com o primo, Francesco Savorgnan Della Torre. Desolado, ele decidiu escrever um conto dedicado à sua história de amor, mudando apenas alguns detalhes, como por exemplo, trocando o cenário de Veneza para Verona. Ao longo dos anos, alguns estudos apontaram algumas inconsistências históricas no conto, o que representa que talvez Luigi não tenha vivido de verdade esse romance, apenas imaginado e escrito. De qualquer forma, cerca de setenta anos depois, William Shakespeare teve acesso à tradução inglesa do conto, e retomou a trama, dando o seu toque especial a “Romeu e Julieta”. Uma outra possível versão tem relação com algumas referências históricas da Verona do século XIV. A família de Romeu, os Montecchi, poderia estar relacionada à família Monticoli, que existia em Verona na época do governador Bartolomeo I Della Scala, que estava no comando da cidade em 1302, ano em que a tragédia foi ambientada. Na obra de Shakespeare, o nome do governador é Escalo, o que pode ser entendido como uma alusão ao sobrenome Della Scala. Além disso, a família de Julieta, Capuleti ou Cappelletti, seria a família Dal Cappello, proprietária da famosa casa da Julieta em Verona, que veremos a seguir! Verona e a Casa di Giulietta A cidade de Verona, por ter se tornado palco dessa história de amor, acabou também por abrigar algumas atrações turísticas relacionadas ao romance. Localizada na Via Capello 23, com uma entrada que custa 6 euros, está localizada a Casa de Giulietta – uma atração que remonta uma das cenas mais famosas do livro, na qual Julieta se põe na sacada, declamando seu amor por Romeu. Os turistas costumam se revezar para fotografar na pequena sacada! Nesse caso, é sempre bom fazer a visita em dupla – dessa forma, uma pessoa aguarda no pátio para fotografar a outra, que sobe até a sacada (e vice-versa). Essa é uma grande atração turística da cidade, que foi construída no século XIII e restaurada em 1935. Ela nada mais é do que uma casa de tijolos, com três andares, decorada com diversos afrescos e uma escultura de bronze da Julieta feita pelo artista Nereo Costantini, no pátio de entrada. Reza a lenda que, para ter muita sorte na vida e no amor, basta tocar o seio direito da estátua (o que eu já fiz, como você pode ver na foto ao lado). Outra superstição muito adorada pelos turistas é rabiscar declarações de amor no muro de entrada ou colocar um cadeado com as iniciais do casal do portão de ferro ao lado da estátua. Nessa atração também é possível visitar a “Tumba de Julieta” – local onde, de acordo com a lenda, Julieta e Romeu teriam sido enterrados juntos. Alguns quarteirões adiante, existe a chamada “Casa de Romeu”, um edifício que não é aberto à visitação, mas atrai alguns turistas que gostam de fotografar a sua fachada. Conta a lenda que ali viva a família Montecchio, outros personagens célebres do romance. Club di Giulietta Você sabia que pode enviar uma carta para a Julieta? Essa é uma tradição que começou no século passado, onde pessoas escrevem suas histórias de amor e as enviam para a casa da Julieta! O melhor de tudo, é que essas cartas são respondidas! A primeira carta chegou nos anos 1930 e foi encontrada no suposto túmulo da personagem, e foi respondida por um coveiro. Esse foi o primeiro passo do fenômeno mundial de enviar cartas para a Julieta! Foi tanta demanda que a prefeitura oficializou o serviço “Clube da Julieta”, que recebe cerca de 10 mil cartas por ano em vários idiomas. Atualmente, são 45 voluntárias que respondem as cartas. Elas são mulheres entre 20 e 60 anos de idade – algumas, moradoras locais, e outras, viajantes de diversas partes do mundo. Talvez você já tenha ouvido falar dessa história, pois ela ficou muito popular após o filme “Cartas para Julieta”, de 2010. O filme acompanha a trajetória da personagem Sophie, que decidi responder uma carta que encontra na Casa de Julieta, durante uma viagem à Verona. Confira o trailer do filme: Bom, longe das telas do cinema, esse serviço de correspondência existe de verdade. Se você tem alguma história de amor e deseja compartilhar com a “Julieta”, basta escrever sua carta e endereçar para: Vicolo Santa Cecilia, 9, 37121 Verona VR, Itália Você também pode ser uma das voluntárias que respondem as cartas em nome de Julieta! Para isso, você precisa entrar neste site e fazer a sua inscrição, comunicando os motivos de querer participar e suas datas de viagem. Os encantos de Verona A verdade é que não podemos afirmar se Romeu e Julieta foram personagens que realmente existiram, tampouco que existiram na cidade de Verona. Mesmo assim, é fato que a cidade se apropriou dessa história de amor, que já é celebrada há centenas de anos. Para os apaixonados (pelos seus respectivos esposos(a), noivos(as), namorados(as), ou simplesmente pela história, literatura e cultura mundial) Verona é um prato cheio! Visitar a casa de Julieta, fotografar a famosa sacada, ou até mesmo escrever uma carta endereçada à personagem: tudo isso faz parte de uma experiência incrível! Tenho certeza que você ficou com vontade de passear em Verona, e talvez até mesmo ler o clássico de Shakespeare, não é mesmo? Me conte nos comentários se você gosta dessa história de romance, e se gostaria de incluir a “Casa di Giulietta” no seu passeio em Verona! Lembre-se de inscrever seu e-mail no campo abaixo do artigo, para ser notificado e não perder nenhuma novidade aqui do blog! Todos os artigos são preparados com muito carinho! Ci vediamo!

  • As 4 cidades mais italianas para visitar no Brasil

    Conheça agora 4 cidades que são um verdadeiro pedacinho da Itália no Brasil! O Brasil é uma verdadeira mistura de povos e culturas, e é claro que os imigrantes italianos fazem parte da história do nosso país. Além de contribuírem para a diversidade, eles também criaram no Brasil cidades que são verdadeiros pedacinhos da Itália! Por isso, eu reuni nessa publicação as 4 cidades mais italianas para visitar no Brasil! Dessa forma, você pode experenciar a Itália sem precisar fazer uma viagem longa a outro país! Essas cidades surgiram graças aos imigrantes italianos, e até hoje são verdadeiras atrações turísticas por conta da arquitetura, culinária e tradições tipicamente italianas! Confira! 1- Nova Veneza (SC) No ano de 1891, aproximadamente 400 famílias de Veneza, na Itália, desembarcaram no sul de Santa Catarina, formando assim um vilarejo que por muito tempo ficou conhecido como Colônia Nuova Venezia. Hoje, 95% dos moradores são descendentes de italianos e as crianças aprendem a língua nas escolas. Além disso, Nova Veneza carrega um símbolo muito italiano: uma gôndola! Ela foi doada pela província de Veneza e simboliza o elo que o município tem com o país de origem dos primeiros imigrantes colonizadores! A gôndola se encontra na praça Humberto Bortoluzzi, no centro da cidade, e os visitantes podem apreciar a embarcação e tirar fotos em um lago artificial aberto ao público. É claro que as tradições italianas de Nova Veneza não para por aí: a cidade também conserva os costumes através da gastronomia, canções e no dialeto falado por grande parte da população! Nova Veneza, inclusive, já recebeu o título de Capital Nacional da Gastronomia Típica Italiana. Ao total, são mais de 20 restaurantes que servem pratos como como massas, pizzas, galetos, polenta e, é claro, os saborosos vinhos, cafés e gelatos. Para completar, no mês de julho acontece a Festa da Gastronomia Típica Italiana, evento onde o folclore italiano se faz presente com o Carnevale di Venezia, o maior evento deste tipo fora da Itália! 2- Antônio Prado (RS) Se Nova Veneza é a cidade mais italiana de Santa Catarina, Antônio Prado é com certeza a cidade mais italiana do Rio Grande do Sul – estado que também tem fortes influências dos imigrantes. Fundada em 1886, Antônio Prado recebeu esse nome como uma homenagem a Antônio da Silva Prado, um fazendeiro paulista que era Ministro da Agricultura na época. Foi ele quem promoveu a vinda dos imigrantes italianos ao Brasil, e instalou núcleos coloniais no Rio Grande do Sul. Mais de 130 anos depois, Antônio Prado ainda preserva a arquitetura original. São 48 imóveis tombados como patrimônio histórico! As casas, localizadas na área central da cidade fornecem um verdadeiro passeio pelos séculos! As construções possuem detalhes em lambrequins – entalhes de madeira nos beirais, enfeites típicos italianos. Uma dessas casinhas é o Museu Municipal Casa da Neni, o primeiro imóvel da cidade a ser tombado! Essa é uma casa de madeira que abrigava uma ourivesaria no andar inferior – e no superior, uma residência de família. Com o falecimento do patriarca, a ourivesaria se transformou em uma pequena loja onde Joana Magdalena Bocchese (conhecida como Neni) vendia alguns produtos e artigos religiosos. Atualmente, a casa abriga objetos e móveis que ambientam o modo de vida dos seus primeiros moradores! Além das casas muito bem preservadas, existem algumas outras localidades com décadas de história que podem ser visitadas em Antônio Prado! O Moinho Francescatto foi construído na década de 30 por Beijamin Simioni, e reformado na década de 40 pela família Francescatto. Situado na beira do Arroio Colombo, ele funciona com as peças originais, com uma roda d’água que gira através do canal do arroio. Além disso, é possível também visitar a Ferraria do Marsílio, estabelecimento fundado por Ângelo Marsílio em meados de 1900! Os descendentes de Ângelo continuaram com as atividades até a década de 80. Hoje em dia, são realizadas apenas algumas demonstrações aos visitantes. Além das atrações culturais, Antônio Prado também conta com diversas vinícolas, cervejarias, bares e restaurantes dedicados à gastronomia italiana! Com certeza se hospedar em alguma das pousadas da cidade e se aventurar pelas ruazinhas com arquitetura típica italiana é um passeio que merecer ser feito! 3- Flores da Cunha (RS) A partir do ano de 1876, imigrantes vindos do norte da Itália passaram a colonizar terras gaúchas, em uma comunidade que passou a se chamar Nova Trento a partir de 1885. Apenas em 1935, o município passou a se chamar Flores da Cunha, em homenagem ao governador do estado General José Antônio Flores da Cunha, que beneficiou a região com a implementação de uma linha férrea. Conhecida como “Terra do Galo”, a cidade de Flores da Cunha preserva, entre muitas tradições dos seus colonizadores, o talian, dialeto típico variante da língua italiana. A cidade conta com muitas cascatas e museus, como por exemplo, o Museu de Arquivo Histórico Pedro Rossi! Ele conta com um acervo de objetos, documentos e fotografias da época da colonização do município pelos italianos. Além disso, localizado na serra gaúcha - uma região extremamente turística - é claro que os serviços de hotelaria e gastronomia não deixariam a desejar! Flores da Cunha é o maior município produtor de vinho e uva do país! Só no ano de 2016 foram produzidos 120 milhões de litros de vinho, e a cidade possui cerca de 200 indústrias vinícolas – desde pequenos produtores até grandes empresas. A arquitetura e comida típica italiana estão espalhadas por essa cidade, que é muito charmosa. 4- Pedrinhas Paulista (SP) Pedrinhas Paulista é uma cidade do interior de São Paulo conhecida como a "Roma Brasileira"! É claro que esse apelido não nasceu à toa: essa é mais uma das cidades com fortes influências italianas espalhadas pelo Brasil. Um acordo firmado em 1949 entre a Itália e o Brasil permitiu que os italianos fossem recebidos em nosso país, com o objetivo de colonizar terras e depositar aqui as suas experiências agrícolas. Uma dessas terras foi justamente Pedrinhas Paulista! A cidade foi quase completamente construída pelos imigrantes italianos, que recebiam um lote de aproximadamente 25 hectares assim que chegavam, bem como alguns animais e sementes, se fosse necessário. Atualmente, a pequena cidade ainda mantém os costumes dos imigrantes e ela impressiona principalmente por sua arquitetura repleta de colunas e estátuas - elementos tipicamente italianos. A principal praça da cidade, a Praça Monsenhor Ernesto o Portal de Entrada, o Memorial ao Imigrante, a Igreja de São Donato, o Museu dos Pioneiros, o Sino do Cinquentenário e o Cine Teatro Municipal são excelentes exemplos disso. A cidade conta até com uma estátua da loba Capitolina, que de acordo com a lenda amamentou os irmãos Rômulo e Remo (fundadores de Roma) e até hoje é um símbolo muito forte da cultura italiana. Para não deixar de falar da culinária italiana que também é muito celebrada, em Pedrinhas acontece no mês de agosto a tradicional Macarronada de São Donato, festa que atrai turistas de toda a região! Uma mistura de Brasil com Itália Todas essas belas cidades só existem hoje graças aos imigrantes italianos, que vieram até nosso país e também fizeram dele a sua casa! Aproveite para ler esse outro artigo, uma homenagem que eu escrevi para esses bravos italianos! Clique aqui e leia agora mesmo! Me conte aqui abaixo nos comentários qual dessas cidades você gostaria de conhecer, e se por acaso já conhece alguma, como foi a sua experiência! Vou adorar saber a sua opinião. Lembre-se também de cadastrar o seu e-mail no campo abaixo do artigo, para ser notificado e não perder nenhuma novidade aqui do blog! Nos vemos no próximo post! Arrivederci!

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