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141 itens encontrados para ""

  • Como é viajar para Itália falando italiano

    Falar italiano fará sua viagem ser uma experiência única! Gostaria de conhecer uma metáfora ou uma porcentagem exata para que dissesse o quão diferente vai ser viajar para Itália falando italiano. Mas, na verdade, o que posso te mostrar é minha percepção de como foi viajar falando italiano com uma companheira de viagem que não sabia o idioma. Mas primeiro teremos que voltar um pouco para você me conhecer melhor. Me chamo Tathyana Agnellino e faço parte da equipe Silvano Formentin. Quando fiz 15 anos minha mãe queria que eu fizesse um curso de inglês, “todo mundo precisa falar inglês” ela dizia. Mas, além de não ter prazer em aprender o idioma, eu ficava em recuperação todo trimestre no colégio. Me neguei prontamente em fazer o curso, assim ela me deu como opção escolher outro idioma. A escolha do italiano veio naturalmente, dada pela descendência, pela sonoridade, por toda história e pelo desejo de conhecer a Itália. Em 2007 estava inscrita em um curso tradicional de italiano e aprendendo as várias regras de gramática que o curso me passava, e parecia que eu nunca gravava. Mas durante o curso sempre me destaquei pela pronúncia e leitura, muito praticadas nas horas vagas, mas tinha uma certa trava na hora de formar frases e me comunicar naturalmente. Quando estava no último ano do colégio e também do curso com seus grossos livros, uma italiana foi recebida como intercambista em meu colégio e acredito que isso fez uma grande diferença em todo aprendizado que tive. Era uma troca contínua de aprendizado, cada uma aprendendo e ensinando ativamente. Mas muitas das minhas dúvidas de gramática, ela não sabia muito bem como responder, ela sabia falar na prática, não a teoria gramatical. Absorvi todo conhecimento que consegui, anotando as dicas, repetindo tudo que ela falava e aprendendo gradualmente todas as normas culturais que ela tinha, assim como as críticas do que era feito da culinária italiana no Brasil. Segundo ela nossa pizza não tinha nada a ver com a italiana e ela sempre me perguntava como os brasileiros fazem as refeições no mesmo prato, sem a separação tradicional italiana. Depois da experiência de ter praticamente uma professora italiana particular e me formar em italiano, em 2011 fui convidada por uma amiga da minha mãe, Míriam, para ser sua companheira e principalmente guia/tradutora em uma viagem para Itália. Muito diferente do ambiente protegido da sala de aula, na Itália eu precisava me comunicar por mim e pela minha companheira. Eu senti uma certa responsabilidade de ter todas as informações que pudessem nos ajudar em nossa jornada e para isso tinha que me comunicar em italiano. Entre os itens que levei para viagem estava um pequeno guia de italiano que montei com lições que achava necessárias, mas nunca o abri. Não posso dizer que me sentia totalmente segura, houve alguns erros de comunicação ou em alguns momentos eu falava português sem perceber e os italianos apenas ficavam me olhando, me dando a chance de falar de forma que eles entendessem. Mas acredito que isso seja algo normal, sempre queremos ser perfeitos e sem perceber limitamos nossas vivências pelo medo de errar. Conhecemos Milão, Verona, Veneza, Florença e Roma, indo de trem de uma cidade para outra em uma viagem de 15 dias. Não tenho dúvida que a experiência de viagem dela também foi maravilhosa, mas nossas lembranças são diferentes em alguns pontos. Ela sempre se mostrou muito decidida a se comunicar e tentar tomar decisões sozinha, mas em Florença escolheu penne all’arrabbiata confiando na foto do cardápio e isso se mostrou uma péssima escolha, já que o mesmo é um prato bem apimentado, não agradando seu paladar. Certos momentos ela tinha sua pergunta na ponta da língua e quando o garçom respondia sua dúvida, ela escutava atentamente buscando palavras que conhecia. Após a explicação ela me olhava e eu traduzia para ver se ela entendeu corretamente. Visitamos os mesmos locais juntas, mas minhas lembranças tem um toque italiano de certo modo mais profundo do que as dela. Com certeza a responsabilidade de ficar como guia me trouxe uma certa tensão, mas depois que deixei o medo de errar e a vergonha de lado, tudo foi fluindo. Tenho certeza que as lembranças que a Míriam tem da viagem também são maravilhosas. Ela conheceu os mesmos locais que eu e teve experiências similares, mas acredito que o fato de não falar o idioma lhe trouxe uma certa limitação e dependência da minha presença. Seus passeios sozinha eram curtos, seu café da manhã era silencioso quando eu não estava, quando voltávamos para o hotel ela olhava algumas palavras no dicionário ou no guia de viagens para entender algo específico e quando alguém fazia alguma pergunta, ela me olhava, pedindo uma ajuda silenciosa. Eu entendia o que estava escrito no cardápio dos restaurantes, assim pedindo só o que me agradaria, escutava conversas alheias pela rua, pedia informações e conseguia chegar onde desejava, lia mapas e placas informativas em monumentos, conversava com nossos atendentes e passava as informações para Míriam. Acredito que este sentimento de estar integrado a algum lugar ou cultura é algo que não tem preço. Uma das lembranças que sempre levarei comigo foi quando estávamos em um hotel em Roma; fui pedir a senha do wi-fi na recepção e conversei com o senhor que acredito ser o dono. Ficamos pelo menos dez minutos conversando e eu simplesmente falava em italiano, sem ficar traduzindo para o português e fazendo pausas. Quando ele perguntou de onde eu era e quando respondi ser brasileira, ele achou que eu estava morando na Itália há algum tempo, elogiando meu italiano e ficando impressionado aprendermos italiano no Brasil. Os italianos possuem um grande apego a sua cultura, assim costumam ser mais fechados para se comunicar em outro idioma. Além das diferenças básicas de comunicação, ainda existem algumas diferenças culturais que saber o idioma ajuda muito a serem transpostas. Conhecemos vários restaurantes, mas me lembro de apenas um, em Roma, que tinha opção de cardápio em inglês, o que para mim também não ajudaria em nada. Enfim, os restaurantes tradicionais italianos não possuem cardápios em outros idiomas, assim como mapas e os próprios italianos costumam não falar outro idioma, fechando-se na hora de passar informações para estrangeiros. Lembro quando fui atendida em uma loja em Roma e sem perceber falei português, o atendente ficou parado como se eu não tivesse falado nada. Me dei conta do deslize e falei novamente em italiano, ele mudou completamente e foi muito prestativo ao me atender. Não são todos os italianos que são assim, muitos foram gentis e prestativos para ajudar. No Brasil estamos acostumados a ter essa preocupação para o turista entender e possa ser bem atendido em sua visita ao nosso país, mas neste ponto há uma diferença cultural entre Brasil e Itália que é bom estarmos cientes antes de partir para o país da bota. Falar o idioma fez com que eu tivesse uma experiência muito diferente na Itália. Não posso dizer que me senti totalmente integrada à cultura italiana e todas suas diferenças culturais, ainda tinha muito para aprender e me desenvolver. Nove anos após conhecer a Itália, conheci uma forma diferente de aprender o idioma com o Silvano, de forma mais ativa e diária. Nestes meses percebo o idioma ainda mais presente em meus pensamentos e cada vez mais me sinto preparada para a próxima viagem. Ainda não tenho uma porcentagem de quão melhor pode ser conhecer a Itália falando italiano, mas se me permite uma metáfora, imagine-se com uma bolha ao seu redor. Você pode ver tudo que acontece, mas a bolha limita sua comunicação. Cada palavra ou expressão que você aprende em italiano faz um pequeno furo na bolha e cada vez mais ela vai desaparecendo e você vai ficando livre, se integrando ao ambiente. Até chegar o momento que sua bolha vai se dissipar completamente e você poderá andar livremente como se fosse um verdadeiro italiano. Arrivederci!

  • A lição que minha “nonna” deixou

    No dia em que minha saudosa nonna completaria 105 anos e um mês, resolvi compartilhar uma das coisas mais importantes que ela me ensinou, escrevendo essa singela, mas justa homenagem. 30 de setembro de 1914. Essa foi a data que Dona Antônia Formentin, ou simplesmente, a nonna, veio ao mundo no interior de Santa Catarina. Filha de imigrantes italianos da região do Vêneto, ela tinha o português como uma segunda língua, mas muito amor pela terra que nasceu, assim como seus irmãos e toda família Formentin Viveu uma infância muito simples, com muito trabalho e amor pela família. Não havia luz elétrica e o dinheiro era escasso. Só foi andar de ônibus após casada, aos 30 anos. Antes disso, percorria todos os caminhos a pé e descalça, pois os sapatos só eram calçados na porta da igreja, para não estragarem. Nada que tenha feito minha nonna reclamar da vida que teve. Bem pelo contrário, ela era grata por tudo. Mas não é sobre gratidão que quero falar, embora também tenha me ensinado isso. Tampouco é sobre longevidade, mesmo que ela tenha vivido por mais de 101 anos e virado matéria de jornal sobre o tema. O ensinamento mais importante da minha nonna, aquele que sempre guardei com carinho e que agora compartilho com você, amigo leitor, é sobre o uso do cérebro, uma lógica que ela me ensinou e até hoje faz sentido. A lição da nonna Antonia Sempre que visitava minha nonna, eu a encontrava sentada em um banco de madeira, em frente a sua casa, lendo. Sua saúde era invejável, mesmo com mais de um século de vida. Mas era sua lucidez que mais chamava a atenção. Não tinha problemas de memória, tampouco sofria com qualquer dificuldade cerebral. Era totalmente consciente e atenta a tudo a seu redor. Confesso que eu demorei para entender com clareza o que minha nonna me ensinava, mas hoje percebo o valor dessa lição, que era justamente o hábito da leitura. Acredito realmente que era isso que ajudava minha nonna a manter sua saúde cerebral. E agora que você também já sabe sobre a importância da leitura para manter a mente saudável, me vejo na obrigação de compartilhar mais alguns fatos que sustentam a sábia lição da minha nonna, para que ela faça tanto sentido para você, quanto ainda faz para mim. Não importa a idade, nosso cérebro continua fantástico: Se você já viu algum vídeo meu, certamente já me ouviu falar sobre o poder impressionante do nosso cérebro. E não estou falando dos grandes gênios da humanidade. O poder cerebral que me refiro é o da sua mente, da minha mente, de todas as pessoas, em qualquer idade. Nosso cérebro tem a mesma velocidade de processamento de mais de 500 computadores juntos. A memória estimada de um cérebro é de 2,5 petabytes, o que daria para gravar um vídeo por 300 anos. O cérebro possui cerca de 86 bilhões de neurônios. Se considerarmos que cada um deles faz pelo menos mil conexões, superaríamos o fantástico número de 86 trilhões de conexões. Esse é o potencial do seu cérebro, mas você precisa estimulá-lo. Aprender outra língua é um exercício excelente para o cérebro Um dos melhores exercícios para estimular seu cérebro é aprender um novo idioma, uma vez que isso exercita nossa agilidade mental e protege contra doenças degenerativas como Mal de Alzheimer. Há ainda estudos que indicam que aprender uma nova língua amplia as conexões entre neurônios, elevando a capacidade de processar informações por vários canais diferentes. Isso melhora, entre outras coisas, a eficiência no raciocínio da matemática, devido à estrutura lógica semelhante de ensino. Além disso, aprender outro idioma facilita tomar decisões. Isso porque raciocinar em outra língua reduz as instabilidades cognitivas, fazendo a pessoa aprimorar seu processo de decisão. Segundo o estudo publicado na Psychological Science da Universidade de Chicago, deixamos de considerar fatores negativos quando pensamos em um novo idioma, tornando as decisões mais sistemáticas e seguras. Evite os sabotadores do seu cérebro: Existem certos fatores que dificultam o nosso desenvolvimento cerebral, como sedentarismo, alimentação industrializada, ansiedade e stress. E frequentemente todos esses fatores estão interligados, inclusive, não é raro que sigam essa ordem, formando um ciclo vicioso muito prejudicial. E vou te dizer o porquê: A falta de exercício físico geralmente é um reflexo de uma rotina agitada, onde o tempo disponível é escasso. Com a falta de tempo, não há tempo para preparar uma alimentação saudável, o que leva ao consumo de alimentos prontos, em sua maioria, industrializados. Esses dois fatores combinados, causam uma insuficiência de vitaminas e nutrientes do corpo, o que faz com que sua mente fique agitada e insegura, causando a ansiedade. Todos esses elementos deixam a pessoa em constante situação de stress, e em alguns casos, a faz pensar que o melhor a ser feito é desviar sua atenção dos problemas, focando em coisas como o trabalho, deixando sua rotina muito agitada, e aí o ciclo se reinicia. Todo esse ciclo causa o que as pessoas mais antigas, inclusive minha nonna, conheciam como estafa mental. O que fazer para sair desse ciclo? Exercícios físicos. Mas sei que não é fácil começar a se exercitar, até porque o exercício físico é, na verdade, contra a natureza humana. Como assim Silvano? Calma, há uma explicação médica para isso. Veja só o que diz o Dr Dráuzio Varella: Agora prepare-se para o que você irá ler. Não há uma vontade milagrosa que fará você sentir vontade de fazer exercícios. É algo que você tem que acostumar seu corpo, fazer pela sua saúde. E com seu cérebro não é diferente. O exercício físico ajuda seu cérebro de uma forma espetacular. A produção da BDNF, uma proteína que estimula o surgimento de novos neurônios e conexões. Olha só esse vídeo: Viu só? Então se você quer qualidade de vida, se você quiser se sentir bem independente da sua idade, cuide de você. Pratique exercícios, alimente-se bem e estimule seu cérebro com o hábito da leitura, a exemplo da minha querida nonna Antônia. Seu cérebro é fantástico demais para deixar a idade limitá-lo. Os médicos que recomendam estudar italiano: A principal lição de minha nonna foi estimular o cérebro, um dos pilares do meu método de ensino. Mas, além disso, ela me influenciou em outros aspectos, entre eles, meu amor à língua italiana e pela Itália, país que visitei e onde desenvolvi meu método. Então, você pode imaginar a minha felicidade quando eu descobri que médicos estavam indicando o aprendizado do italiano para manter o cérebro estimulado, uma vez que é uma língua latina, que tem mesma origem do português, do francês e do espanhol, tornando o aprendizado mais fácil se comparado a outros idiomas, como o alemão, por exemplo. Além disso, o italiano possui diversos sons que já existem na nossa língua. Se você tem origens italianas, assim como eu, já sabe como a língua italiana é familiar aos ouvidos. Outro dia postei sobre o fato de os médicos estarem indicando o aprendizado de línguas no meu instagram, olha só: Inclusive, faço aqui o convite para você me seguir nas redes sociais. Faço postagens sobre minha história, dicas de italiano e aulas gratuitas sobre essa língua e cultura magnífica. Acredite em você mesmo Sempre que vejo alguém me dizendo que acha que tem medo de não conseguir fazer alguma atividade pelo fato de já ter passado dos 60, 70, 80 anos, eu lembro com carinho da minha nonna. Lembro do seu sorriso, de suas brincadeiras, conversas, mas principalmente, dela lendo. Ler fez com ela se mantivesse jovem aos 101 anos. Mas ela só conseguiu fazer isso porque acreditava que era possível. E quero compartilhar mais essa verdade com você: "O fato de não acreditarmos em nós mesmos, faz com que deixemos de fazer coisas incríveis " Por isso, peço que acredite mais em você mesmo, e não deixe a idade te limitar. Me ajude a estimular pessoas a alcançarem seus sonhos e prestar essa justa homenagem a mia nonna. Como presente, vou deixar abaixo o link para download gratuito do meu livro, para estimular sua mente desde já. Se você gostou desse texto, deixe seu comentário. É ótimo saber se o que compartilho faz sentido para você. Até o próximo artigo.

  • La vita è bella — 19 curiosidades para celebrar duas décadas desta linda obra

    22 anos depois de seu lançamento, esse belíssimo filme italiano continua nos emocionando e ensinando sobre gratidão e vida. Buongiorno principessa! Quem não lembra da famosa frase repetida por Guido Orefice, o amável judeu-italiano que se apaixona pela professora Dora em A Vida é Bela (La vita è bella no original em italiano), filme de Roberto Benigni, que além de dirigir essa belíssima obra deu vida ao personagem principal. Se você tem mais de 20 anos ou é um apaixonado por bons filmes, certamente já viu esse longa metragem que marcou toda um geração e foi responsável por um misto de risos, aflição, indignação e principalmente, lágrimas (muitas lágrimas) em seus espectadores. Um pouquinho do filme... O filme lançado em dezembro de 1997 na Itália e em 1999 no Brasil, conta a história de Guido Orefice, um simpático judeu-italiano que se muda para a cidade de Arezzo, região da Toscana no centro da Itália, para trabalhar no hotel onde seu tio Eliseo comanda um restaurante. Logo no início do filme somos apresentados a Guido e seu amigo Ferruccio (Sergio Bustric), cantando enquanto viajam. Ferrucio percebe que seu carro está com sem freios, fazendo com que Guido fique em pé ao seu lado gesticulando para que as pessoas saiam da frente do veículo. Os dois amigos no carro desgovernado passam por um aglomerado de pessoas que aguardam por um desfile de uma personalidade política, e os gestos de Guido fazem com que a população se confunda e o saúde como atração. Essa é apenas a primeira abordagem crítico-humorística ao cenário político italiano da época, situação que permeia todo o longa. Vale lembrar que a história se passa em 1939, ano em que a Itália era governada pelo Partido Nacional Fascista, liderado pelo então primeiro-ministro Benito Mussolini. Esse ano também ficou marcado pelo início da segunda guerra mundial, que durou seis anos e até hoje é conhecida como uma dos fatos mais dolorosos e tristes da humanidade. Mesmo com esse peso histórico e um tema tão delicado, o filme consegue manter um tom alegre, engraçado e divertido, o que nos faz esquecer - mesmo que momentaneamente- que estamos assistindo um drama de uma história baseada em fatos reais. É justamente a habilidade de Benigni de nos conseguir fazer dar um sorriso a partir de uma situação tão desagradável e assustadora que torna esse filme uma obra-prima. Mas voltando a história do filme, o carro desgovernado dos dois amigos finalmente para e o divertido Guido visivelmente mais atrapalha do que ajuda no conserto. Ao sair para lavar as mãos sujas de graxa, Guido encontra uma menina e se apresenta como príncipe do local, prometendo diversas mudanças e dizendo que precisa encontrar sua princesa. Ao passar em frente a uma construção, ele percebe que Dora (Nicoletta Braschi) está caindo do segundo andar e se antecipa a queda para ajudá-la. Ela acaba caindo em seus braços em cima de um monte de feno. E é aí, caro leitor, que ouvimos pela primeira vez o buongiorno principessa, bordão que acompanha o personagem ao longo de todo o filme e também abre esse texto. Nesse momento você já deve estar morrendo de saudades do filme, assim como eu. Por isso separei 19 curiosidades sobre o filme para comemorar 20 anos do lançamento dessa obra-prima no Brasil. Clique no botão abaixo para continuar lendo o texto e saber um pouco mais dessa obra italiana de Roberto Benigni. Antes de começar, dê o play nessa música Tenho um convite para você. Se possível, peço que você coloque fones de ouvido ou aumente o som do seu computador e clique no botão abaixo. Trata-se da trilha sonora do filme, um deleite para quem sabe apreciar a obra-prima que é La vita è bella. Tudo pronto? Agora deixe o som rolar e surpreenda-se (ou não) com as curiosidades. 1. Dora e Guido Orefice são casados na vida real Isso porque Nicoletta Braschi, atriz que deu vida a Dora é esposa de Roberto Benigni, diretor e ator de Guido. 2. Parlando italiano O óscar de melhor ator recebido por Roberto Benigni ficou marcado como uma das poucas vezes que uma performance em italiano foi premiada. 3. Inspiração em Trotsky O diretor afirmou que o título do filme foi baseado em uma citação do intelectual ucraniano Leon Trotsky. Aguardando a morte no exílio, Trotsky escreveu que apesar de tudo, the life is beautiful, ou "la vita è bella", em italiano. 4. Inteligência em piadas sutis Em uma das cenas mais icônicas do filme, Guido e seu amigo Ferrucio estão conversando na cama quando Ferrucio dorme repentinamente. Guido questiona como ele consegue e recebe como resposta as técnicas do filósofo alemão Arthur Schopenhauer, que diz que “com vontade você pode fazer tudo”. Primeiramente, Guido passa a usar o conceito dessa frase de maneira cômica, ao tentar fazer com que Dora olhe para ele em um ópera. No entanto, ao longo do tempo, percebemos que Guido tomará esse ensinamento como seu modo de vida. Ironicamente, Arthur Schopenhauer também era o escritor favorito de Adolf Hitler, líder do Partido Nazista na Alemanha, e que dizimou, dentre outras vítimas, milhares de judeus. 5. O italiano que inspirou o filme foi um herói reconhecido em seu país Rubino Romeo Salmonì, nascido em 1920 na cidade de Roma, foi um dos últimos judeus romanos sobreviventes da perseguição nazista. Salmonì foi detido por ser judeu em abril de 1944 pela polícia fascista em Roma e levado ao campo de concentração de Fossoli, no norte da Itália. Logo depois foi enviado ao campo de Auschwitz, localizado no sul da Polônia, onde começou sua “longa viagem em direção à morte”, mas que felizmente conseguiu sobreviver. Identificado no campo de concentração nazista com o código A15810, Salmoni contribuiu muito para que os horrores do Holocausto aos quais foram submetidos os judeus por parte do regime nazista-fascista viessem à tona na Itália. Sua história ficou conhecida quando ele publicou o livro Alla fine ho sconfitto Hitler ou, No fim eu venci Hitler, em uma tradução livre. Seu livro inspirou muitas obras e vidas, inclusive La vita è bella de Roberto Benigni. Rubino Romeo Salmonì morreu em 10 de julho de 2011 em Roma, na Itália, aos 91 anos. 6. A maior bilheteria do cinema italiano por 14 anos La Vita è Bella foi um dos filmes mais bem sucedidos, comercialmente falando. Ele faturou US$ 48,7 milhões na Itália, sendo a maior bilheteria do cinema italiano no país até 2011, quando foi ultrapassado por Che bella giornata. Além disso, o faturamento mundial do filme foi superior a 229 milhões de dólares, o que rendeu o título de filme de língua estrangeira com maior bilheteria nos Estados Unidos até o lançamento de O Tigre e o Dragão, em 2000. 7. Até o Papa aprovou Em 1999, o então líder da igreja católica Karol Wojtyła, conhecido como Papa João Paulo II, assistiu uma sessão privada do filme com o próprio Benigni e nomeou La Vita è Bella como um dos seus cinco filmes favoritos para o jornal estadunidense Boston Review. 8. No primeiro prêmio, jurado com pés beijados Em 13 de maio de 1998, menos de seis meses após seu lançamento, La Vita è Bella concorreria no 51º Festival de Cannes, um dos mais tradicionais eventos do cinema mundial, ocorrido na cidade de Cannes, na França. O júri daquela edição foi presidido pelo premiado cineasta estadunidense Martin Scorsese, produtor e roteirista de filmes como O Lobo de Wall Street, Taxi Driver e Os Bons Companheiros. La Vita è Bella ganhou o Grand Prix como melhor filme, e seu diretor Roberto Benigni ao receber o prêmio, beijou os pés do presidente do júri, Martin Scorsese. 9. Dois anos depois, 7 indicações, 3 oscars vencidos e muito humor Na 71º cerimônia do Oscar em 1999, La Vita è Bella foi indicado a sete categorias, incluindo Melhor filme, Melhor roteiro original e Melhor diretor, mas recebeu o prêmio máximo do cinema como Melhor trilha sonora (drama) para Nicola Piovani, Melhor filme estrangeiro e Roberto Benigni recebeu o óscar como Melhor ator. O comportamento de Benigni na cerimônia foi considerado um dos mais marcantes da história da premiação, já que ele pulou em cima dos assentos enquanto caminhava para o palco para aceitar seu primeiro prêmio. Ao receber o segundo, disse: "Vocês cometeram um erro terrível ao me dar mais um prêmio, pois eu já usei todo o meu inglês ao receber a primeira estatueta" Quando falar com um italiano, parli italiano! 10. Amigos aconselharam a desistir do filme Durante uma entrevista após a premiação do Oscar, Roberto Benigni declarou que quando contou o enredo do filme a pessoas próximas, elas o aconselharam a não produzir o longa, uma vez que ele não era judeu e sim comediante. Além disso, havia o risco do público não se interessar por uma visão mais humorística do Holocausto ou até mesmo se ofender. Benigni decidiu então consultar o Centro de Documentação do Judaísmo Contemporâneo, sediado em Milão, durante toda a produção do longa e adicionou algumas imprecisões históricas para distinguir seu filme do verdadeiro Holocausto, sobre o qual ele acreditava que apenas documentários mostrando sobreviventes poderiam ser fiéis ao que ocorreu. Todo esse cuidado valeu a pena, não? 11. Guido Orefice foi inspirado no pai de Benigni Luigi Benigni, pai de Roberto, tornou-se membro do exército italiano depois que a Itália mudou para o lado dos Aliados, em 1943. Ele passou dois anos preso em um campo de concentração nazista e, para evitar assustar seus filhos, contou sobre suas experiências com muito humor, o que lhe ajudava a lidar com a situação, assim como Guido Orefice. Roberto Benigni explicou a filosofia do seu pai, que inspirou o personagem do filme: "Rir e chorar vem do mesmo ponto da alma. Sou um contador de histórias: o cerne da questão é alcançar a beleza, a poesia e não importa se isso é comédia ou tragédia. Eles são os mesmos se você alcançar a beleza" Inspirador não? 12. l'italiano è abbastanza La vita è bella traz um fato curioso que reflete também a cultura do povo italiano: o apego a língua mãe. O filme foi distribuído em mais de 100 países com áudio original em italiano e legendas nas línguas dos países correspondentes e se tornou um sucesso absoluto em todas as salas de cinema. Curiosamente, a versão dublada desse filme (tanto em inglês como em outras línguas), teve um fraco consumo se comparado a versão de áudio original, segundo o site especializado My Plainview. Ou seja, as pessoas preferem o filme em italiano devido ao charme da língua. Ma che bello! 13. O filme mais assistido na TV italiana Em 22 de outubro de 2001 o canal italiano RAI exibiu o filme em televisão aberta e mais de dezesseis milhões de pessoas assistiram a transmissão. Em toda a história, nenhum outro filme bateu esse índice de audiência na TV aberta do país. 14. Charadas do filme (e suas respostas) Se você assistiu o filme, certamente lembra das charadas trocadas entre Guido Orefice e o médico alemão Dr. Lessing, interpretado por Horst Buchholz, e provavelmente lembra com raiva da última, mas vamos começar pelo começo. Na cena do restaurante, Guido inicia sua conversa com o Dr. Lessing respondendo uma charada previamente estabelecida. A charada é: quanto maior eu sou, menos você vê. Você consegue adivinhar a resposta? O segundo enigma surge na sequência: Branca de neve entre os anões. Resolva essa sabichão: qual tempo lhe dá a solução? O enigma mais lembrado vem na cena da revista médica do Guido, já em poder dos nazistas. A charada é se disser o meu nome, não existo mais. Antes das respostas, vamos a uma curiosidade sobre a charada final, feita pelo Dr. Lessing ao Guido. É um momento tenso do filme, onde Guido tem a esperança de ser ajudado pelo médico alemão. Inclusive ele avisa para seu filho, Giosué Orefice (Giorgio Cantarini) que talvez o jogo terminasse naquela noite, se referindo a saída de ambos do campo de concentração. A expectativa aumenta quando o médico alemão avisa ao Guido que precisa falar algo muito importante a ele. Quando chega o momento, Lessing diz: “Sou gordo, gordo, feio, feio. Todo amarelo na verdade. Se me perguntarem onde estou, faço quá quá. Quando ando faço pó pó. Quem sou eu, adivinhe só?” Os olhos de Guido, antes esperançosos, agora jaziam incrédulos refletindo uma dolorosa decepção. E seus ouvidos não acreditavam nas súplicas do doutor: - Ajude-me Guido. Pelo amor de Deus, ajude-me. Não consigo dormir.- Essa cena costuma gerar um incômodo que custa a passar e nos leva a pensar: quantas vezes perdemos o sono com irrelevâncias e deixamos as coisas mais importante em segundo plano? O que é realmente importante na sua vida? Se sua resposta for saber a solução das charadas do filme, aqui estão elas: Quanto maior eu sou, menos você vê: A escuridão Branca de neve entre os anões. Resolva essa sabichão: qual tempo lhe dá a solução? Sete minutos. Guido explica que a resposta se estabelece em um jogo de palavras: São sete anões, que são pequenos, diminutos. Por isso que o tempo da solução (branca de neve) está entre Sete Minutos. Astuto, não? Se disser o meu nome, não existo mais. Resposta: o silêncio. A charada mais poética de todo filme. Sou gordo, gordo, feio, feio. Todo amarelo na verdade. Se me perguntarem onde estou, faço quá quá. Quando ando faço pó pó. Quem sou eu, adivinhe só. Roberto Benigni disse em entrevista que muitos fãs escreveram para ele perguntando a solução, mas aparentemente não há resposta para essa charada. Ao que tudo indica, trata-se de uma pergunta no mesmo estilo de “Qual a semelhança entre um corvo e uma escrivaninha?”, enigma do personagem Chapeleiro Maluco, de Alice no país das maravilhas. 15. Como está o ator que deu vida a Giosué Orefice? O pequeno Giosué foi interpretado pelo italiano Giorgio Cantarini quando o ator tinha apenas 5 anos. Atualmente, o ator postou no instagram uma foto homenageando os 20 anos do filme. Veja só como o pequeno Giosué está hoje em dia: Outra curiosidade sobre Giorgio Cantarini é que os dois longa metragens que ele participou foram vencedores de Oscar: La vita è bella e o Gladiador. 16. Façanha histórica Roberto Benigni tornou-se o segundo ator de toda a história a ganhar um Oscar por sua atuação em um filme dirigido por si mesmo. Apenas o lendário ator e diretor britânico Laurence Olivier tinha alcançado tal façanha ao ser premiado com sua versão de Hamlet, em 1948. 17. Filmado em um pequena cidade na Itália Quem não lembra da icônica cena de Guido estendendo um tapete vermelho em uma escadaria para que Dora não pisasse no chão molhado pela chuva. A cena, que foi filmada em frente a Cattedrale dei Santi Pietro e Donato ou Duomo di Arezzo, traz apenas uma amostra da belíssima cidade de Arezzo, uma pequena cidade pertencente a província de mesmo nome, que por sua vez pertence a região da Toscana, centro da Itália. Com uma população de 99 mil habitantes, Arezzo é uma cidade reconhecida pelo charme de suas ruas estreitas e construções que remetem a arquitetura de diferentes épocas: do gótico ao barroco. Mas os cenários do filme de Benigni vão além da catedral. La Piazza Grande, onde Guido vivia passando a pé ou de bicicleta , é fácil de reconhecer devido sua inclinação. Já a Basilica di San Francesco serviu como pano de fundo para Guido convidar sua amada Dora para un gelato. Nessa igreja, é possível visitar diversos afrescos de Piero della Francesca, pintor renascentista italiano. Características que agregam ainda mais charme essa província italiana que serviu como cenário para a história de La vita è bella. 18. Turismo pós-filme e outras atrações Além do sucesso de bilheteria e crítica, La Vita è bella também fomentou o turismo na cidade de Arezzo. Entre 1999 e 2002, a agência Visittuscany apontou um aumento de 10% no número de visitantes na cidade, que tinham como interesse os pontos filmados por Benigni e sua principessa. Mas as atrações de Arezzo vão além do filme. No penúltimo sábado de junho e no primeiro domingo de setembro ocorre a Giostra del Saracino, um evento que remete ao período medieval e envolve cavaleiros que representam quatro áreas da cidade. Sobre seus cavalos e com trajes de época, os paladinos galopam com sua lança na mão e investem contra o boneco armado que representa Saracino, rei das Índias e inimigo de Arezzo. Simplesmente espetacular. Já a Fiera Antiquaria é um dos mercados de antiguidades mais tradicionais da Itália e outra atração da cidade. Acontece no primeiro domingo de cada mês desde 1968. Vale a pena conferir o site da feira para conhecer mais sobre os tesouros que se pode encontrar em Arezzo e por toda Toscana. 19. Toscana, Itália Por último mas não menos importante trago informações sobre a Toscana, região onde está localizada a cidade de Arezzo, palco da filmagem de La vita è bella. A capital da região é Florença, que também é a maior cidade da região e uma das mais importantes cidades de arte do mundo e o berço do movimento renascentista. Mas os motivos para conhecer a região vão muito além da imponente capital. A região é uma das mais desejadas e amadas por turistas do mundo inteiro, devido ao seu rico patrimônio histórico e cultural, ótima gastronomia, vinhos e natureza deslumbrante, com praias e montanhas. A região também exala romance, com seus cenários de paisagens maravilhosas, castelos e pequenos burgos medievais onde os visitantes exploram a pé seus becos e ruelas. Para quem busca esportes de impacto, como trekking e ciclismo, a geografia da região aliada com suas belas paisagens estimulam a prática esportiva. Além disso, visitar os vales da região e as cidades históricas como Caprese e Arezzo é uma sensação única para perceber como La vita è bella. Se você gostou do artigo, deixe seu comentário.

  • Os italianos falam com as mãos!

    8 gestos italianos que você pode utilizar para se comunicar melhor na próxima viagem para Itália Imagine que você é o novo âncora do jornal nacional, mas você só pode se expressar no tom constante utilizado pelo William Bonner e precisa transmitir a notícia sem expressões faciais ou movimentos corporais, lembre-se: mãos apoiadas na bancada. O tom utilizado para divulgar o incêndio no museu é o mesmo para notícia do nascimento de filhotes que salvarão alguma espécie em extinção. Para dificultar a função do nosso espectador agora você deve falar sobre algo positivo, mas com uma expressão de tristeza. Ele parece compreender suas emoções, mas não faz ideia que suas palavras e gestos são opostos. Toda essa confusão deve-se ao fato de que nossa comunicação se dá de forma única, uma junção entre palavras e gestos que passam a mesma mensagem. Comunicação que, na verdade, é muito mais corporal do que verbal. Não importa o idioma, nosso corpo se expressa unificadamente. "Os italianos defendem que não há motivos para falar algo apenas com a boca se você pode utilizar todo corpo, e para isso eles possuem um gestual específico para cada situação." Apesar de ser visto em outros países como falta de educação, no Brasil e na Itália, o costume de se mover enquanto fala é extremamente normal. Origens e costumes Os italianos são o segundo povo com maior número de imigrantes vindos ao Brasil entre 1880 e 1930. Mais de 1,5 milhão de italianos desembarcaram em solo brasileiro e isso influência até hoje alguns costumes que possuímos. Um deles é o costume de “falar com as mãos”. Existem algumas teorias que buscam explicar a origem dos gestos italianos, mas a que mais se difundiu é de que os gestos advêm do comércio. A Itália possui grandes cidades costeiras e desde a Idade Média possui grande relevância comercial, principalmente pela habilidade de navegação e pesca. Muitos comerciantes iam até a Itália para comprar ou vender seus itens e encontravam muita dificuldade com o idioma, pois não falavam italiano. Na tentativa de comunicação com os locais, os comerciantes gesticulavam, e com o passar dos anos, os gestos utilizados na compra e venda de produtos ganharam inúmeras palavras. Algumas pesquisas realizadas na Itália identificaram mais de 250 gestos utilizados pelos italianos. Com o tempo o costume de se comunicar por gestos foi sendo passado entre gerações, permeando o ambiente familiar e assim alcançando o vocabulário local, tornando-se atualmente um marco cultural reconhecido em todo mundo. Muitas pessoas brincam dizendo que para se comunicar em italiano você precisa falar alto e sacudir as mãos de qualquer forma. Não caia nessa! Esses gestos são muito importantes e qualquer mínima variação muda o significado da mensagem completamente. Os italianos defendem não haver motivos para falar algo apenas com a boca se você pode utilizar todo corpo, e para isso eles possuem um gestual específico para cada situação. Pensando nisso desenvolvemos um guia de gestos para que você possa visitar a Itália se comunicando como um verdadeiro italiano. Guia de gestos italianos No Brasil comumente chamado de “mão de coxinha”, esse gesto significa um questionamento ou indignação: o que você está dizendo? Que coisa estás fazendo? Mas por quê? Para demostrar que está tudo bem se pode unir os dedos indicador e polegar, mostrando os outros dedos retos, o também conhecido “beleza” brasileiro, indicando o polegar com os demais dedos fechados. Porém, na Itália a primeira versão é mais utilizada. Outro gesto bastante utilizado na Itália é para informar que algo terminou ou não há a possibilidade de se fazer alguma coisa. Quando se vai ao mercado e não há mais algum produto, ou não se pode ajudar alguém e principalmente em questões financeiras, como quando um amigo lhe pede dinheiro emprestado e você não tem. Com o polegar para cima e o indicador aberto, formando um “L”. Move-se o polegar para um lado e para o outro mantendo o indicador reto para frente. Conhecidos mundialmente por sua culinária, os italianos não poderiam deixar de fora um gesto para demonstrar que estão com fome. Com os dedos abertos e unidos levados ao encontro do estômago, para demonstrar que o mesmo está vazio, consequentemente, se está com fome. E caso você não se interesse por algum assunto que alguém está lhe contando pode unir os dedos abertos e passá-los do pescoço em direção à boca, indicando sua indiferença. Se você deseja ir embora de algum lugar pode unir os dedos como em uma semi concha movendo-os para os lados. Se no Brasil abrir e fechar os dedos indica que algum lugar está cheio, na Itália este gesto é utilizado para dizer que alguém está com medo de fazer alguma coisa. Bom, esses são só alguns exemplos. Assim como os dialetos, também existem gestos que são característicos de cada região ou cidade. Mas e você? Está com medo de se comunicar em italiano ou se sente preparado para falar utilizando todo seu corpo? O importante mesmo é saber falar italiano verbal para não ter que depender sempre de gestos. Arrivederci!

  • Uma experiência em Roma

    Permita-se viajar para a capital da Itália através desse texto! Você está em Roma. O sol brilha alto no céu quando você se senta a uma mesa sob a sombra de um guarda-sol para almoçar, num agradável começo de tarde de primavera. Os aromas inconfundíveis de massa fresca, tomates maduros, orégano e azeite de oliva enchem o ar, fazendo sua boca salivar. O cardápio está em italiano, mas isso não é problema para você. O problema é escolher o que comer, dentre tantas opções que parecem deliciosas. Uma taça de vinho e um prato de bucatini all’Amatriciana parecem boas escolhas. O molho Amatriciana, você lê no cardápio, é um molho de tomate com guanciale e queijo pecorino romano. “Buongiorno”, cumprimenta o jovem garçom, “come posso aiutarti?” Você faz seu pedido, esforçando-se para acertar a pronúncia nessa língua cantada que é considerada uma das mais belas do mundo. Sorte que, assim como o português, o italiano vem do latim, aproximando as duas línguas e facilita a fala. Enquanto espera pela comida, se distrai vendo as fotos que tirou no Coliseu. É impossível vê-lo sem sentir o peso de toda a história que o envolve. Você se perde imaginando as batalhas, que ali ocorreram enquanto o povo romano assistia, os imperadores, que se sentaram em suas arquibancadas, e os gladiadores, que morreram na arena. Após conhecer e sentir um pouco da história de Roma, você deve decidir para onde vai em seguida. Afinal, por mais que a cidade seja encantadora, a Itália é um país de inúmeras belezas e você também quer conhecê-las. Andar de gôndola e conhecer a Piazza San Marco em Veneza, a cidade mais romântica do mundo. Mergulhar no mundo da moda em Milão. Apreciar a arte na Galleria degli Uffizi, o palácio que abriga um dos mais antigos e famosos museus do mundo, no berço do Renascimento Cultural: Florença. São tantas cidades, tantas atrações, tanta história e tanta arte que você se sente perdido. Visitar a Itália é uma experiência que fica muito melhor quando se sabe falar a língua italiana. Poder pedir informações aos moradores locais, conhecer a cultura a fundo, ouvir as histórias e entender de que tratam as músicas. Experimentar uma das culinárias mais saborosas do mundo sem precisar traduzir o cardápio. As pequenas coisas que fazem uma viagem incrível se tornar especial. Muito além da viagem Mas não é apenas em uma viagem à península itálica que o conhecimento dessa língua é vantajoso. Estudar italiano pode abrir portas na vida profissional, afinal o conhecimento de outras línguas é um grande diferencial para as empresas que procuram profissionais capacitados. Um benefício que pouca gente conhece é que aprender uma nova língua é uma das melhores maneiras de melhorar e manter a saúde e a capacidade do cérebro e da memória. Quando você aprende uma nova língua, seu cérebro cria novas conexões e fortalece as antigas para poder assimilar os novos sentidos que as coisas ganham. Afinal, uma mesa deixa de ser apenas uma mesa: passa a ser também um tavolo. Aprender italiano é rejuvenescer o cérebro. Além disso, estudar essa língua é estudar história e arte, já que o país foi o berço do Renascentismo e concentra grande parte do patrimônio artístico mundial. Entender italiano é entender as peças de teatro, poesias e literatura, músicas e óperas mais ricas do mundo. Essa língua é tão bela e romântica que uma obra original em italiano pode transmitir sentimentos que uma versão traduzida não transmite. E o melhor de tudo: como a língua italiana vem do latim, assim como o português, é relativamente fácil de aprender para nós brasileiros. A fluência nessa língua de tanta cultura e beleza pode ser conquistada em apenas alguns meses! Voltando ao Coliseu… “Ecco ciò che avete ordinato”, o garçom diz, colocando o prato de massa e a taça de vinho na mesa. O cheiro está incrível, mas você não começa a comer imediatamente. Em vez disso, pergunta a ele para onde um turista deveria ir após visitar Roma. Ele ri e responde, em um italiano rápido e cantado: “É difícil escolher, mas como sou fã de arquitetura gótica, eu iria para Milão conhecer a Duomo di Milano. É uma construção magnífica”. “Eu estive lá algumas vezes. E ela é tão grande que, a cada vez que vou, reparo em algum detalhe que não havia reparado antes. É a maior catedral da Itália, com espaço para 40 mil pessoas!”, o jovem garçom se empolga, agitando as mãos em gestos que mostram a imensidão da Duomo. “Tem mais de 3.400 estátuas! E no alto, sobre a maior torre, está a Madonnina! Abençoando a catedral e todos que a visitam. É uma estátua de mais de 4 metros, folheada a ouro!”, ele está em êxtase, como se pudesse ver a catedral à sua frente. “A Duomo é como uma jóia, seu mármore branco cintila durante o dia. Para mim, é a própria entrada para o Paraíso.”, ele diz, suspirando. “Grazie!”, você agradece, sem palavras após ouvir a descrição da Duomo di Milano. O garçom sorri e se dirige à outra mesa, enquanto você experimenta o vinho e ouve a voz de Andrea Bocelli, que sai do pequeno rádio do restaurante. É um lindo dia em Roma, e você aproveita os benefícios de saber italiano. Que tal aprender italiano e realizar esse sonho? Eu não sei se você estará, de fato, visitando Roma nos próximos meses. Mas não tenho dúvidas de que seria ótimo saber italiano. Você não concorda? Utilizando o meu método, eu e dezenas de alunos conseguimos obter a fluência em italiano em apenas oito meses. A boa notícia é que, após entender a diferença que saber italiano pode fazer na vida das pessoas, eu transformei na minha missão ensinar italiano para todos que queiram aprender. Para isso, criei páginas no Facebook e Instagram, além de um canal no YouTube, onde dou dicas e aulas, tudo totalmente gratuito. Se você quer aprender italiano, eu recomendo muito que me siga nessas redes sociais, para receber todos os meus conteúdos e aprender sem pagar nada.  Te espero lá, Arrivederci!

  • O cimento romano é o melhor do mundo - até hoje!

    Você sabia que uma invenção de engenharia do tempo do império romano, mesmo após 2000 anos, ainda não foi superada e nem pôde ser copiada pelos engenheiros de hoje? Em geral, a humanidade é muito melhor em fazer coisas agora do que a gente era no passado. Mas tem certas coisas que os antigos acertaram, e nós ainda não conseguimos. O concreto romano, por exemplo, é muito melhor do que o concreto usado hoje em dia. E acredite se quiser, construções como o Panteão, por exemplo, ficam mais resistentes a cada dia que passa. Isso não é incrível ? Existem portos marítimos na Itália feitos de concreto romano que continuam de pé após milhares de anos. Enquanto isso, uma estrutura moderna de cimento Portland, nosso cimento moderno, teria sorte se durasse 50 anos estando exposta à água salgada. Qual o segredo do cimento romano? Os romanos faziam concreto ao misturar cal, cinza vulcânica, abundante na Itália, e um ingrediente inusitado… água do mar. Justamente o maior inimigo do concreto moderno. Quando os romanos faziam a mistura, a água do mar provocava imediatamente uma reação química quente. A cal era hidratada — incorporando moléculas de água na sua estrutura — e reagia com as cinzas para cimentar toda a mistura. E qual seria — finalmente — o grande segredo para a durabilidade desse concreto? Bom, a mistura formava um mineral chamado tobermorita aluminosa, e aí que está o segredo, esse mineral fica cada vez mais forte com o passar do tempo. Se não forem destruídas por mãos humanas ou um terremoto muito forte, é muito provável que as construções do império romano, como o Panteão, os aquedutos, o coliseu, o Fórum de César e tantas outras estruturas, ainda estejam de pé daqui a mil ou 2 mil anos. Agora os cientistas estão tentando descobrir a receita, o modo de fazer esse concreto, mas já estão falando que será muito difícil, quase impossível, conseguir uma forma viável de produção. Primeiro porque os materiais utilizados pelos romanos quase não existem fora da Itália e também porque sintetizar o mineral tobermorita aluminosa não é economicamente viável. Além disso, os cientistas também não sabem como criar um concreto que tenha a mesma reação química do concreto romano. Ainda há muito trabalho a ser feito para adaptar as técnicas tradicionais de construção romana às necessidades de hoje, mas quem sabe um dia a gente chega lá. 4 super curiosidades sobre cimento romano 1 - Solo da região Por Roma estar situada sobre uma região de solos arenosos de origem vulcânica, com pouca capacidade de suporte, adotavam-se espessos radiers, um tipo de fundação que funciona como uma laje contínua de concreto armado em toda a área da construção, transmitindo as cargas da estrutura para o terreno, para que fosse reduzida a pressão aplicada sobre o solo. Exemplo disso foi a fundação do Coliseu. Os romanos construíram uma base em forma de anel com 12 metros de profundidade, feito com concreto ciclópico, que consiste na incorporação de pedras denominadas “pedras de mão” ou “matacão” ao concreto já pronto. Da mesma forma, o Panteão de Roma se assenta sobre um anel de concreto com 4,5 metros de profundidade e 7 metros de largura. 2 - O concreto de hoje é inspirado no cimento romano A ideia essencial do concreto armado, ou seja, barras metálicas associadas à pedra ou argamassa para aumentar a resistência às tensões, também remonta ao tempo dos romanos. Em estudos realizados em Termas de Caracalla, em Roma, construída entre 212 d.C. e 217 d.C., notou-se a existência de barras de bronze na argamassa, em pontos aonde o vão a vencer era maior do que o normal na época. 3 – o concreto só foi “reinventado” depois mil anos Depois dos romanos, a humanidade ficou séculos sem usar o concreto, que só foi reinventado recentemente, em 1824, por um construtor inglês chamado Joseph Aspdin, que patenteou um cimento chamado Portland, que, aliás, é o que usamos até hoje. 4 – Ecologicamente correto Além de ser mais resistente, o concreto romano também era menos agressivo ao meio ambiente, uma vez que produção do cimento Portland é extremamente poluente. O calcário usado na fabricação do cimento deve ser aquecido a 1.450 graus Celsius, liberando uma enorme quantidade de Co₂ (o famoso e perigoso dióxido de carbono) na atmosfera. Só em 2016 a produção de cimento gerou 2,2 bilhões de toneladas de Co₂. Agora que você já sabe tudo sobre o concreto romano, que tal assistir ao vídeo que fiz falando de um dos maiores símbolos da Itália, a Torre de Pisa? Você sabia que os engenheiros já deram um prazo para ela finalmente se inclinar até cair? Sim, ela já tem data para cair… confira no vídeo abaixo: Até o próximo artigo.

  • Um oceano nos separa

    Alguns costumes italianos diferem dos brasileiros. Você está preparado(a) para as diferenças culturais que vai encontrar? Montamos uma lista de diferenças para você ir se preparando! Se você está planejando morar ou passar um período na Itália, deve se preparar para algumas mudanças além do idioma. Muitas pessoas possuem o sentimento de familiaridade devido à essência latina, mas o oceano cultural que nos separa pode ser maior do que o esperado. Você está preparado para as diferenças culturais que vai encontrar? Pensando nisso, montamos uma lista de curiosidades muito importantes para que você aterrize em terras italianas bem mais preparada: Coisas que nunca te disseram sobre morar na Itália: 1. Boletos e pagamentos. Lá também é necessário realizar o pagamento dos famigerados boletos bancários. No Brasil o sistema bancário tem evoluído constantemente e, atualmente, podemos pagar todas as contas no conforto do nosso sofá por meio de aplicativos bancários. Já na Itália, você vai se acostumar com a expressão: “andare alle poste per pagare le bollette”. O maior banco italiano, por número de agências, é o Banco Posta, então você terá que se dirigir até um Poste Italiane, que também é a empresa de serviços postais da Itália, equivalente aos correios no Brasil (por isso “posta” de “postal”), para realizar seu pagamento ou transferência. 2. Petiscos em bares Uma das coisas que mais me chamou a atenção em minha primeira semana na Itália, é o costume de servir uns “beliscos” gratuitos nos bares. Não conseguia entender... “como assim de graça?” eu pensava, olhando para aquele balcão do bar do Senhor Máximo, na cidadezinha de Alpignano, província de Turim, cheio de mini pizzas, mini bruschettas, azeitonas, chips e outras delícias. No início eu e meus amigos resistimos um pouco, mas acabamos nos rendendo a tradição. Claro que sem exagerar, não queríamos fazer feio. Obviamente ninguém comia os aperitivos sem consumir um vinho, uma água ou “una birra” (cerveja). 3. Cuidado ao misturar comidas Por mais que a Itália seja visitada por pessoas do mundo inteiro, ainda existem algumas coisas que podem fazer com que os italianos te olhem estranhamente, ou grosseiro. Os italianos não veem com bons olhos: queijos com frutos-do-mar, ketchup ou maionese na pizza, cappuccino depois das refeições e principalmente, pedir para modificar o prato do cardápio, querendo, por exemplo, tirar a cebola ou trocar o molho… o que é bem comum no Brasil, mas quase um crime na Itália, seria como comprar uma pintura de Michelangelo e mandar mudar a cor. 4. A faxina tem que ser diferente: Se você é como a maioria dos brasileiros na hora de limpar a casa, já está acostumado a pegar os bons amigos sabão e balde e ir lavando tudo. Mas cuidado para não alagar seu apartamento na Itália, já que lá não existem ralos assim como no Brasil. Os italianos costumam utilizar panos específicos para limpeza ou o mocio, uma espécie de esfregão com lã para limpar o chão. 5. Sem lixeiros nos banheiros E se parece estranho não ter ralo nos ambientes, imagine não ter lixeiro no banheiro. A primeira vista fica a pergunta: e agora, o papel vai onde? Sim, no vaso mesmo. O papel higiênico é biodegradável e o tratamento de esgoto suporta esse material. Neste aspecto, Veneza está entre as exceções por ser uma cidade com canais e não ruas; e assim estar mais suscetível a enchentes. 6. Parla italiano Talvez o maior choque cultural será a comunicação. Muitos brasileiros acreditam que por se tratar de um idioma latino, os italianos estarão nos esperando de braços abertos e farão malabarismo na hora da comunicação. Assim como os franceses, os italianos são muito ligados às suas raízes e tendem a não se esforçar para ajudar alguém que fala outro idioma. Pode generalizar? Realmente não, alguns italianos são muito gentis e solícitos, mas eles podem ser raros e é melhor não contar com a sorte para se comunicar e ter uma viagem ou estadia completa e maravilhosa. Deixe seu comentário se você tem vontade de aprender italiano definitivamente.

  • As belezas naturais italianas

    Conheça 5 lugares incríveis que representam a grandiosidade da natureza na Itália Todos já sabemos que a Itália é um lugar repleto de atrações turísticas e monumentos famosos que carregam séculos de história, mas as belezas desse país vão muito além da arquitetura. A Europa no geral é um continente onde podemos encontrar diversas manifestações surpreendentes da natureza, e com a Itália não é diferente. Confira abaixo algumas dessas maravilhosas paisagens presentes no país da bota! Parco Nazionale Gran Paradiso Este é um parque situado no noroeste da Itália, no Vale de Aosta. É o parque mais antigo do país, fundado em 1922, ano em que o Rei Vitor Emanuel III o entregou para o Estado. Ele está localizado nos Alpes, e é o lar dos vinhedos mais altos de toda a Europa. É uma zona rural que antigamente servia como local de caça e já foi propriedade particular da Casa de Sabóia. O parque recebeu o nome de Gran Paradiso pois suas montanhas alcançam a marca de 4061 metros de altura. Por serem cobertas de neve formam uma paisagem espetacular muito frequentada por alpinistas experientes. Para aqueles que não desejam se aventurar nas escaladas, existem trilhas de caminhadas mais curtas e diversos restaurantes e locais perto das estradas de onde se pode admirar a beleza do parque, bem como os seus moradores mais ilustres, como as cabras da montanha e as marmotas. Cascate di Lillaz Ainda na região do Vale do Aosta e entre os alpes do parque Gran Paradiso se encontram as Cachoeiras Lillaz. Essa impressionante queda d’água é acessada através de trilhas que partem da comuna italiana de Cogne. O interessante das Cachoeiras Lillaz é que ela varia de acordo com as estações do ano, e no inverno suas águas chegam a congelar! Esse efeito incrível acontece quando o ambiente atinge temperaturas extremamente baixas, entre -16ºC e -17ºC, geralmente à noite. Assim como a região do Vale do Aosta como um todo, a pequena Cogne oferece outras atrações turísticas como estações de esqui e hotéis com spa, bastante frequentados no inverno. Riserva Naturale dello Zingaro A Reserva Natural do Zingaro – que significa cigano em português – é uma área natural protegida localizada na província de Trapani, na Sicília. A reserva ocupa um trecho de 7 quilômetros de costa e possui duas entradas: uma no lado norte, a 13 quilômetros de San Vito Lo Capo, e uma no lado sul, a 12 quilômetros de Castellammare. Dentro dessa reserva não existem restaurantes nem hotéis, e justamente por isso a natureza por lá é tão preservada! A água do mar é cristalina, e está cercada por penhascos e colinas repletas de oliveiras, amendoeiras, palmas e outras plantas típicas do mediterrâneo. Assim que você entrar na reserva é preciso caminhar alguns quilômetros para chegar até as praias, por meio de trilhas que vão desde as mais leves e rápidas até as mais intensas, para quem tem um preparo físico melhor. É possível chegar até as proximidades da Reserva do Zingaro de carro ou com os barcos que saem de San Vito Lo Capo. Lago di Carezza O Lago di Carezza é um lago dos alpes com águas cristalinas que mede cerca de 300 metros de comprimento e 130 de largura. Ele fica próximo da cidade de Nova Levante, no Tirol e oferece uma vista espetacular para a cordilheira Latemar. Não bastasse isso, ele também é rodeado por florestas e montanhas que complementam a beleza da paisagem. Uma lenda local conta que existe uma sereia que vive no fundo do lago e que há muitos anos atrás despertou a paixão de um mago. Esse mago, para tentar conquistá-la, seguiu os conselhos de uma bruxa e fingiu ser um vendedor de joias e disse que faria um arco-íris entre as montanhas mais próximas. Quando foi descoberto pela sereia, ele jogou as joias no lago, causando os reflexos coloridos que hoje conseguimos ver em sua superfície. Com ou sem lenda, esse é um lugar incrível para quem gosta de um contato mais próximo com a natureza, pois nos seus arredores podem ser encontradas diversas opções de trilhas, com percursos que variam no nível de dificuldade. Sorrento e Isola de Capri Sorrento é uma cidade costeira da região sudoeste da Itália, banhada pela baía de Nápoles na península Sorrentina. Ela conta com menos de 20 mil habitantes, mas é o ponto de ligação entre várias outras pequenas cidades da Costa Amalfitana. É vizinha também da famosa Positano, por apenas 18 quilômetros. Sorrento foi construída no alto de um penhasco, e suas praias paradisíacas ficam na parte mais baixa, agraciadas pelo Tirreno, um mar calmo de águas cristalinas. É de Sorrento que partem as balsas para a Ilha de Capri, famosa ilha do golfo de Nápoles que abriga a impressionante gruta azul. A gruta azul é uma caverna natural de aproximadamente 60 metros de comprimento e 25 metros de largura, com uma pequena entrada de apenas um metro de altura e dois de largura. Por causa disso, a única de maneira de entrar na gruta é com um pequeno barco, que leva apenas quatro pessoas por vez. É muito comum que o condutor do barco peça aos passageiros para que se deitem no fundo da embarcação para a entrada no local. Lá dentro, depois de alguns segundos de escuridão, você se surpreenderá com a visão de uma água azul luminosa com reflexos transparentes. O melhor horário para visitar a Gruta é entre meio dia e 2 da tarde, pois nessa hora os reflexos da gruta são mais brilhantes. Os ingressos geralmente custam 14 euros por pessoa, sendo 10 para o serviço de transporte no barco e 4 para a entrada na gruta. Seja no inverno ou no verão, a Itália com certeza tem lugares capazes de agradar quem gosta de calor e quem gosta de frio, não é mesmo? E, para além dos grandes monumentos históricos e centros urbanos, está comprovado que esse grande país tem inúmeras atrações para quem quer curtir a natureza. Você já conheceu algum desses lugares incríveis, ou sentiu vontade de visita-los depois de ler o artigo? Me conte nos comentários! Lembre-se sempre que uma viagem a esses lindos lugares é sempre melhor se você sabe falar italiano, pois assim você se comunica melhor com qualquer pessoa – seja um garçom, um guia, ou qualquer outro nativo! Além disso, você também adquire o vocabulário necessário para ler placas e mapas, evitando a dificuldade de ficar perdido ou não conseguir encontrar algumas dessas atrações. Não se esqueça também de deixar seu e-mail no campo logo abaixo do artigo para não perder as novas postagens do blog! Vou te enviar novidades e conteúdos gratuitos toda semana. Ci vediamo!

  • As delícias da culinária romana

    Para além dos monumentos históricos, sua experiência em Roma também precisa passar pela gastronomia! Você provavelmente já sabe que uma boa visita à Roma deve contar com visitas aos belos monumentos e edifícios históricos da cidade. Mas, assim como visitar os maiores cartões postais, sua viagem só vai ser completa se você experimentar as delícias da gastronomia romana – e, acredite, são várias! Por isso eu reuni aqui algumas dicas e curiosidades para você que vai visitar a capital da Itália e quer aproveitar ao máximo as delícias que Roma pode oferecer. Antes de mais nada, é importante lembrar que os italianos no geral são muito exigentes com a comida. Eles apreciam a boa qualidade dos ingredientes e respeitam a tradição das receitas. Muitas famílias gostam de produzir o seu próprio vinho, azeite ou molho de tomate, por exemplo. Os romanos, é claro, cultivam as tradições culinárias da sua cidade. Por isso, eu vou te mostrar agora os pratos típicos que você pode – e deve – experimentar durante a sua estadia em Roma. Para começar, um prato de massa tradicional de Roma é o chamado Cacio e Pepe. Ele é preparado apenas com um molho que leva queijo de ovelha Pecorino Romano e pimenta preta. Mas não se deixe enganar: apesar de levar só esses ingredientes, ele é um prato muito respeitado e defendido pelos chefs italianos, que dizem que é preciso muito estudo para fazer o cacio e pepe perfeito. Sua origem é bem antiga, pois este é um prato que surgiu na época em que os pastores precisavam desbravar os campos do Lazio (região que abriga a capital, Roma) e levavam consigo ingredientes que davam sustento e não precisavam de refrigeração: pasta, queijo e pimenta. Um prato de massa muito famoso não só em Roma, como no mundo todo, é a carbonara! Eu já falei sobre a origem dessa delícia aqui no blog. Confira algumas curiosidades sobre a carbonara clicando aqui. Além das pastas, outro prato típico de Roma é o Pollo alla cacciatora, um frango refogado e temperado no vinho, geralmente acompanhado de azeitonas e alecrim. Você pode encontrar esse prato de frango nas versões in bianco (sem molho de tomate) e rossa (com molho de tomate). Para os que gostam de carne vermelha, existem os polpette al sugo, famosas bolhinhas de carne moída bem temperadas e servidas com molho de tomate. Você pode experimentar também o abbacchio romano. Esse prato é feito com carne de cordeiro abatido ainda bem jovem, por isso a carne é muito mais rosada e macia. Além da carne, o abbacchio leva também batatas cozidas e molho. Outro prato bem clássico de Roma chama-se saltimboca alla romana. O prato ganhou esse nome graças à expressão “salta in bocca”, ou seja, é algo tão delicioso que praticamente “salta para a boca”. Ele é feito com rodelas de carne de vitelo envoltas por presunto cru e sálvia. Esses ingredientes são cozidos por alguns minutos na frigideira com um toque de vinho branco. Uma delícia, uma verdadeira iguaria digna dos paladares mais apurados. Ainda falando sobre carnes vermelhas, temos também o coda alla vaccinara, prato ensopado de rabo de boi cozido com vários vegetais, legumes e temperos, como alho, cenoura, batata e salsão. As sobras desse ensopado também podem ser utilizadas como um molho, em outro prato de massa chamado rigatoni al sugo di coda. Já para quem gosta de experimentar algo um pouco mais diferente, pratos com tripas com molho e queijo também são típicos de Roma. O chamado Trippa alla romana é feito com tripas cortadas em fatias ao molho de tomate, queijo pecorino e hortelã. Temos também as carciofi ala romana, ou seja, as alcachofras romanas. Elas são cozidas, temperadas com alho e hortelã, podendo também ser recheadas com carne! Esse prato é um acompanhamento bem comum nas cozinhas romanas, especialmente durante a primavera, época da colheita da alcachofra. Para além dos restaurantes, sendo Roma uma cidade grande, e como é de praxe nas capitais, também possui algumas opções de comida de rua. Os mais comuns são os supplì, deliciosos bolinhos de arroz fritos recheados com mozzarella, o panino con la porchetta, que são sanduíches recheados com carne suína, o bacalhau frito e o trapizzino, que é uma espécie de sanduíche triangular com diversas opções de recheio. Vale muito a pena provar essas delícias, pois a comida de rua em Roma também faz parte de sua história. Ela nasceu da tradição das fraschette nos castelos romanos e nos condados ao redor de Roma. As fraschette eram lugares onde se vendia e degustava vinho novo. Nesses lugares, os clientes costumavam trazer comida de casa para apreciá-la enquanto bebiam. Com tantas delícias assim, aposto que você ficou com vontade de experimentar ao menos uma delas, não é mesmo? Me conte nos comentários qual vai ser o primeiro prato que você vai pedir quando estiver em Roma! Não esqueça também de cadastrar o seu e-mail no campo logo abaixo do artigo, para que eu possa avisar você cada vez que uma novidade é publicada aqui no blog! Arrivederci!

  • 10 motivos para escolher um curso online

    Entenda as vantagens que um curso online apresenta! Você já deve ter reparado no crescimento dos cursos online pelo mundo. Além do desenvolvimento da tecnologia, o período de pandemia e isolamento social também contribuiu para o crescimento dessa modalidade de ensino. Mas, se você ainda tem dúvidas em relação aos cursos online ou acredita que ele oferece menos qualidade que um curso presencial, eu reuni neste artigo os principais benefícios do modelo de aprendizagem online. Confira! Benefícios do curso online: 1 - Fazer seu próprio horário Em um curso online você não precisa organizar a sua vida de acordo com os horários das aulas. O que acontece é o oposto: você adapta na sua rotina o momento de estudo, da maneira que achar melhor. Por isso um curso online é indicado para praticamente todo mundo. Quem estuda ou trabalha e precisa encaixar o curso em horários não convencionais ou quem quer investir em um curso justamente para ocupar o seu tempo: é uma boa escolha para todos! 2 - Estudar onde quiser sem precisar se deslocar Em um curso online, você não precisa se preocupar com o deslocamento, afinal, as aulas serão na sua própria casa (ou outro lugar da sua preferência). Já pensou não ter que se preocupar se mora perto ou longe da escola, se precisa ir de carro ou ônibus, se vai chegar atrasado ou não? Lembre-se que isso também representa uma economia muito grande! Não precisar gastar com passagem ou gasolina é uma excelente vantagem. 3 - Decidir o próprio ritmo de estudo Um curso online permite a você ter a autonomia de recapitular e revisar o que precisa sempre que deseja. Isso significa que quem escolhe o ritmo da aprendizagem é você! É possível passar mais tempo nos conteúdos onde você sente mais dificuldade e assistir determinada aula mais de uma vez – dependendo de como funciona a plataforma do curso. 4 - Desenvolver outras habilidades Independente do curso que você escolha para estudar, existem algumas habilidades que são exercitadas junto com a matéria do curso. Por ser capaz de decidir como e onde estudar, você desenvolve as características de organização e autonomia, e exercita também a responsabilidade de se dedicar a uma tarefa. Além disso, fazer um curso online estimula muito a sua prática com a tecnologia – o que é essencial nos dias de hoje! 5 - Experimentar dinâmicas diferentes e desafiadoras Um curso online oferece um modelo novo de aprendizado. Isso é sempre um ponto positivo, pois novas dinâmicas de estudo são estimulantes. No meu curso de italiano, por exemplo, eu aplico com meus alunos um método bem diferente do encontrado em escolas tradicionais. Isso permite que eles alcancem a fluência em apenas oito meses! Como a maneira de ensinar e aprender através da internet é diferente, é normal que várias adaptações sejam feitas. Isso, no entanto, pode ser uma coisa boa! Principalmente se você já tentou fazer um curso presencial antes e não obteve os resultados que desejava. 6 - Estudar com professores que talvez você não teria acesso A questão geográfica infelizmente se torna um empecilho quando falamos de cursos presenciais. Você consegue imaginar quantos professores incríveis deixa de conhecer simplesmente por morar em uma cidade, um estado ou até mesmo um país diferente que o deles? Em um curso online, esse empecilho é eliminado. Basta ter uma conexão com a internet que você consegue ter contato e assistir aulas de pessoas incríveis, mesmo que elas estejam a milhares de quilômetros de distância. 7 - Acesso a mais conteúdos Disponibilizar conteúdos na internet é muito mais fácil, afinal, tudo pode ser online. É muito comum que cursos ofereçam documentos em pdf, e-books (os famosos livros digitais) e mais uma grande variedade de materiais para complementar seus estudos. Além disso, é muito mais fácil para você ter acesso e armazenar esses conteúdos. Pense só: bastar criar uma pasta no seu computador e salvar ali tudo o que quiser. Não é necessário ocupar espaço na sua casa com livros físicos, apostilas, entre outras coisas. 8 - Conectar-se com mais pessoas Da mesma maneira que você pode ter contato com professores ao redor do mundo, também pode criar uma rede de amizade com os outros alunos do curso! Assim, você pode trocar experiências, dicas de estudo e interagir com pessoas que estão passando pelo mesmo processo que você. 9 - Contar com um suporte Só por que o curso é online, não pense que você não pode tirar dúvidas ou pedir ajuda se precisar. Eu, por exemplo, além de sempre responder as dúvidas dos meus alunos, conto com a ajuda de uma excelente equipe de suporte, que está sempre pronta para auxiliar no que for necessário. Dessa forma, você não precisa se preocupar em ter dificuldade em algum assunto e não ter a quem recorrer. Como em qualquer curso, é normal ter dúvidas – inclusive isso faz parte do processo de aprendizagem! E para isso, saiba que existem pessoas preparadas para te atender, mesmo que isso seja feito à distância. 10 - Preços mais acessíveis Em comparação com um curso presencial, os cursos online são bem mais acessíveis! Isso significa que o investimento é menor, mas a qualidade e os resultados obtidos são gigantes! Essa é uma excelente vantagem. Além disso, cursos online costumam ter uma duração um pouco menor que os tradicionais cursos presenciais. Isso não significa que o curso presencial seja mais completo, mas sim que no curso online o conteúdo é transmitido de maneira muito mais prática e eficaz. Como você pode ver, os motivos para fazer um curso online são muitos! Como professor, eu sou muito grato à essas plataformas que me permitem transmitir conhecimento para tantas pessoas, de tantos lugares diferentes! Se você deseja experimentar a minha metodologia de ensino à distância, convido você a me seguir nas redes sociais, onde eu estou sempre postando conteúdo gratuito! Me conte nos comentários: você já participou de algum curso online, ou tem vontade de investir em um? Lembre-se também de cadastrar o seu e-mail no campo abaixo do artigo. Dessa forma, você vai ser avisado quando houver alguma novidade do blog. Arrivederci!

  • É possível fazer um curso online sem saber informática?

    Os cursos online são excelentes opções de ensino, e a pouca habilidade em informática não deve te impedir de aproveitá-los! Uma das principais preocupações das pessoas que estão pensando em iniciar um curso online é se as suas poucas habilidades em informática vão prejudicar muito o seu desempenho nos estudos. Hoje eu vim aqui te mostrar como isso não é um empecilho e pode, inclusive, ser algo positivo! Pense comigo: quando buscamos um curso, seja ele online ou presencial, é por que desejamos aprender algo novo, não é mesmo? E quanto mais informações novas nós adquirimos, mais proveito é todo esse processo. Se você é alguém que não é muito familiarizado com as ferramentas de um computador ou celular, fazer um curso online pode ser uma excelente oportunidade para exercitar essas habilidades e aprender coisas extras! Dessa maneira, ao concluir o curso, além do conhecimento do conteúdo que você escolheu para estudar, você vai levar também várias informações novas na área da informática – informações essas que você pode aplicar futuramente na sua vida, já que nos dias de hoje é necessário ter familiaridade com a internet para se comunicar, fazer compras, pagar contas, entre muitas outras coisas. Além disso, aceitar novos desafios é muito importante para a saúde do nosso cérebro. Ele precisa de estímulos novos para se manter ágil e saudável! Manter ele trabalhando é algo que fortalece o raciocínio e preserva a memória. Pense em quanto você estará exercitando a sua mente ao estudar o conteúdo do curso e aprender informática ao mesmo tempo. Suporte e acompanhamento É normal encontrar dificuldade no início ao lidar com plataformas diferentes e com as videoaulas, e embora isso seja um pouco frustrante, não é motivo para desistir. Ao iniciarmos uma atividade que nunca fizemos antes tudo parece difícil, mas aos poucos vamos nos acostumando e em pouco tempo, sem nem perceber, já estamos executando tarefas com facilidade. Com a informática dos cursos online, não é diferente! Se você se preocupa em ter alguém com quem tirar dúvidas, saiba que grande parte dos cursos online oferece um suporte nesses casos. No meu curso completo de italiano, por exemplo, além de uma equipe pronta para ajudar quem precisa, os alunos ainda ganham como bônus aulas de informática, onde aprendem todos os processos que envolvem o curso e o método de estudos. A verdade é que, com um bom suporte e força de vontade, não existe idade ou dificuldade em informática que podem te impedir de ter bons resultados com um curso online! Você já experimentou essa modalidade de ensino? Me conte nos comentários! Lembre-se também de cadastrar o seu e-mail no campo abaixo do artigo. Dessa forma, eu vou poder te avisar cada vez que uma novidade surgir aqui pelo blog! Arrivederci!

  • As comemorações do Giorno della Liberazione em meio à pandemia

    Veja como os italianos vão comemorar essa data em 2021 Dia 25 de abril é um dia muito especial na Itália! É um feriado onde se celebra o Giorno della Liberazione italiana, dia em que o regime nazifascista se extinguiu no país. Nesse dia, os italianos celebram a força da resistência do seu povo frente às adversidades da segunda guerra mundial. Eu já escrevi um artigo contando tudo sobre a história dessa data, e você pode ler clicando aqui. Hoje, eu vim te trazer um panorama de como esse feriado vai ser celebrado na Itália, já que as passeatas comemorativas e as reuniões pelas ruas não poderão acontecer. Esse já está sendo o segundo ano em que várias comemorações tradicionais estão com uma “cara nova”, não só na Itália como no mundo todo. A pandemia do COVID-19 transformou também essa celebração que sempre foi repleta de concertos e exposições. O comum para essa festividade na Itália é a confraternização nas ruas, onde acontecem shows, apresentações culturais e desfiles. Uma canção muito popular que surgiu no ano da liberação italiana e que é entoada até os dias de hoje é a famosa “Bella Ciao”. Os italianos adoram ir às ruas e cantar juntos essa música, em celebração aos partigiani – bravos soldados que lutaram para expulsar as tropas nazifascistas da Itália. Esse ano, entretanto, isso não será possível. A verdade é que a Itália foi um dos países da Europa que melhor conseguiu lidar com a chamada segunda onda de contaminações por coronavírus, mas ainda assim, as novas variantes do vírus seguem preocupando as autoridades. Por isso, aglomerações seguem sendo proibidas, incluindo as reuniões em bares, ruas e calçadas, que compõe o espírito da celebração do Giorno della Liberazione. Além disso, a Itália está impondo regras mais rígidas sobre os turistas de outros países. Todos os visitantes internacionais precisam passar por uma quarentena de 14 dias antes de adentrar o país, e isso acaba afetando o turismo e as festividades de um modo geral. Mas é claro que os italianos não vão deixar essa data tão importante passar em branco, não é mesmo? Já no ano de 2020, o governo lançou uma campanha incentivando a comemoração da data em casa. A população pendurou bandeiras da Itália em suas janelas, e no dia 25, saíram em suas varandas e sacadas de seus apartamentos para cantarem juntos a canção “Bella Ciao”. Neste ano, o mesmo deve se repetir. A orientação segue sendo de garantir o distanciamento social, por isso, cada cidadão deve encontrar um jeito de celebrar e prestar sua homenagem à resistência italiana dentro de casa! Conhecendo o povo italiano, sabemos que eles encontrarão uma maneira de repetir as belíssimas homenagens feitas no ano passado, com ainda mais esperança e amor à história do seu país. Por aqui, as recomendações em relação ao COVID-19 são as mesmas, portanto, evite aglomerações e use sempre máscara. Assim como nossos irmãos italianos, devemos nos unir e enfrentar essa fase juntos. O que você achou sobre a forma que a população da Itália encontrou de celebrar essa data, que é tão especial a eles? Me conte nos comentários! Lembre-se também de inscrever seu e-mail no campo abaixo do artigo. Dessa forma, eu poderei te avisar cada vez que uma novidade surgir aqui no blog! Arrivederci!

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© 2019, Silvano Formentin

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