
Resultados da busca
141 resultados encontrados com uma busca vazia
- Como aprender italiano estudando menos de uma hora por dia
Você sabia que é possível aprender a falar, entender e se comunicar em italiano sem estudar várias horas por dia, durante anos? Na verdade, é possível aprender italiano em apenas alguns meses, estudando menos de uma hora por dia. Talvez você ache impossível, mas essa ideia, de que é necessário muito tempo de estudo para aprender um novo idioma, nasceu das escolas e cursos de ensino tradicionais, que além de aplicarem uma metodologia de ensino ultrapassada ainda têm como objetivo manter o aluno estudando pelo maior tempo possível. Afinal, essas escolas cobram mensalidade. Pense por um momento no quanto o mundo evoluiu nas últimas décadas. No entanto, o sistema de ensino se manteve praticamente o mesmo. Ou melhor, uma coisa mudou: o quadro negro e o giz foram substituídos por um quadro branco e canetas coloridas. A metodologia tradicional, onde o aluno senta em uma mesa e assiste ao professor durante algumas horas, algumas vezes por semana, por vários anos, ainda é a mesma. Eu poderia explicar em detalhes os motivos dessa metodologia ser ineficiente, mas acho que você não tem interesse em saber. O importante, o que todos querem saber, é como aprender de verdade, de maneira mais rápida e mais eficaz. Como é possível aprender uma nova língua estudando menos de 1 hora por dia e em apenas alguns meses? A resposta está em mudar o jeito de estudar: em vez de “assistir à aula”, o aluno (você) deve PARTICIPAR da aula. “Ouvir a explicação do professor não é suficiente, pois a prática é necessária para entender a teoria” Essa ideia foi defendida e propagada pelo professor Pierluigi Piazzi, que acumulou mais de 100 mil alunos durante sua vida e escreveu livros como “Aprendendo Inteligência” e “Estimulando Inteligência”. Além de sua experiência como professor, ele estudou por anos a Neurociência e a Inteligência artificial. A conclusão à qual chegou foi de que a maneira que o cérebro é ativado quando o aluno participa ativamente do estudo potencializa em muitas vezes o seu aprendizado. Isso permite que se aprenda mais rápido e melhor. Ou seja: quando utilizamos a metodologia certa, podemos aprender italiano mesmo estudando alguns minutos por dia. É claro que ainda será necessário estudar e fazer exercícios, mas com cerca de 40 minutos diários (podendo até fazer 20 minutos pela manhã e 20 minutos à tarde), a fluência pode ser alcançada em menos de 12 meses. Na verdade, utilizando o meu método próprio, meus alunos conseguem atingir esse resultado em apenas 8 meses. Isso prova que o que estou falando não é teoria. É resultado prático. Mas como funciona o estudo ativo? Como eu disse antes, estudo passivo é aquele em que o aluno se senta na cadeira e assiste à aula do professor. Ele espera que o conhecimento entre por seus ouvidos e permaneça no seu cérebro, mas não é isso que acontece. Para absorvermos de verdade o conteúdo estudado, devemos: - Escrevê-lo à mão - Fazer exercícios - Pensar sobre o assunto - Fazer perguntas - Ler e reler o que escrevemos - Fazer mais exercícios Lembre-se: Os exercícios não são um complemento à aula. As aulas é que são um complemento aos exercícios. Assistindo à aula você entende, fazendo exercícios você aprende! Mas cuidado: em se tratando de aprender italiano, fazer exercícios não é responder uma infinidade de problemas de gramática, mas sim trabalhar a leitura, a audição, a escrita manual e a repetição espaçada. Além do estudo ativo Em conjunto com uma metodologia de estudos mais eficiente, existem outros fatores que podem ajudar as pessoas que têm uma rotina corrida e pouco tempo para estudar. Alguns deles são: 1. Ensino à distância Um curso online, por exemplo, é uma boa ideia. Afinal, você não perde tempo com locomoção e trânsito. Pode estudar onde quiser, no horário que preferir. Dessa maneira, mesmo que você tenha um dia cheio, pode encontrar alguns minutos no horário de almoço, quando chegar do trabalho ou até mesmo de manhã, antes de sair de casa, para estudar e conquistar o seu objetivo de falar italiano. 2. Aulas gravadas Com aulas gravadas é possível pausar a aula, revê-la várias vezes, assistir várias em seguida quando tiver tempo... Ou seja, caso apareça um compromisso que atrapalhe seus estudos, sem problema: você pode pausar a aula e continuar após o compromisso. 3. Formas alternativas de estudo Estudar não precisa ser resumir as aulas. Você também pode (e deve) utilizar outros métodos de aprendizado, como escutar áudios, ler livros, ver filmes. É claro, esses áudios, livros e filmes devem estar em italiano. Obviamente estudar apenas dessa maneira não é suficiente, mas é uma boa ferramenta complementar às aulas, uma ótima forma de imersão. 4. Usar as redes sociais de maneira correta Atualmente, o maior consumidor de tempo das pessoas é o celular, as redes sociais. Mesmo quem diz que tem pouco tempo livre costuma passar algumas horas por dia nas redes sociais. E faz isso sem nem perceber! A primeira dica é, então, diminuir o tempo gasto nas redes sociais. A segunda dica é: consumir conteúdos de qualidade nas redes sociais. Esqueça fofocas, futilidades e “memes” se quiser aproveitar melhor seu tempo. Você pode encontrar muito conteúdo no Facebook, Instagram e Youtube, tanto de italiano quanto de qualquer outro assunto que você tenha interesse em aprender. Inclusive, eu mesmo posto muitas dicas, aulas e lições nessas plataformas. Tenho dicas rápidas, de dois minutos ou menos, vídeos mais longos e até aulas completas de mais de uma hora. E está tudo lá de graça, para você aproveitar. Como esses: Vou também liberar no link abaixo uma das minhas aulas ao vivo que ficam no ar por apenas alguns dias, exclusivo para você que acompanha o meu blog. Clique aqui para assistir a aula do dia 26/11 Resumindo: quem estuda com a metodologia certa e utiliza as melhores ferramentas para auxiliar em seu aprendizado não tem porque se preocupar com falta de tempo! Todos podem alcançar a fluência em italiano, desde que estejam dispostas a estudar e se dedicar de verdade, mesmo que por apenas alguns minutos por dia.
- As receitas italianas mais conhecidas e copiadas
Não há dúvidas que a culinária italiana é cheia de sabor, mas será que as receitas e os ingredientes que chamamos de italianos são assim mesmo? Quando imaginamos uma viagem maravilhosa para Itália, logo nos vem ao pensamento os belos pontos turísticos e todos os pratos típicos que poderemos apreciar admirando a paisagem. A tradicional pizza italiana, a lasanha à bolonhesa, o espaguete ao molho de “pomodoro”, o expresso, o vinho e de sobremesa um belo tiramisù. Um terço da despesa dos turistas que conhecem o país da bota destina-se à culinária, somando cerca de 30 bilhões por ano. E a culinária típica não é deixada de lado na escolha dos souvenirs: 42% dos turistas escolhem um produto típico italiano para trazer na mala, como vinho, queijos, salames e azeite de oliva extravirgem. A culinária italiana é reconhecida em todo globo, mas alguns aspectos tipicamente italianos se perderam no caminho da imigração. Muitas das receitas que conhecemos hoje nos foram passadas pelas recordações que nossos antepassados tinham de sua vida na Itália. Mas quando tentavam reproduzir as receitas de sua terra natal não era fácil encontrar os ingredientes utilizados nas receitas originais, sendo necessário algumas adaptações. Com o tempo essas adaptações foram afastando as receitas conhecidas por nós das tradicionais receitas italianas e seus ingredientes regionais. Montamos uma lista com as cinco receitas italianas mais conhecidas e copiadas pelo mundo para você repensar sua “receita italiana” ou estar preparado quando pousar no país da bota e as refeições forem no mínimo, um pouco diferentes do que você imagina. 1. Pizza Um dos pratos mais conhecidos da culinária italiana com certeza é a pizza, mas é também um dos mais modificados. Na Itália a pizza é um prato individual, com uma massa fina e recheios simples e tradicionais, sendo a massa a protagonista da receita. Os sabores italianos tradicionais são vistos por muitos brasileiros como exóticos, pois levam ingredientes regionais e que deixam a pizza mais leve do que a conhecida no Brasil. Alcachofras, cogumelos, berinjela e anchovas são alguns dos ingredientes mais utilizados, junto com molho de tomate, queijos e azeite de oliva. Uma das pizzas italianas que mais mistura sabores e ingredientes é a pizza quatro estações, que leva: presunto, alcachofra, cogumelos e azeitonas. Se na Itália a pizza agrada por sua simplicidade, ao atravessar o oceano o paladar é bem diferente. No Brasil, pizza é sinônimo de extravagâncias! Pedida para ser saboreada em grupo, a pizza é o prato das reuniões animadas. Para saciar a fome de todos, os tamanhos “grande”, “família” ou “gigante” são os mais pedidos, sempre com muito recheio. E os recheios são cheios de ousadia! Os brasileiros são muito criativos na hora de cobrir a massa, com os ingredientes mais variados possíveis, que deixariam qualquer italiano “raiz” aterrorizado, assim como a forma da própria pizza em si. Pepperoni com abacaxi, filé aos quatro queijos, estrogonofe com batata palha, coração de frango com muçarela. Sem falar nas pizzas de cachorro quente, acarajé ou fondue de queijo que devem levar um italiano a ter um ataque! Muito distante da simplicidade italiana, as pizzas brasileiras ainda tem opção com bordas recheadas, com cheddar, catupiry, coxinha, cachorro quente, cream cheese e sabe se lá mais o que! Eu adoraria saber quais os tipos exóticos de pizza e de bordas aí na sua cidade, escreva nos comentários. 😊 Temos também pizzas doces cheias de frutas, gemada e chocolates. E se nosso amigo italiano ainda não teve seu ataque, podemos colocar ketchup e maionese na pizza! 2. Lasanha à bolonhesa A típica culinária italiana é preparada com paciência e dedicação, com ingredientes simples e cheios de sabor. Conhecido no Brasil como molho bolonhesa, o molho não tem nada de italiano. Diz-se que o molho é chamado assim porque é oriundo da Bolonha, mas lá dizem que “molho bolonhesa não existe”, sendo motivo de piada e desgosto para os locais. O molho italiano que mais se assemelha ao nosso conhecido “bolonhesa” é o ragù. O ragù é um molho feito com carne bovina e/ou suína cortadas diversas vezes ou moída de forma bem grosseira. Em algumas regiões o molho leva cenouras, bacon ou vinho. Mas algo é certo, é preciso paciência para prepará-lo! O molho leva em média duas horas para ficar pronto. A lasanha é um prato montado com muitas camadas de sabor e paciência. Se apenas o ragù leva em média duas horas para ficar pronto, a lasanha toda então... E como hoje queremos tudo rápido, muitas vezes pulamos ou encurtamos as etapas deste prato de preparação lenta. Na versão conhecida brasileira, o ragù foi substituído pelo molho bolonhesa, que fica pronto muito mais rápido. Algumas pessoas trocam o molho bechamel feito em casa por algum que vem pronto em caixinha ou sachê. E em algumas famílias a lasanha não vai mais ao forno, ela foi trocada pela versão industrializada que vem congelada e fica “pronta” em doze minutos no micro-ondas! Imagina uma nonna italiana vendo isso! 3. Espaguete al pomodoro O espaguete com molho de tomate é um clássico italiano, reconhecido do norte a sul do país por seus poucos ingredientes. Mas se ao pensar nesse prato você lembrou do clássico filme da Disney com a Dama e o Vagabundo comendo macarrão juntos, você pensou no prato errado. O prato italiano é feito com espaguete, um bom molho de tomate e manjericão para finalizar. Nada de almôndegas como no filme. A versão americana uniu o espaguete com molho de tomate com as “polpetas” italianas, dando origem ao Spaghetti with meatballs que aparece no desenho animado e difere-se da versão tradicional italiana por consumir carne e massa no mesmo prato. Podemos lembrar também que algumas versões brasileiras são feitas com calabresa, frango, ou ainda salsichas. 4. Parmegiana Se você ficou na dúvida entre parmegiana de frango ou carne, se enganou mais uma vez. A tradicional parmegiana preparada na Itália não leva nenhum dos ingredientes. No país da bota o prato é preparado com berinjela! No modo tradicional de se preparar esta receita, a berinjela é cortada em fatias e frita, sem ser empanada (à milanesa) como feito no Brasil. Depois de fritas, as fatias são dispostas em uma travessa e temperadas com molho de tomate, manjericão, muçarela, parmesão e assadas. O prato é feito em camadas e lembra uma lasanha, só que neste caso, com berinjela e sem molho bechamel, mas muito sabor. 5. Pasta alla carbonara O Carbonara day é comemorado em 6 de abril e neste ano dois órgãos se uniram para fazer um desafio um quanto inusitado. A Associação das Indústrias do Doce e da Massa Italianos (Aidepi) se uniu a Organização Internacional da Massa (IPO) para incentivarem os italianos a utilizar as hashtags #CarbonaraChallenge e #Carbonaraday mostrando suas reproduções da receita. Neste caso, o prato encontra divergências no modo de preparo dentro da própria Itália. Diz-se que a versão clássica é feita como ovos, guancialle (tipo de bacon não defumado, feito com a bochecha do porco), pimenta e Pecorino Romano. A versão britânica costuma retirar o ovo da receita e incrementá-la com creme de leite ou nata, ervilhas e cogumelos (Mamma mia!). No Brasil costuma-se usar o bacon no preparo da receita, que as vezes não agrada algumas pessoas por acharem que o ovo ficará cru. Porém até hoje não se sabe ao certo a origem do prato que foi mencionado pela primeira vez em 1951 em um filme italiano e teve sua receita divulgada pela primeira vez em um guia de restaurantes de Chicago, Estados Unidos. Qual registro tem mais validade para conquistar o título de país da carbonara? Sempre que vou ao mercado, procuro comprar azeite italiano, pela qualidade, pela identificação cultural e claro, porque adoro produtos italianos. Mas recentemente descobri que uma bandeirinha da Itália no rótulo e, pasmem, estar escrito "Made in Italy" no rótulo não é nenhuma garantia de que você está comprando um azeite 100% italiano. Isso porque algumas marcas de azeite, inclusive de outros países europeus, são importadas para o Brasil à granel, em grandes tonéis, e só depois de chegarem ao destino é que o azeite é engarrafado. E é aí que está o problema. A legislação brasileira permite que nesse processo seja adicionado ao azeite outros óleos como o de girassol, soja, milho, etc. Triste não? Pois é, e então você deve estar se perguntando: Silvano, como vou saber se o azeite é puro italiano? Eis a valiosa resposta: observe o número do código de barras, se os três primeiros números forem a sequência 789, significa que o azeite foi engarrafado no Brasil e provavelmente não é puro. Outra informação importante que você deve observar é encontrar escrito no rótulo "imbottigliato in Italia". Ainda assim, se você tiver dúvidas, pode fazer o teste definitivo: coloque três dedos de azeite de oliva italiano extra virgem em um copinho e leve ao congelador por uma noite. No outro dia, tente enfiar o dedo no azeite, ele tem que estar completamente congelado, igual uma pedra de gelo. Se ele estiver macio e conseguir furar com seu dedo, significa que ele tem óleo de soja misturado. O planeta é imenso e existem muitas formas de se fazer uma mesma receita, assim é muito difícil conhecer todas alterações no modo de se preparar as típicas receitas italianas. Mas os produtos são um pouco mais fácies de serem identificados, e assim também encontrar intrusos nas prateleiras dos mercados. Os italianos possuem até um termo para chamar estas imitações dos produtos italianos: Italian sounding. Este termo é utilizado para denominar o movimento que se iniciou nos anos 80 e utiliza cores, símbolos e idioma para que os produtos se passem por italianos. Mas na verdade quando lemos os rótulos atentamente, não tem nada Made in Italy ali. Entre os produtos mais imitados do Bel Paese estão o Parmiggiano Reggiano, a Mozzarella di Bufala e o Prosecco, e o movimento é visto principalmente na América, Austrália e países europeus. Muitas vezes os consumidores compram os produtos que se utilizam destes artifícios sem perceber que estão dando poder para as empresas que se fazem passar por aquilo que não são, comercializando produtos que na realidade estão longe de ser aquilo que parecem. Este movimento se desenvolveu ao ponto de se tornar uma concorrência desleal com os produtores italianos. Cada vez mais os produtores italianos veem seu mercado sendo invadido por cópias e não conseguem concorrer globalmente com estes produtos devido ao valor inferior cobrado pelas cópias. Não é algo simples, mas devemos buscar conhecer e saber o que realmente estamos consumindo e quem estamos apoiando. Com o objetivo de auxiliar os consumidores e conscientizá-los sobre o consumo de produtos Italian sounding foram desenvolvidos um site e um aplicativo que buscam encontrar e informar o consumidor sobre este tipo de produto. L’autentico tem como slogan: “Apenas porque parece italiano, não significa que seja autentico” e o site tem diversos artigos sobre produtos e receitas típicas italianas. O site está em italiano e nos ajuda a praticar o idioma, mas o aplicativo está em inglês, já que se destina a encontrar produtos e receitas fora da Itália. Cada um possui suas preferências, mas o importante é que nossas escolhas sejam feitas com consciência do que representam. Com a globalização podemos escolher entre um produto de origem italiana, americana, brasileira ou de outros países. Desde que essa seja uma escolha da qual sabemos o que estamos consumindo, sem pensar que aquele produto é italiano e na verdade fomos enganados. O mesmo acontece com as receitas, estamos livres para criar e provar diversos sabores de pizzas, lasanhas ou parmegianas. Podemos desenvolver nossas versões pessoais inspiradas nos clássicos italianos, adicionando ou tirando ingredientes como sempre fizemos, mas agora pensando melhor quando dizemos “receita italiana”. Também àqueles que futuramente irão conhecer a Itália e sua culinária, não acharem estranho quando a receita apresentada for diferente daquela conhecida no seu país. Tenho outro artigo no meu blog que fala sobre comida típica italiana, você já o leu? Mas te aconselho a não ler antes do almoço, ok? Clique no link abaixo para ler: 5 comidas (muito esquisitas) que os italianos adoram Desejo que você faça escolhas conscientes, nutra seu corpo com carinho e receitas deliciosas. Não esqueça de comentar o que achou desse artigo e compartilhar com sua família. Ah, também fique à vontade para escrever sugestões de próximos assuntos a serem tratados aqui. Buon appetito!
- Lançamento do podcast mais completo sobre cultura italiana
Dia nove de dezembro poderia ser uma segunda-feira como todas as outras, mas não será! Já é quase unânime: segunda é dia de promessas e desmotivação. Infelizmente, a maioria de nós começa a ficar triste no domingo, pensando no início da semana e em todos os seus afazeres. Em todas as promessas acumuladas para a segunda-feira. Mas para mim esse modo de ver a vida nos limita e frustra e eu quero mudar o início da sua semana. Não só da próxima semana! Você deve estar pensando: mas Silvano, prometer a si mesmo coisas para segunda-feira é ruim, porque você está fazendo isso? Primeiro para te dar tempo! Tempo para você refletir se o que está adiando é algo que você realmente deseja ou é uma promessa vaga para agradar aos outros. Segundo, eu não estou adiando este projeto para semana que vem. Ele foi pensado para fazer você refletir e será lançado em uma segunda, propositalmente, para testar quem quer começar a semana de forma diferente ou adiando projetos. Quero que você comece a próxima semana tendo certeza na sua escolha de fazer algo diferente, e o mais importante, algo melhor. Se você me acompanha há algum tempo, já percebeu que, seja nos vídeos ou por textos, não estou aqui só para ensinar italiano. As minhas redes sociais são canais para eu compartilhar muitos conteúdos sobre aprendizado, turismo, imigração, e claro, idioma italiano. E com o podcast Italiano com Silvano não será diferente. O que o podcast Italiano com Silvano terá de especial? Ele será um canal para troca mais intensa sobre cultura italiana. Um conceito que gosto sobre cultura é de Edward B. Tylor: “Todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade”. E dentro deste tema, vamos falar sobre turismo na Itália, história da imigração italiana, cidadania italiana, sem deixar de lado o idioma. Tudo de uma forma descontraída e trazendo muitas dicas de como desenvolver suas habilidades. Uma mudança nítida estará na forma de como você vai consumir este conteúdo: por áudio. O modelo de podcast vem crescendo nos últimos tempos e eu não poderia deixar de compartilhar com meus alunos e com as pessoas que me seguem, estes conteúdos de uma forma que seja mais acessível e prática. As vantagens de ouvir podcasts são a praticidade, já que podem ser ouvidos em qualquer situação e podem ser baixados no celular para ouvir off-line sem praticamente usar quase nada da memória do seu telefone. São grátis e sem anúncios incômodos. Ao assinar o meu podcast, os episódios liberados serão automaticamente baixados em seu dispositivo quando ele estiver conectado à internet. Assim eles ficarão guardados na sua “biblioteca” para serem ouvidos quando você quiser, ainda que não tenha conexão naquele momento (muito útil, não é?). Na maioria dos aplicativos de podcast você pode escolher se os episódios serão baixados automaticamente ou se você prefere apenas ser notificado de um novo episódio e depois decidir se baixa ou não manualmente. Costumo compartilhar que precisamos pensar a forma como fazemos as coisas e que precisamos mudar alguns aspectos das novas vidas, então seguirei com meu propósito de fazer as coisas de maneiras diferentes e cada vez mais espalhar conhecimento. Sei que muitas pessoas gostam de me ver, e acompanhar por escrito o que estou falando e isso não deixará de ser feito, mas o podcast foi pensado para que eu acompanhe você em outros momentos. Quero que você possa acompanhar estes conteúdos enquanto está preparando a sua refeição ou da sua família, enquanto está indo para o trabalho (mas sem perder a atenção no trânsito), enquanto está se preparando para descansar para um novo dia, ou ainda no seu momento de descanso após o almoço de domingo. Tem coisa melhor do que transformar um momento de ócio em um momento de aprendizado leve e descontraído? Muitas vezes eu faço isso antes de dormir ou enquanto preparo o almoço (sim, eu faço o meu almoço quase sempre), ouvindo o Cortella, o Pondé, o Dr. Dayan e os meus próprios vídeos. Essas são apenas algumas opções e você poderá adaptar conforme sua rotina e hábitos. Onde você vai encontrar meu podcast? Os episódios estarão disponíveis em uma aba no canto superior direito aqui no blog, no Spotify, podcast da Apple e na plataforma Anchor. E se você pensou em adiar para ver mais que um episódio seguido, eu já estou preparado! Nossa semana vai começar com SEIS EPISÓDIOS recheados de muito conteúdo para você “maratonar”, começando a semana com muito mais informação e entretenimento. Mas vou dar aqui um resumo do tema do primeiro episódio: Primeiro, vou falar de forma mais detalhada que tipo de conteúdo você vai encontrar nos episódios do podcast Italiano com Silvano. Vou contar também um pouco da minha jornada até me tornar professor de italiano, minhas dificuldades e o que fiz para superá-las e chegar até aqui. E não poderia faltar: frases úteis em italiano para uma situação especial, que absolutamente 100% das pessoas que vão à Itália passam logo no primeiro dia. E não, não é simplesmente como dar bom dia e falar obrigado. Espero que você tire um tempo para você, reflita sobre seus objetivos e comece a próxima segunda-feira com uma nova visão das suas metas. E se sua meta for aprender mais sobre cultura e língua italiana eu estarei te esperando com o podcast: Italiano com Silvano! Arrivederci!
- “Eu não confio em curso online”
Escutei essa frase de uma amiga que estava em dúvida em fazer ou não sua inscrição em um curso que ela ganhou. Resolvi perguntar quais os motivos dessa desconfiança e ambos nos surpreendemos com o resultado... Antes de tudo, quero esclarecer uma coisa com você, amigo leitor. Esse não é um texto como os demais desse blog. Não tem relação com a cultura, viagens ou língua italiana, embora a pessoa que inspirou esse relato seja neta de sicilianos. Mas tirando isso, nenhuma relação. O texto de hoje é um relato, um compartilhamento de uma conversa que tive recentemente com uma grande amiga, sobre sua dúvida de se inscrever ou não em um curso que ela ganhou. Permita-me explicar melhor essa situação. Tudo começou assim... Encontrei Marcela (nome fictício, obviamente), em uma cafeteria no centro de Florianópolis, em uma terça-feira ensolarada. Dois dias antes ela tinha me enviado uma mensagem no Instagram, dizendo que tinha ganho uma bolsa de um curso de finanças - a área que ela trabalha - de uma renomada faculdade, e queria me contar os detalhes, além de pedir um conselho. Como já viria à cidade para gravar uma das minhas aulas, marcamos um café. Quando ela chegou, estava eufórica. Me contou sobre o quanto o método do curso era bom com tanto entusiasmo que até eu fiquei com vontade de estudar também. A experiência e didática dos professores agregaram ainda mais valor ao conteúdo, que já era diferenciado dos demais disponíveis no mercado. E quando abriram as inscrições para uma turma especial, ela não perdeu tempo e fez a solicitação de bolsa no mesmo dia, já que o número de vagas era bem limitado e muito concorrido. No entanto, eu senti que ela diminuiu a empolgação quando descobriu que essa turma especial, seria de ensino via internet. Perguntei qual era o problema, já que finalmente ela tinha conseguido se inscrever no curso. - É que eu não confio em curso online, não sei, acho que não vou me adaptar. - Essa foi a resposta que eu tive. Começamos a conversar sobre as causas dessa desconfiança, e percebemos juntos uma coisa surpreendente. E é justamente isso, meus amigos e amigas, que quero compartilhar com vocês. As justificativas para não fazer um curso online A primeira causa apontada foi “acho que não é para meu perfil.” "-É que eu não confio em curso online, não sei, acho que não vou me adaptar.-" Olhei para Marcela, a mesma pessoa que dois dias antes tinha usado seu smartphone para marcar nosso encontro via rede social, que chegou naquela cafeteria de Uber e que me contou que viu e fez todo o processo de inscrição via internet, e que agora me dizia que tinha medo de não se adaptar em um ambiente virtual de ensino. Ela não percebeu que o ambiente das aulas era muito mais simples do que os que ela já utilizava diariamente. Mas acredite, isso não é exclusividade dela. É extremamente comum enxergarmos uma proposta diferente do que estamos acostumados como uma coisa totalmente nova, difícil ou ruim, quando nem sempre é. A verdade é que todo mundo já usa a internet, inclusive você que está lendo esse texto. Portanto, acredite, fazer cursos online é também para seu perfil. Na verdade, eu não preciso desse curso Logo depois que Marcela e eu percebemos que o uso da internet não era problema, ficou a dúvida da real necessidade do conteúdo. Pois bem, logicamente que chegamos à conclusão que existiam milhares de conteúdo similares disponíveis gratuitamente na internet (sim, a mesma internet que antes era um problema), e por isso ela não tinha certeza se valia pagar pela inscrição. Mas concluímos que é justamente o excesso de informação disponível, e a falta de um filtro de qualidade que torna o estudo por conta própria na internet tão ineficaz. É praticamente impossível para quem está estudando saber qual conteúdo é bom ou não, se essa forma de aprender será mais rápida ou mais demorada, sem falar sobre quando surgirem dúvidas (porque elas sempre surgem), dá ainda mais trabalho procurar as respostas para algo que você nem sabe direito como perguntar. É desmotivador. Reconhecemos que ela precisava do curso, e usar a internet não era um problema. O problema é que eu não tenho disciplina para estudar em casa Já tínhamos tomado mais da metade do café quando começamos a falar de disciplina. - Por que tu veio até essa cafeteria hoje? - perguntei. - Ora, porque eu marquei esse compromisso contigo.- falou na hora, dado a obviedade da resposta. - E o que te faz pensar que você não irá em um compromisso com você mesmo, sendo que nem precisa sair de casa para isso? - Depois de segundos de silêncio seguido de risadas, constatamos algo muito curioso. É impressionante como subestimamos nosso próprio senso de responsabilidade. Quando temos um compromisso com alguém, pensamos no horário do encontro já considerando o que temos naquele dia, o tempo que usamos para tomar um banho, trocar de roupa, se deslocar até o local e ainda de estacionar, se for o caso. E pasmem: CONSEGUIMOS ADMINISTRAR TUDO ISSO. Então por que não conseguimos fazer o mesmo quando o compromisso é com a gente mesmo, sem a necessidade de sair de casa? Se engana quem acha que a resposta é falta de disciplina. O que falta é planejamento. O que você faz quando tem um compromisso com alguém? PLANEJA seu tempo, ORGANIZA o que tem que fazer para que tudo aconteça conforme PLANEJADO. Mas quando é com a gente mesmo, achamos que já está tudo certo, tudo pronto, só chegar e fazer, sem precisar preparar nada. Bom, não está. Por isso seu cérebro não entende aquilo como compromisso, você não avisou para ele que era. Vou explicar: Para você cumprir um compromisso, você precisa fazer seu cérebro perceber que existe um compromisso. Minhas dicas para treinar seu cérebro são: Defina um horário para ação; Esse é o primeiro passo. O erro mais comum de quem acha que não tem disciplina é, na verdade, não definir um horário para fazer a atividade. Nosso cérebro aprende com rotina, então quando você define uma data para um evento, automaticamente você agrega o status de compromisso à atividade. Quando não há um horário/dia definido, o evento não é prioridade, por isso seu cérebro não considera importante. Organize sua agenda para ter esse horário livre; Assim como quando marcamos com alguém, temos que considerar a conclusão de outras atividades para antes ou depois do nosso compromisso pessoal. Isso fará com que aquele horário que você definiu na etapa um, ganhe ainda mais importância para você e sua mente. Além do horário, defina também um local próprio para atividade; Outro erro frequente que cometemos é achar que nossas atividades pessoais podem ser realizadas em qualquer cômodo. No entanto, é extremamente indicado definirmos um local fixo para estudar. Melhor ainda se for um lugar diferente do que você costuma estar momentos antes. Por exemplo, a Marcela me contou que definiu como dia e horário de estudos toda quarta-feira às 20 horas. Só que até as 19:30, ela fica no quarto lendo. Sugeri que as 20 horas ela fosse para a sala começar a estudar, porque assim a mente dela associa que a mudança de ambiente implica na mudança de atividade. Legal né? O mesmo ocorre com todos. Definir um local diferente dos demais faz com que nossa mente se acostume com a rotina e o compromisso, associando o ambiente com a atividade do momento. Prepare o ambiente e você mesmo; Tão importante quanto escolher um local é deixá-lo preparado para a atividade. Não adianta nada escolhermos um ambiente como a varanda, por exemplo, se lá não tiver uma conexão boa com a internet, tiver muitas distrações ou for desconfortável permanecer pelo tempo dedicado a atividade. Por isso, ao escolher o local, considere tudo que você precisará para executar a atividade, e certifique-se que você não precisará interromper sua concentração, afinal ela é muito importante. Marque na sua agenda; A dica final foi uma curiosidade levantada pela Marcela, por isso preciso admitir que a dica é dela. Quando marcamos um compromisso com alguém e nossa agenda é apertada, costumamos marcar em algum lugar para não esquecer, seja no celular, caderno ou até mesmo um papel na geladeira. Mas quando é conosco, não marcamos em lugar nenhum. Por isso, quando definir uma tarefa, marque esse compromisso com você e salve em algum lugar. Com a vida corrida que vivemos, não é difícil esquecer o que combinamos, mesmo que seja com a gente mesmo. “Mesmo assim, acho que é melhor se eu tiver que sair de casa” A frase acima veio logo depois de terminar o último gole de café disponível na xícara de Marcela. Ela completou dizendo que a disciplina não era mais um problema, mas como tinha muitas tarefas acumuladas para fazer em casa, preferia sair. - Mas vale a pena? - perguntei. - Na verdade, a inscrição é um pouco mais cara, mas nada muito absurdo...- ela respondeu, sem muita convicção. Será? Descobrimos meia xícara de café depois (pedimos mais café, a conversa era boa ), que a diferença era muito maior. Não tínhamos considerado o valor de transporte (Uber, Marcela não tem carro) e alimentação fora de casa, que é bem cara. Além disso, não tínhamos considerado o tempo investido desde sair de casa, enfrentar o trânsito, levar as coisas para a aula, chamar outro Uber, enfrentar o trânsito de novo e chegar em casa. Todo esse trajeto, consumia pelo menos mais duas horas do dia. Sem contar o stress. Nem a chuva. Ou o frio. Após a conclusão óbvia que sair de casa não era a melhor opção, chegamos a descoberta que mencionei lá no início desse texto, cari amici. NÓS SOMOS MAIORES QUE QUALQUER OBSTÁCULO Foi assim que nossa conversa encerrou. “Pra falar a verdade, nós somos maiores que qualquer obstáculo”, foi a frase que escutei de Marcela. Eu percebi, (com a ajuda dela), que a maioria das objeções que temos com algo que nunca fizemos somos nós mesmos que criamos. E por isso, cabe somente a nós anulá-las. Certamente que existem momentos de impasse que precisamos de ajuda, mas o que impede que essa ajuda venha através da internet, como no curso da Marcela? Aprendemos que quando estivermos achando desculpas, para não fazer determinada atividade que queremos muito, seja por receio de não conseguirmos, ou simplesmente por achar que não iremos nos adaptar, talvez seja nosso cérebro avisando que ainda não entendeu aquilo como prioridade. O fato é que, como bem disse Marcela, nós somos maiores que qualquer obstáculo. Se você concorda conosco, deixe seu recado aqui nos comentários. É muito gratificante saber que as histórias que compartilho fazem sentido para sua vida. Até o próximo artigo.
- Veneza debaixo d'água e suas consequências
Ontem acordamos com a notícia da segunda maior “l’acqua alta” da história de Veneza O nível das marés de Veneza é registrado desde 1923 e o pior caso já registrado aconteceu em 4 de novembro de 1966, com o marco de 1,94m de água. Dia 12 de novembro às 22:50h o pico máximo foi registrado em 1,87m, marcando a segunda maior “l’acqua alta” da história veneziana desde o início dos registros. Um dos pontos baixos da cidade encontra-se na praça San Marco, onde está localizada a Basílica de São Marco. Setenta centímetros de água foram registrados no “nártex” – zona de entrada do templo - e podem provocar danos às colunas do edifício e às placas de mármore. Isto aconteceu apenas cinco vezes desde sua construção em 828. Um fator que preocupa as autoridades é que as últimas cinco maiores inundações de Veneza ocorreram nos últimos 20 anos, a anterior em 2018, ou seja, estão ficando mais frequentes a cada ano. E porque isso acontece? Bom, caros amigos, Veneza foi construída quase ao nível do mar, e nos últimos cem anos ela afundou 23 centímetros. Além disso existe ainda a elevação do nível das águas devido ao polêmico aquecimento global. Tudo isso, somado as marés, ao vento, as chuvas e a construção do Polo Petroquímico de Porto Marghera com as escavações profundas de canais de navegação têm aumentado de forma preocupante as inundações nas cidades que estão dentro da grande laguna de Veneza. O prefeito Luigi Brugnaro declarou ontem à noite (13) estado de catástrofe natural devido aos danos, que serão significativos para cidade. Ainda acrescentou “Necessitamos que todos nos ajudem a lidar com o que é claramente o impacto da mudança climática”. Além de todos os prejuízos financeiros que, de acordo com a prefeitura, podem chegar a centenas de milhões de euros e da possível perca de patrimônio histórico, duas pessoas morreram até agora, dentre elas um senhor de 78 anos que foi eletrocutado em sua casa na ilha Pellestrina após a água invadir a sua casa, e além disso muitos barcos ainda encontram-se à deriva. Afinal, os alagamentos constantes em Veneza são normais? A maré sobe em média cem vezes por ano, especialmente na primavera e inverno quando o Mar Adriático sobe de nível. Esse fenômeno, conhecido como “Acqua alta”, é considerado quando a maré sobe 90mm além do seu normal. O que pode parecer um fascínio para alguns visitantes, torna-se um inconveniente para os moradores, que tem o ritmo das suas vidas ditado pela maré. Quando isso ocorre, as autoridades posicionam passarelas elevadas nas principais zonas alagadas da cidade para que os cidadãos possam se locomover com mais segurança. As portas dos estabelecimentos são seladas com barreiras, é preciso utilizar botas e macacões específicos para andar pela cidade e os barcos não conseguem circular já que o nível das águas os impossibilita de passar debaixo das pontes. Para proteger a cidade deste tipo de evento e suas consequências, o projeto MOSE (Moisés em italiano e sigla para Módulo Experimental Eletromecânico) está em construção desde 2003. O projeto consiste em 78 diques flutuantes que tem como objetivo serem fechados em caso de maré alta, protegendo a lagoa da inundação. A primeira data prevista para entrega do projeto era 2011, mas após custos excessivos e diversos escândalos de corrupção a entrega do projeto foi adiada. O terceiro prazo para entrega do MOSE é 31 de dezembro de 2021. Com um custo inicial previsto de 2 bilhões de euros, em 2018 já haviam sidos gastos 5,495 bilhões e as previsões para entrega do projeto chegam a 7 bilhões de euro. Mas existe algo talvez ainda pior do que os atrasos na construção, que é a possibilidade de que quando o projeto estiver finalizado não funcione, pois sedimentos trazidos pelas correntes marítimas se acumulam nas estruturas e com o tempo a salinidade do mar corrói o metal que fica submerso. Além dessa péssima notícia, o custo de manutenção também será altíssimo, estimado em 100 milhões de euros por ano. Pois mensalmente será necessário a retirada de estruturas, sua limpeza e recolocação, para garantir seu funcionamento. O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, anunciou nesta quinta-feira (14) as primeiras medidas econômicas para ajudar a cidade de Veneza. “No que diz respeito à recuperação de danos os indivíduos e operadores comerciais serão compensados até um limite de 5 mil euros para particulares e 20 mil para comerciantes", explicou o premier italiano. Centenas de edifícios e monumentos estão danificados devido ao aumento do nível do mar e a situação tem piorado pela escavação dos canais para navegação, fazendo com que a água entre nos canais e aumente sua salinidade. O sal, neste caso é extremamente prejudicial aos tijolos e suportes utilizados para estabilizar os edifícios, danificando sua integridade. Veneza está na lista de Patrimônio da Humanidade da Unesco e em junho deste ano a organização Itália Nostra entrou com pedido para que a mesma seja colocada na lista de Patrimônios da Humanidade em risco. O turismo excessivo, o êxodo dos moradores antigos e a degradação ambiental são grandes ameaças para a sobrevivência desta cidade com grande patrimônio histórico. Será que Veneza irá desaparecer aos poucos, afundando diante de nossos olhos?
- A Torre de Pisa vai cair?
Segundo alguns engenheiros, a icônica Torre de Pisa está com os dias contados. A torre pendente de Pisa é um campanário localizado atrás da catedral da cidade italiana de Pisa. Embora destinada a ficar na vertical (lógico), a torre começou a se inclinar pro sudeste logo após o início da construção, em 1173, devido a uma fundação mal construída e também a um solo mal compactado e muito fraco, de areia e argila. Esse tipo de solo é comum em Pisa. Toda a cidade tem um solo muito instável, e existem inclusive outras construções por lá que também sofreram inclinações Construída toda em mármore branco, ela pesa incríveis 14 mil e 500 toneladas, que é o equivalente a 3.100 elefantes adultos, ou a 97 baleias azuis. Também não é pequena não: do solo ao topo, a torre mede 56,70 metros, bem maior que o Cristo redentor, por exemplo, que mede 38 metros. As 3 fases de construção da Torre de Pisa Sua construção foi realizada em três fases ao longo de 177 anos. A fase inicial foi entre 1173 - 1178, quando a obra foi paralisada por quase um século, por causa de guerras entre Pisa e Genova, Lucca e Florença. Só muito tempo depois, em 1272, um arquiteto tentou sem sucesso compensar a inclinação da torre. Em 1284 a construção foi novamente interrompida devido à derrota dos pisanos pelos genoveses na Batalha de Meloria. Por fim, o sétimo andar foi concluído em 1319 e a sino-câmara foi adicionada apenas em 1372, 199 anos após o início da construção. Para evitar que ela caísse por terra, entre 1990 e 2001 a torre passou por um trabalho de restauração bem complexo, fazendo com que a inclinação de 5,5 graus fosse reduzida para 3,9. Mesmo assim, futuramente será necessária uma nova reforma, porém a tecnologia pra manter a torre de pé ainda não existe, por isso os engenheiros deram um “prazo de validade” para a famosa torre pendente. Bom, se você pretende um dia visitar esse curioso monumento italiano, não se preocupe, ela não vai cair assim tão fácil. Mas só graças ao esforço enorme que durou 11 anos e corrigiu um pouco a sua inclinação e fortaleceu a sua base. 8 curiosidades sobre a Torre de Pisa 1 - Possui em torno de 296 degraus. 2 - A torre possui sete sinos, um para cada nota musical. O maior deles foi instalado em 1655. 3 - Galileu Galilei, segundo uma tradição, deixou cair duas balas de canhão de massas diferentes de cima da torre para demonstrar que a sua velocidade de queda era independente da sua massa. 4 - Em 27 de fevereiro de 1964, o governo da Itália solicitou ajuda para impedir a queda da torre. Foi, no entanto, considerado importante manter a inclinação, devido ao papel vital que este elemento desempenha na promoção do turismo de Pisa. Uma força tarefa multinacional, composta por engenheiros, matemáticos e historiadores, reuniu-se a fim de discutir os métodos de estabilização. Vários métodos foram propostos, incluindo a adição de 800 toneladas de contrapesos. 5 - Houve uma controvérsia sobre quem foi o arquiteto que projetou a torre, alguns nomes aos quais o projeto foi atribuído foram: inicialmente os de Guglielmo e Bonanno Pisano e posteriormente, Diotisalvi, mas na verdade não existe um registro oficial de nenhum deles, originando assim essas especulações. 6 - Em 1987 a Torre de Pisa foi declarada Patrimônio Mundial da UNESCO. 7 - Em maio de 2008, após a remoção de mais 70 toneladas de terra, os engenheiros anunciaram que a torre tinha sido estabilizada e que havia parado de se mover pela primeira vez em sua história. 8 – Quando a torre vai cair? Os engenheiros declararam que a torre de pisa ficará estável durante pelo menos 200 anos. Ou seja, se você está lendo esse artigo no ano de 2208, não suba na torre, apenas tire algumas fotos de longe que já está ótimo. E você, já visitou Pisa? Já tirou aquela foto clássica "segurando" a torre? Veja esse vídeo do meu canal no youtube onde eu explico todos esses fatos sobre a Torre e no final ainda dou várias dicas de frases em italiano que serão muito úteis na sua viagem! Não esqueça de se inscrever no canal para não perder nenhum conteúdo. Até o próximo artigo.
- 5 Comidas (muito esquisitas) que os italianos adoram.
Para quem acha que comida italiana é só massa e queijo, está muito enganado. Você não vai acreditar em alguns pratos dessa lista. Quando se fala em Itália, existem dois tipos de pessoas. Existem aquelas que pensam em grandes construções, como o Coliseu e o Duomo di Milano, pensam em toda a arte, cultura e história desse país. Esse tipo de pessoa sonha em conhecer as magníficas catedrais espalhadas pela península, ver de perto a Última Ceia de Da Vinci e a Pietà de Michelangelo, visitar Florença para conhecer o berço do Renascimento.. E existem as pessoas que pensam, imediatamente, em comida. Pizza napoletana, bucatini all’Amatriciana, spaghetti alla carbonara, gnocchi, gelato, tiramisù… a cozinha italiana é tão rica que ler essa pequena lista já dá água na boca. Se você é do segundo tipo de pessoa, com certeza entende o que estou falando. Alguns dos pratos são tão estranhos para nós brasileiros, que parece impossível imaginar que eles realmente gostem de algo assim. Mas eu garanto: é tudo verdade (acredite se quiser). O que você talvez não saiba é que, além das delícias que nós já conhecemos, os italianos também comem algumas coisas bem… diferentes. Mas chega de conversa, vamos aos pratos. Prato número 5: Coda alla vaccinara (Roma) Começando pelo menos “esquisito” dos pratos, a Coda é um guisado de rabada (a cauda da vaca), cozida por horas em um molho de tomate e outros vegetais. Após o cozimento, a carne fica tão macia que desprende dos ossos, depois de absorver os sabores do molho. O que você acha, parece bom, certo? Prato número 4: Pajata (Roma) O próximo prato da nossa lista é a Pajata, que assim como a Coda alla vaccinara é um prato típico de Roma. E o que seria isso? A Pajata nada mais é que o intestino de um bezerro que ainda não foi desmamado. Ou seja, ainda se alimenta apenas de leite e não chegou a comer capim. Teoricamente, esse leite torna o prato muito cremoso e saboroso após o cozimento. Mas, claro, é necessário ter muito cuidado: caso o bezerro já tenha comido qualquer coisa além de leite, o intestino será cozido com fezes (o que, acredite, não é incomum!). Geralmente, a Pajata é servida em um molho com rigatone, uma massa curta em forma de tubo, mas também pode ser grelhada. O que achou, parece saboroso? Prato número 3: Sanguinaccio ou Torta al sangue di maiale Quem não gosta de uma boa torta? Na Itália, mais popular nas regiões da Calábria e Campânia (cuja capital é Nápoles), existe uma torta chamada sanguinaccio, que pode ser feita doce ou salgada e leva um ingrediente muito especial. O prato leva farinha, sal, açúcar, leite, cacau… e, literalmente, sangue de porco. Sim! O ingrediente “secreto” da torta é sangue. Infelizmente (ou não, depende do seu ponto de vista), esse prato tradicional foi proibido devido ao alto risco de contaminação. Mas eu não duvido que você ainda possa encontrar essa iguaria em algum restaurante perdido pela Itália... Prato número 2: Lumache crude Peixe cru, principalmente na forma de sushi, é um prato muito popular aqui no Brasil. Os italianos, por outro lado, consomem outro animal cru: caramujos ou caracóis! Os italianos costumavam comer muito esse animal, direto da concha. Isso porque, além do sabor, acreditava-se que comer caramujo cru era um bom remédio contra gastrite e outros problemas gastrointestinais. Como atualmente existem maneiras mais eficazes (e menos esquisitas) de tratar tais problemas, os caramujos já podem passear tranquilamente sem o medo de serem engolidos por algum italiano com gastrite. Prato número 1: Casu Marzu (Sardenha) A última comida da lista é um queijo. E se você acha que os franceses têm um gosto duvidoso por comerem queijo com mofo, espere até saber o que os italianos colocam nesse queijo: larvas de mosca. VIVAS! As pequenas larvas são responsáveis pela fermentação do leite, resultando em um queijo mais macio e saboroso. Mas atenção: o queijo torna-se tóxico quando as larvas morrem. Por isso é muito importante que se coma com as larvas vivas - de preferência, enquanto ainda estão se mexendo! Brincadeira, é comum deixar o queijo em um saco plástico fechado por alguns minutos para sufocar as larvas, mas o queijo deve ser comido imediatamente depois para evitar intoxicação. Por esse motivo o Casu Marzu chegou a ser proibido, mas os italianos são tão apaixonados por essa iguaria que um mercado clandestino desenvolveu-se apenas para vendê-la. Hoje em dia é possível comprar o queijo sem atentar contra a lei. E você, gostaria de experimentar? Nada melhor para um café da tarde do que uma fina fatia de pão, um queijo saboroso e algumas larvas, certo? Comente o que você achou.
- Dica de Viagem: Você sabe quais são os melhores assentos do avião?
Viajar de avião pode ser um sonho ou um pesadelo: escolha um bom assento e aproveite a viagem! Uma das melhores partes de uma viagem é, sem sombra de dúvida, ter a experiência de voar em um avião. Sentir o frio na barriga, ver os prédios ficarem pequeninos pela janela enquanto o avião decola com toda sua força, ver as paisagens deslumbrantes, contemplar as nuvens pelo lado de cima e enfim, chegar ao tão esperado destino. Para mim uma das melhores partes é quando o avião inicia o empuxo de decolagem. Nessa hora a velocidade do ar nas turbinas, nas pontas das palhetas dos fans (parte mais externa dos motores Turbofans), passa da velocidade do som, chegando a Mach 1,15, fazendo a gente colar nos assentos. É Fantástico! Mas um voo de longa distância, em uma poltrona apertada, ou em um lugar com muito ruído, ou muito frio, pode arruinar a sua viagem logo no início. Por isso estou te enviando essas dicas muito valiosas para você ter uma viagem muito melhor e sem aborrecimentos. Tudo pronto? Então vamos lá. Quer os melhores assentos do avião? Seja ágil. Para conseguir os melhores assentos no avião, saiba que os melhores lugares acabam rápido! Por isso, o melhor jeito de conseguir bons lugares, é reservar quando você comprar a passagem. Se isso não for possível, a segunda melhor maneira é fazer check-in pela internet. O segundo fator que tem que ser considerado é a sua preferência: você quer descer primeiro do avião? Quer um lugar mais espaçoso? Um lugar com menos turbulência? Um lugar com menos barulho? Para desembarcar do avião mais rápido, os melhores lugares para escolher são os primeiros, os assentos com números menores (1 até 16), eles te permitem desembarcar logo e ganhar alguns minutos na hora do desembarque, mas só vale a pena se você não tiver despachado bagagem, porque nesse caso, sair mais rápido do avião significa apenas esperar mais pela sua mala na esteira de bagagem. Se você quer evitar o frio, ou quer ter mais espaço para guardar sua bagagem de mão, escolha os assentos traseiros, como o fluxo de ar nos aviões circula de frente para trás, o fundo é a parte menos gelada da aeronave. Prefiro sentar mais no meio e levar uma blusa, mesmo que o destino seja um lugar quente. Quais os assentos mais confortáveis? Para ter mais conforto no que diz respeito ao espaço, os melhores lugares são, a primeira fileira e a fileira da própria saída de emergência. Eles tem mais espaço para as pernas. Só que nem sempre é possível escolher estes lugares pela internet, em alguns caso só ao fazer check-in no balcão mesmo. Se você quer fugir do barulho para poder dormir melhor, principalmente em uma viagem longa como do Brasil até a Itália, evite o fundo, já que ali fica a cozinha e o banheiro e haverá uma movimentação maior. Os lugares onde fica a asa, também devem ser evitados, devido ao barulho da turbina. Prefira os lugares entre as fileiras 5 e 9. Muitas empresas disponibilizam um protetor auricular, o famoso tapa ouvidos, mas não são tão bons e eu recomento você comprar o seu em uma farmácia, por ter melhor eficiência e conforto. Para mim é um assessório importantíssimo. Problemas com enjoos? Se você não quer ficar apavorado com turbulências (que nem sempre acontecem, fique tranquilo) ou sofre com enjoos, fuja do fundo, é o local que mais balança. Se esse é o seu caso, tente ficar nas poltronas que estão entre as asas, ali é o local mais estável da aeronave. Outra dica é procurar um médico antes da viagem e pedir se seria possível e seguro tomar um remédio para evitar enjoo. MAS PROCURE UM MÉDICO, NUNCA SE AUTO MEDIQUE! Em minha experiência com voos, que foram 12 ou 13 até agora, entre Brasil, Itália, Alemanha e Espanha, em só duas ocasiões passei por turbulência, uma forte e uma fraca. Então não se preocupe, as chances de acontecer são baixas e, na verdade, o avião é preparado para aguentar turbulências. Há duas fileiras no avião onde as poltronas não reclinam: a última fileira e a fileira logo em frente à saída de emergência (cujo número varia dependendo do avião, mas é sempre ali entre a 10 e a 15). Uma ferramenta útil para compra de passagem aérea. Agora que você já sabe os locais onde deve evitar e quais deve escolher, está na hora de usar uma ferramenta ótima! O site SeatGuru, ele é ótimo! Basta você colocar a companhia aérea que você vai viajar, data e o número do voo e pronto! Ele vai te mostrar o mapa de assentos do avião em que você vai viajar, ele ainda mostra fotos, informações sobre o voo, como bagagem, alimentação, etc. Outra dica M-A-R-A-V-I-L-H-O-S-A sobre assentos de avião, e que nunca vi ninguém divulgando, é que na primeira fileira do avião você vai encontrar uma tomada comum por conta de emergências, caso a tripulação precise usar um desfibrilador. Muito útil quando seu celular ou tablet ficar sem bateria. Em voos de algumas companhias europeias e norte-americanas, leve adaptadores de tomadas em formato de plug de isqueiro de carro. Neles, todos os assentos têm uma tomada que pode ser usada desde que você possua esse adaptador. Outras dicas importantes: A bordo, o oxigênio é menos abundante do que em terra. Evitar bebidas alcoólicas, que diminuem ainda mais o aproveitamento do oxigênio pelas células, é uma boa prevenção. Água ou suco a cada duas horas de voo, são recomendações claras de especialistas. Na véspera procure evitar bebidas gasosas, fibras e os famosos alimentos que causam gases como feijão, repolho, batata-doce. A sensação de inchaço na barriga tende a piorar com os efeitos da viagem aérea. Sobre dores e inchaços nas pernas: Sobretudo nos mais idosos, o inchaço é um dos sintomas comuns durante voos longos. Acontecem devido ao grande tempo sentado. Para evitar, procure, mesmo sentado, fazer movimentos com as pernas e os tornozelos. Meia-calça mais agarrada atenua o problema. Rinites e outras alergias Além dos medicamentos específicos, é bom ter em mãos soro para higienização das fossas nasais. Descongestionantes diminuem o efeito do aumento da pressão na orelha média. Incômodo no ouvido O aumento da pressão na região da orelha média, especialmente nos pousos, é uma reclamação praticamente geral. A sensação de surdez é muito comum. Embora muita gente questione, os truques de tapar e soprar o nariz, depois soltar ou ainda, usar chilete para conseguir aliviar por meio de mastigação, são truques válidos. Remédios para dormir Muita gente apela para remédios para dormir, é uma maneira clássica de “fuga” durante as longas viagens, no entanto, não é aconselhável. Na verdade, esses remédios acabam se tornando perigosos. No caso de alguma ocorrência onde seja necessário o desembarque imediato, o passageiro ficará prejudicado e pode prejudicar outras pessoas. Se a alta suscetibilidade aos efeitos desses medicamentos for seu caso, evite-os. Doenças pré-existentes Para quem tem doenças cardíacas ou pulmonares crônicas, mesmo os que estiverem com o problema controlado, sugere-se consultar o médico antes de viajar. Muitas vezes é possível (e até necessário) fazer alguns ajustes na medicação. O fuso horário Também conhecido por “Jet lag”, a diferença de fuso-horário entre um lugar e outro pode resultar em sensações de cansaço, insônia, irritabilidade e incompatibilidade entre fome e os horários convencionais de refeições. A melhor dica para “calibrar” sobretudo as horas de sono é começar a adaptação quatro ou cinco dias antes de embarcar. Recomendo tentar se aproximar o máximo possível do horário do destino. A conta básica é, se o horário do destino é de duas horas a mais, tente nos dias que antecedem a viagem, comer e dormir duas horas mais tarde. Mas, e as bagagens? Além do tamanho e peso que você deve verificar com a companhia aérea, uma dica legal (e que sempre faço) é identificar a mala com uma fita para que não se confunda com outras malas parecidas, e pode acreditar, isso acontece muito. Enfim, confira sempre duas vezes os seus documentos, respeite o espaço dos outros passageiros, chegue ao aeroporto com horas de antecedência, desligue o celular antes da decolagem, relaxe e divirta-se. Quando estiver na Itália, ou seja, lá qual for o seu destino, me mande uma foto e diga se as dicas foram úteis. Pode fazer isso no Instagram, me marque com @Silvano_Formentin que eu vou ficar bem feliz! Ah, mais uma coisa: estude a língua do país onde você vai viajar pelo menos com 4 meses de antecedência. Sua viagem será muito mais proveitosa e mágica, pode acreditar! Arrivederci e buon viaggio! Silvano Formentin.
- 10 Curiosidades sobre a fantástica rede de estradas do Império Romano
Expansão inacreditável, influência no desenvolvimento europeu atual, melhor concreto da história. Conheça agora 10 fatos curiosos sobre essa enorme rede de estradas. Os romanos conquistaram o mundo, e precisaram construir estradas para poderem percorrer seus domínios. Mesmo após 2 mil anos, suas invenções continuam surpreendendo o mundo. Agora você saberá o porquê. 1. Expansão inacreditável: Os historiadores calculam que, quando os romanos chegaram ao ponto máximo de expansão geográfica, a rede de caminhos por eles construídos percorria 80 mil km, ou seja, duas voltas inteiras pelo planeta Terra. 2. Uma rota, múltiplas funções: Estas estradas serviam principalmente para o transporte de tropas e suprimentos, que abasteciam as conquistas do império. Depois, elas se tornaram rotas de comércio e de trocas de mensagens. 3. Três continentes conectados: Estes caminhos conectavam a Europa, o Oriente Médio e o norte da África. Ainda é possível percorrer muitas dessas rotas. 4. 2 mil anos depois, ainda surpreendem: Um grupo de economistas da Universidade de Copenhague, chegou à conclusão que a prosperidade gerada por estas estradas há quase 2 mil anos está relacionada ao desenvolvimento do qual gozam hoje os lugares em seus arredores. Para chegar a esta conclusão, os pesquisadores compararam um mapa da antiga rede de estradas romanas com um mapa noturno moderno (foto de satélite), em que é possível ver áreas mais ou menos iluminadas pela rede elétrica. Para os economistas, a relação é clara: quanto mais luz, maior o progresso econômico. Buscando aprimorar a análise, foram coletadas também estatísticas atuais da população, densidade das estradas e produção econômica. O resultado foi claro: lugares mais próximos as rotas do Império romano tendem a coincidir com aqueles que hoje têm mais estradas, pessoas e desenvolvimento econômico. Assim, os pesquisadores concluíram que o desenvolvimento de diversas cidades europeias e da Europa na totalidade “se deve à persistência de uma notável infraestrutura durante um período de 2 mil anos”, aponta o estudo. 5. Camelos nas estradas do Império romano? No Oriente Médio e no norte da África, que faziam parte do Império, entre os anos 500 e 1000, o transporte mais utilizado eram as caravanas de camelos, em vez de carroças puxadas por bois. Assim as estradas foram destruídas ou abandonadas, por isso essas regiões não se desenvolveram tão bem economicamente. 6. Tecnologia construtiva alinhada com os dias atuais: As estradas tinham 1 metro de profundidade, com várias camadas: barro, areia, argila, concreto, cascalho e pedra. Eram construídas de forma que a água fosse drenada pelas pedras, coisa que hoje é um grande problema em nossas rodovias. 7. Sem curvas: Eram feitas sempre em linha reta, isso mesmo, não existia curva. Para mudar a direção eram feitos ângulos retos. Se fosse necessário, os romanos cortavam montanhas para levar a estrada em linha reta adiante. 8. As primeiras redes interligadas: Talvez não tenha sido os romanos que inventaram as estradas, mas até então não existiam esses caminhos pré-estabelecidos como uma rede interligada e pavimentada. 9. Você provavelmente já utilizou essa invenção romana: Para dar maior resistências às estradas, os romanos inventaram algo que usamos até hoje, o concreto. Usado também para fazer os grandes aquedutos. 10. Estradas com um quê de Realeza: Na idade média, depois da queda do Império Romano, muitas estradas foram destruídas para as pedras serem usadas na construção dos castelos medievais. Curiosidade — bônus: “Waze” das estradas romanas: Quer conhecer o “Waze” das estradas romanas? Sim, fizeram um! O mapa chama-se “Orbis”, criado por um grupo de professores e pesquisadores da Universidade de Stanford. O projeto mapeou mais de 80.000 km das vias romanas, 28.300 km de vias fluviais e 1.026 rotas marítimas do sistema de transporte do Império Romano. Com esse “Waze das estradas romanas” você pode calcular a rota mais rápida, a mais curta ou a mais barata para chegar de um ponto a outro do império romano, inclusive escolhendo a estação do ano e se a viagem é a pé, a cavalo, com carro de bois ou em marcha rápida militar. O site está em inglês, mas mesmo assim vale visitar pela diversão. Clique aqui para conferir. Se você gostou do artigo, deixe seu comentário informando qual assunto você gostaria de ver aqui. Até o próximo artigo. Arrivederci!