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- 3 povoados da Toscana que você precisa conhecer!
Essa região está repleta de lugares encantadores, que representam todo o charme da Itália! A Toscana é uma das regiões mais apaixonantes da Itália, e eu tenho certeza de que é quase impossível mencionar esse lugar sem fazer você imaginar belos vinhedos, estradas e construções medievais, não é mesmo? Mas, além das famosas Florença, Siena ou Pisa, essa região italiana está repleta de cidadezinhas charmosas e não tão visitadas pelos turistas! É justamente esses tesouros, carregados de muita história, tradição e boa gastronomia que eu trouxe no post de hoje para compartilhar com você! Confira agora 3 povoados da toscana que merecem – e muito! – serem visitados: 1 — San Gimignano A 60 quilômetros ao sul de Florença, em meio as colinas da Toscana, está localizado um povoado repleto de construções de origem medieval e rodeado por muralhas chamado San Gimignano. Essa pequena cidade de 7 mil habitantes é conhecida, principalmente, pelas torres medievais que se conservam até hoje! Elas foram construídas em uma época em que as famílias da cidade desejavam demonstrar o seu poder e riqueza através de imponentes torres em suas casas – isso mesmo, elas não eram apenas torres! Eram parte de casas, e os quartos geralmente ficavam nos cômodos mais baixos. Estima-se que cerca de 72 torres foram construídas a partir do século XI, e atualmente ainda é possível admirar 14 delas, que seguem intactas. Na época de construção das torres, San Gimignano ficava entre as cidades que faziam parte da Via Francigena, uma antiga rota que conectava a cidade de Canterbury, na Inglaterra, à Roma. Durante muitos anos os viajantes que buscavam visitar os túmulos dos apóstolos Pedro e Paulo em Roma paravam no vilarejo para descansar e se alimentar. Infelizmente, por volta do século XIV a epidemia da peste negra afetou San Gimignano, causando a morte de metade da população! Esse foi o início de um período de decadência para a cidade, o que contribuiu para a preservação da sua arquitetura medieval, já que ela não acompanhou a modernização das demais cidades toscanas. Justamente por preservar tão bem sua arquitetura feudal, San Gimignano foi eleita em 1990 Patrimônio Mundial da Unesco! Essa charmosa cidadezinha é perfeita para ser visitada a pé: em apenas 15 minutos de caminhada é possível ir do norte ao sul de San Gimignano! E o que você pode admirar nesse trajeto é encantador, ruazinhas estreitas, construções de tijolos que remetem ao período medieval, e é claro, diversos estabelecimentos com os excelentes vinhos e embutidos da toscana! Uma das principais atrações da cidade é a Piazza della Cisterna, uma praça com diversas torres e uma cisterna que data do ano de 1287! é nessa praça que se encontra a famosa Gelateria Dondoli, eleita diversas vezes a melhor sorveteria do mundo! A Piazza della Cisterna também é o local onde se encontram os melhores hotéis da cidade, e fica conectada à Piazza del Duomo, outra praça muito bonita de San Gimignano. Na Piazza del Duomo, você pode admirar a igreja da cidade. Se comprado aos demais "Duomos" gigantescos e exuberantes da Itália, essa igreja é bem simples, mas mesmo assim não perde o seu charme! Por apenas 6 euros você pode garantir um ingresso para visitar o Duomo e o Museu da Arte Sacra. Ainda na Piazza del Duomo, é possível visitar a Torre Grossa, que possui nada menos do que 64 metros de altura! Essa é a mais alta das torres ainda conservadas na cidade, e foi construída em 1311! Com um ingresso pelo preço de 7,50 euros você consegue visitar a torre, admirar a bela paisagem toscana do alto e ainda passear pelo Museu Cívico da cidade, que conta com diversas obras de artistas toscanos. 2- Monteriggioni Esta é outra cidade histórica que fica de fora de roteiros tradicionais de passeios pela Toscana. Monteriggioni fica no topo de uma colina entre Siena e Colle Val d'Elsa, e possui cerca de 8 mil habitantes. Ela foi construída entre 1213 e 1219, com o propósito de ser uma base militar devido à sua localização estratégica. Por isso, ela também é cercada por muralhas e possui 14 torres em estilo medieval, e até os dias de hoje carrega a simplicidade e a estrutura da época de sua construção. Os muros ao redor da cidade tem 570 metros de comprimento . Um fato curioso é que o ilustre Dante Alighieri citou Monteriggioni em sua obra "A Divina Comédia". Confira o trecho: "Sobre o muro arredondado, Monteriggioni é coroada por torres, então na margem infernal que o fosso circunda, guerreavam os terríveis gigantes, apenas com a metade de seu corpo encouraçado" Essa pequena cidade que é, literalmente, histórica, com certeza vale uma visita, não é mesmo? E as atrações de Monteriggioni com certeza são tão interessantes quanto a sua história! O que mais chama atenção na cidade são as ruas e construções de pedra, que dão todo o charme e encantam os visitantes. O ponto turístico principal é a Igreja de Santa Maria Assunta, um local de arquitetura rústica, erguida juntamente com o castelo de Monteriggioni! A igreja se localiza na Piazza Roma, uma charmosa praça onde você vai encontrar diversos restaurantes, bistrôs, lojinhas e alguns hotéis! Próximo à igreja, os turistas podem visitar o Museu Monteriggioni in Arme, um espaço que expõe reproduções de armas, armaduras e artefatos do período medieval, contando assim a história da cidade! O Museu oferece uma atividade muito legal: os turistas podem vestir uma armadura, empunhar armas e espadas e se sentir como um verdadeiro cavaleiro medieval! Incrível, não é mesmo? A cidade conta com um evento muito especial no mês de julho: O Festival Medieval! Nessa festa, os moradores da cidade se caracterizam com roupas da época medieval, cantam e dançam celebrando as origens da cidade! Confira o site oficial do festival clicando aqui! 3- Cortona Essa cidade talvez seja a mais conhecida das três, afinal, ela foi cenário de um dos filmes mais famosos cuja trama se passa na Itália: o belíssimo "Sob o Sol da Toscana"! No filme, a recém divorciada Frances viajava para a Itália e durante o passeio, impulsivamente decide comprar uma casa em um vilarejo toscano. Confira o trailer do filme: Localizada na província de Arezzo, a belíssima Cortona também é um vilarejo em estilo medieval, combinado com a charmosa paisagem Toscana. Ela é uma cidade tranquila, onde os turistas adoram passear a pé, admirando as belas construções antigas, com alguns detalhes da época do renascimento. Um das grandes atrações de Cortona é o prédio da prefeitura da cidade, chamado de Palazzo Comunale. Ele foi construído no século XII e ampliado no século XVI, com a construção da torre do sino e as grandes escadas de acesso ao edifício. Outro local que pede uma visita é a Igreja de São Francisco de Assis, construída em 1247. Essa igreja possui algumas relíquias de São Francisco: uma roupa, o evangelho e uma espécie de travesseiro, além de um relicário em mármore com fragmentos da Santa Cruz. Cortona também possui uma catedral: a de Santa Maria Assunta. Ela foi construída no século XV, sob as ruínas de uma outra igreja cristã, que tinha sido, por sua vez, construída sob um templo pagão. Na parte frontal da Catedral, existe um terraço de onde é possível admirar uma bela vista da toscana: o encantador Vale di Chiana. Pequenos Tesouros da Toscana Aposto que você ficou com vontade de se aventurar por entre as ruas e encantos dessas joias italianas, não é mesmo? Caminhar por essas cidades deve ser como fazer uma viagem no tempo! Me conte nos comentários, qual dessas três pequenas cidades você gostaria de conhecer primeiro? Vou adorar saber a sua opinião! Além disso, lembre-se de cadastrar o seu e-mail no campo abaixo do artigo para receber as novidades aqui do blog! Ci vediamo!
- O quarto secreto de Michelangelo
Michelangelo tem uma história muito particular e curiosa com a Basílica di San Lorenzo, em Florença! Os grandes monumentos italianos estão repletos de histórias interessantes, não é mesmo? Afinal, foram anos de construção e diversas pessoas envolvidas na elaboração desses verdadeiros tesouros arquitetônicos e históricos! Um grande artista que se envolveu em vários projetos grandiosos foi Michelangelo. Entre diversas obras famosas, ele também foi o responsável pela Nova Sacristia, um espaço belíssimo que abriga diversos túmulos dos membros da família Médici na Basílica di San Lorenzo, em Florença. Mas, a relação de Michelangelo com a Basílica não termina aí: ele também é o protagonista de uma história muito curiosa, pois viveu em um quarto secreto na igreja durante alguns meses! É essa curiosidade incrível que eu vou te contar agora! O esconderijo de um artista Tudo começou na Florença do ano 1527, quando uma revolta popular forçou o exílio dos governantes da família Médici, que haviam sido patrocinadores do trabalho de Michelangelo até então. Michelangelo nessa situação mudou de lado, alinhando-se aos florentinos e se posicionando contra a família Médici. Por isso, quando os Médici voltaram ao poder, o artista, com medo, resolveu procurar abrigo no quarto da capela. Esse quarto, acessível somente por um alçapão e uma escada estreita, contava apenas com uma pequeníssima janela, por onde entravam alguns raios de sol. É claro que um gênio como Michelangelo não passaria dois meses escondido em um cômodo sem fazer nada. Não é mesmo? Pois bem, ele deixou as paredes repletas de diversos desenhos belíssimos feitos com carvão e giz! A descoberta do quarto Em 1975, Paolo Dal Poggetto, o então diretor do Museu das Capelas dos Médici, encontrou, por acaso, este tesouro. Enquanto procuravam um novo percurso para o museu, Poggetto e seus colegas descobriram um alçapão escondido debaixo de um armário perto da Sacristia Nova. Embaixo do alçapão, degraus de pedra levavam a uma sala secreta. Ao serem descobertas, as paredes do quarto estavam cobertas de gesso. Foram necessárias algumas semanas de remoção da argamassa e de uma cuidadosa limpeza para serem revelados dezenas de desenhos. Mas, se Michelangelo não assinou esses desenhos, como eles podem ser atribuídos a ele? Bom, para isso, basta fazer uma comparação dos desenhos com algumas das obras atribuídas ao artista. Um dos desenhos expostos em uma das paredes do quarto é um esboço de pernas sem corpo em diferentes posições. Ao compararmos estes esboços com a estátua de Giuliano de Médici, produzida pelo artista, que está localizada sobre o túmulo do governante, na própria Nova Sacristia, não se tem mais dúvida: o desenho é de Michelangelo! Visitação A intenção da diretoria do Museu é abrir a sala para o público, mas, por enquanto, ela só foi aberta para algumas breves visitações de guias turísticos credenciados e autoridades. Assim como eu, tenho certeza que você também vai torcer para que esse quarto secreto se torne aberto ao público a visitações em geral, não é mesmo? Afinal, qualquer obra do gênio Michelangelo vale a pena ser admirada! Me conte nos comentários se você já sabia dessa história, e se ficou com vontade de visitar esse lugar impressionante! Vou adorar saber a sua opinião! Não esqueça também de deixar o seu e-mail registrado no campo abaixo do artigo, para que eu possa te avisar cada vez que uma novidade surgir aqui no blog! Arrivederci!
- 10 curiosidades sobre A Última Ceia, de Leonardo da Vinci
Descubra algumas informações impressionantes sobre uma das obras de arte mais famosas do mundo! A Última Ceia, com certeza, é uma das pinturas mais famosas do mundo. Obra do renascentista Leonardo da Vinci, ela carrega muitos segredos e especulações que envolvem a sua produção. Além da importância religiosa, por retratar um dos mais populares temas cristãos — o momento dramático do Evangelho onde Jesus afirma que será traído por um de seus apóstolos — a obra também figura como uma das mais importantes da história da arte. Tudo isso, pois, mais de 500 anos depois da sua produção, ela continua relevante, atraindo estudiosos e admiradores de todo o mundo! Por isso, eu reuni aqui 10 curiosidades impressionantes para você entender o que faz da “A Última Ceia” uma pintura tão especial! Confira: 1 — Ela é muito grande — e está em uma parede! Muitas pessoas ao conhecerem a Monalisa (outra obra muito famosa de Leonardo da Vinci) se sentem decepcionadas pelo tamanho da pintura - ela mede apenas 77 cm x 53 cm. Mas, se engana quem pensa que o mesmo acontece com “A Última Ceia”. Essa pintura, feita em uma parede, é gigante! Ela mede nada menos do que 4,6 metros de altura por 8,8 metros de comprimento. Outra informação que surpreende muito as pessoas é de que “A Última Ceia” não é um quadro, mas sim, uma pintura realizada em uma parede! Nada mais justo, afinal, uma obra dessa dimensão precisa de bastante espaço, não é mesmo? 2 — Você pode visitá-la em um refeitório! É isso mesmo: essa importante obra de arte está localizada na parede do refeitório do convento dominicano de Santa Maria delle Grazie! Esse convento fica em Milão, no norte da Itália, e está incluído na lista de Patrimônios Mundiais da UNESCO! “A Última Ceia” foi uma obra encomendada pelo duque Ludovico Sforza, que adotou o convento dominicano e chamou Leonardo Da Vinci para decorar o refeitório onde os monges fariam suas refeições coletivas! Isso foi feito, pois o salão era muito grande, e precisava de uma decoração! O tema escolhido foi o da última refeição de Jesus com seus apóstolos, e os brasões da família Sforza também foram pintados, e aparecem com as iniciais da família acima do mural. 3 — Ela quase foi destruída pela guerra! As invasões das tropas nazistas na Itália durante a Segunda Guerra Mundial causaram destruição em diversas cidades do país. As inúmeras explosões e incêndios mataram muitas pessoas em Milão, e também destruíram alguns edifícios importantes da cidade. O edifício onde se encontra “A Última Ceia” também foi atingido, e a obra quase teve um final trágico! Alguns dizem que a proteção divina foi a responsável por manter a parede onde está a pintura em pé — já outros, afirmam que a ação dos frades foi o que a salvou! Os religiosos protegeram a parede do refeitório, apoiando contra ela sacos de areia e alguns de seus colchões! Felizmente, essa ação funcionou, e a parede com a pintura ainda se mantém em pé atualmente! 4 — A inspiração em um criminoso Uma informação defendida por diversos especialistas da história da arte afirma que Leonardo pintou os apóstolos com base em modelos reais! Essa foi uma técnica bastante comum, utilizada por diversos artistas da época, para trazer mais realismo aos desenhos e pinturas. Assim, diz a lenda que, no momento de escolher o modelo para o rosto de Judas, Leonardo da Vinci foi até as prisões de Milão buscar um criminoso real! Dessa forma, é possível que Judas (na pintura, o quinto apóstolo partindo da esquerda) foi feito com inspiração em um criminoso da realidade! 5 — A simetria é impressionante! Leonardo da Vinci é um artista que ficou conhecido pelo seu amor à simetria! Isso é demonstrado em “A Última Ceia”, pois a composição do cenário da pintura é extremamente equilibrada e impressionante. Por exemplo: os apóstolos se dividem perfeitamente na pintura, formando quatro grupos de três indivíduos, sendo dois grupos em cada lado da obra. Além disso, as expressões e atitudes dos apóstolos também apresentam um contraste! Enquanto Tiago, representado à esquerda de Jesus, parece revoltado, erguendo os braços com raiva, Tomás aparece apontando serenamente para cima, com uma expressão de questionamento. 6 — Trilha sonora secreta Diversos músicos criaram a teoria de que existe uma mensagem secreta escondida em “A última Ceia” no formato de notas musicais codificadas que formariam uma música! Em 2007, o músico italiano Giovanni Maria Pala analisou a obra e criou uma canção de 40 segundos, retirando supostamente as informações da pintura! Escute a música no vídeo abaixo: Alguns anos mais tarde, uma pesquisadora do Vaticano chamada Sabrina Galitzia retirou da obra alguns sinais matemáticos e astrológicos, e com isso também montou uma mensagem que teria sido deixada por Leonardo da Vinci. A pesquisadora afirma que essa mensagem prevê nada menos do que o fim do mundo, na forma de um dilúvio que vai destruir o mundo inteiro entre 21 de março a 1º de novembro, no ano de 4006! 7 — Materiais diferentes A perspectiva em “A Última Ceia” é bastante evidente! Essa é uma técnica de representação do espaço tridimensional em uma superfície plana, que tem com objetivo apresentar a imagem em uma tela da maneira que mais se aproxime da imagem real (a visão). O curioso, aqui, é como Leonardo aplicou essa técnica na sua pintura! Ele utilizou barbantes e pregos como materiais para seu trabalho. Todos os elementos da obra são direcionados a Jesus, e para atingir esse efeito, o artista colocou um prego no meio da pintura e puxou cordões para as extremidades para criar um desenho totalmente proporcional! 8 — Técnica errada Na época da concepção da “A Última Ceia”, a técnica mais utilizada pelos artistas era a pintura em gesso úmido - os famosos “afrescos”. Leonardo, no entanto, não quis fazer uso dessa técnica, pois desejava trabalhar com calma - o que é impossível ao utilizar gesso, pois ele seca muito rápido, e exige velocidade do pintor. Dessa forma, ele desenvolveu uma técnica própria, que consiste em preparar a parede para receber a pintura, e depois utilizar tintas tempera sobre a pedra. Ele também experimentou uma mistura de tempera e tintas a óleo para pintar, mas essa ideia que parecia genial, acabou não funcionando muito bem! A parede, infelizmente, começou a descascar logo após a finalização da pintura, e em apenas 20 anos ela já apresentava danos severos e falhas. 9 — Um trabalho demorado Quando o duque Ludovico Sforza encomendou a obra para o convento Santa Maria delle Grazie, Leonardo da Vinci tinha 42 anos e uma fama um pouco negativa: ele era conhecido por não terminar os seus projetos! Como foi citado no tópico anterior, ele quis realizar a pintura com calma, dando atenção aos detalhes. Dessa forma, trabalhou no projeto do ano de 1495 até 1498, em um ritmo considerado muito lento! A boa notícia é que, mesmo demorando um pouco, ele concluiu a obra, e conseguiu melhorar a sua reputação depois disso! 10 — Réplicas e homenagens “A Última Ceia” é uma das obras mais copiadas da história da humanidade. É muito comum em lares de famílias cristãs pelo mundo, encontrar uma representação dessa pintura, seja em formato de quadro ou escultura. Além de cópias informais, muitas representações e réplicas também foram feitas por outros artistas. Na Royal Academy of Arts de Londres, por exemplo, existe uma réplica em tamanho real dessa obra de Leonardo da Vinci! Se trata de uma pintura em óleo sobre tela, que supostamente foi executada por um aluno de Leonardo, no ano de 1520. Da mesma maneira, diversos outros pintores também fizeram suas interpretações da obra, como Salvador Dali, Andy Warhol, Susan Dorothea White e Vik Muniz (que fez até uma versão com calda de chocolate!). Uma obra histórica Amante de arte ou não, é quase impossível encontrar alguém que não tenha, ao menos uma vez na vida, se deparado com a imagem da “A Última Ceia” realizada por Leonardo da Vinci! Essa obra espetacular está situada na história da arte como um dos trabalhos mais importantes e famosos do mundo! Por sorte, ainda é possível visitar e admirar esse trabalho realizado por um verdadeiro gênio! Me conte nos comentários qual dessas 10 informações curiosas você mais gostou e não esqueça de cadastrar o seu e-mail no campo logo abaixo do artigo, para receber todas as atualizações do blog e aproveitar todo o conteúdo especial que compartilho por aqui! Ci vediamo!
- Celebrações diferentes do fim de ano italiano
Confira aqui algumas tradições curiosas dos italianos no Natal e no Ano Novo! Os italianos, assim como os brasileiros, amam o Natal! Eu já escrevi um artigo aqui no blog contando como eles celebram essa data, e você pode conferir nesse link! Por gostar muito de tradições, é claro que eles comemoram os dias 24 e 25 de dezembro e 1º de janeiro com muita comida, música e festa - mas, além disso, eles possuem algumas celebrações curiosas e divertidas! Alguns eventos curiosos e até mesmo engraçados acontecem nesse época do ano por toda a Itália, e é isso que eu vim contar para você no artigo de hoje! Confira 3 atividades inusitadas realizadas pelos italianos no Natal e no Ano-Novo: 1- A "Regata do Papai Noel", em Veneza No dia 17 de dezembro, uma imagem muito curiosa toma conta do Canal Grande, em Veneza: diversas pessoas vestidas de Papai Noel saem remando com seus barcos às 10h30 de São Marcos e se dirigem até à Universidade Ca’Foscari! Essa "regata" faz parte de outras comemorações envolvendo a prática de esportes com roupas típicas do "bom velhinho" que tomam conta de toda a cidade! No dia 11 de dezembro, por exemplo, acontece a corrida do Papai Noel! Ao mesmo estilo da competição das águas, essa é uma corrida feita por diversas pessoas vestidas de Papai Noel, que partem às 15 horas da Piazzale di Santa Lucia, tendo a linha de chegada no Mercado do Peixe, em Rialto. Da mesma maneira, em 18 de dezembro, acontece a caminhada do Papai Noel! Com os mesmos princípios das outras duas modalidades, essa é uma atividade em ritmo mais lento, que começa em Campo San Giacometto, às 9h30 da manhã. Seja correndo, caminhando ou remando, ver tantos "Papais-Noéis" tomando conta das ruas e das águas em Veneza com certeza deve ser muito divertido, não é mesmo? 2- O "Desfile de Tochas", em Camporosso A véspera de ano-novo consegue ser ainda mais encantadora na região da Ligúria, mais precisamente na comuna de Camporosso! A neve e as montanhas fornecem o cenário perfeito para quem deseja ter uma virada do ano mágica! É nesse cenário belíssimo que acontece o desfile das tochas, tradição onde 250 esquiadores descem a pista de esqui de Di Prampero, no Monte Lussari, vestindo trajes típicos - manto, calças e meia de lã, bem como chapéus e botas tradicionais. Esses esquiadores fazem o trajeto iluminados apenas por lanternas (tochas), no dia primeiro de janeiro, ao pôr do sol. Além disso, existe também um mercado formado por diversas barraquinhas que comercializam produtos locais e que vendem tochas de luz para as crianças se divertirem no festival! Ver esses "pontinhos de luz" descendo o Monte em meio a neve deve ser muito bonito e divertido - não é à toa que esse evento já se tornou uma tradição com mais de quarenta anos! 3- A "Fogueira do Velho", em Bologna Bologna é uma cidade estudantil - isso significa que a população é jovem, e durante as festas de fim de ano, muitos viajam para visitar a família em outras cidades. Mesmo assim, com a cidade um pouco mais vazia, Bologna fica iluminada e celebra o mês de dezembro com diversos festivais! Para o Ano Novo, Bologna tem uma tradição chamada de a fogueira do velho (em italiano, falò del vecchione). Nessa celebração, uma figura representando um homem velho é queimada em uma das principais praças da cidade - a Piazza Maggiore. Ele representa o ano velho que está passando, e o ato de queimá-lo simbolizada a abertura do caminho para coisas novas e melhores que chegarão com o novo ano! Uma curiosidade é que, em anos bissextos, o "velho" se transforma em "velha"! A figura de uma velha mulher é queimada na cerimônia nesse caso. O Velho ou “Vecchione” é um fantoche gigante e iluminado que fica no meio da praça no final de dezembro até a contagem regressiva para a meia-noite do dia 31, quando acontece a fogueira. Depois da fogueira, as comemorações continuam na praça e pelas ruas próximas, com muita música e apresentações de artistas de rua! Centenas de pessoas se dirigem à Piazza Maggiore para a comemoração da fogueira do velho, portanto é importante ter em mente que é necessário chegar cedo para garantir um bom lugar para assistir à queima do fantoche! Tradições italianas Essas são três celebrações que acontecem na |Itália na época de final de ano. Se você deseja saber mais sobre como o Ano Novo é celebrado no país, basta clicar aqui para ter acesso ao artigo que eu escrevi, mostrando com detalhes como os italianos celebram essa data. Com certeza esses eventos especiais da Itália merecem ser apreciados, mas me conte nos comentários: de qual dessas celebrações você mais gostaria de participar? Vou adorar saber a sua opinião! Lembre-se também de cadastrar o seu e-mail aqui no blog, no campo logo abaixo do artigo! Dessa maneira, eu posso notificar você cada vez que uma novidade surgir por aqui! Aproveito o espaço para desejar um excelente final de ano a todos, com muita saúde, paz, e alegrias junto à família e amigos! Nos vemos em 2022, com muitas novidades e conteúdos interessantes sobre língua e cultura italiana aqui no blog! Arrivederci!
- Festa della Befana: A tradição da Epifania na Itália
Você já conhece a história da bruxa mais adorada pelos italianos? Na Itália, as celebrações de final de ano não terminam com o Capodanno (Ano-Novo). No dia 6 de janeiro, uma festa muito celebrada e esperada (principalmente pelas crianças) toma conta das ruas: é a Epifania, também conhecida como Festa da Bruxa Befana! A Epifania faz parte do calendário religioso e é muito comemorada em diversos lugares, pois representa a visita dos três reis magos ao menino Jesus. Aqui no Brasil, o dia conhecido popularmente como “Dia de Reis” é simplesmente o dia de desmontar a árvore de natal. Na Itália, a data tem uma proporção maior, pois nesse dia também é celebrada a “Festa della Befana”, uma comemoração dedicada à uma personagem muito adorada pelas crianças. A história dessa personagem, a boa bruxa Befana, é o que eu vou contar nesse artigo! Confira! A Lenda da Bruxa Befana A origem da lenda da Befana é incerta. Alguns dizem que ela surgiu no período pré-cristão, na época do Império Romano, onde camponeses cultuavam uma deusa chamada Diana, para que ela trouxesse abundâncias às colheitas e tornasse o solo mais fértil. Já os cristãos, atribuem a origem da Befana a uma lenda, onde uma simpática velhinha ajuda os Reis Magos a encontrarem o caminho certo até o menino Jesus. Perdidos na estrada rumo à Belém, eles e pediram auxílio a uma senhora. Agradecidos com a informação, eles a convidaram para seguir viagem junto e ir a encontro da Sagrada Família. Ela não aceitou, mas se arrependeu mais tarde e, sem saber quem era o menino iluminado que havia nascido, saiu distribuindo presentes nas portas de diversas casas, na esperança de, assim, presentear o menino Jesus. Desde aquele dia, na noite do dia 5 para o dia 6 de janeiro, a bruxa Befana sai pelas ruas, distribuindo doces para as crianças que se comportaram bem durante o ano. Para as que foram mal comportadas, ela deixa pedaços de carvão! As celebrações A Befana é celebrada de diversas maneiras na Itália! É muito comum os moradores enfeitarem as portas de suas casas e fachadas de suas lojas com bonecos representando a Befana — isso possibilita avisar a ela que ali mora uma criança que aguarda o seu doce! A igreja, por exemplo, organiza a passagem da Befana nas casas da cidade. Para isso, um voluntário(a) se veste como a bruxinha, com uma vassoura na mão e um lenço na cabeça. Acompanhada por um grupo animado, a “Befana” vai passando pelas casas e oferecendo doces para as crianças., perguntando aos pais se ela merece doce ou um pedaço de carvão! As crianças levadas recebem o chamado “carbone”, uma espécie de caramelo que imita o carvão. Em Borgaccio di Spoleto (Perugia-Umbria), a “Befana” desfila pelas ruas a cavalo, distribuindo os doces. Em Veneza, é realizada a “Regata delle Befane” onde várias pessoas se vestem com as roupas típicas da famosa bruxa e disputam uma corrida de barcos pelo Canal Grande! Essa é uma atividade muito engraçada, que reúne centenas de espectadores! Com certeza deve ser muito divertido assistir diversas “velhinhas” remando com velocidade pelos canais de Veneza, não é mesmo? Outros eventos da Epifania O dia da Befana é também o dia da Epifania, e por isso, as comemorações e homenagens à bruxa também dividem espaço com as celebrações aos Reis Magos! Em Firenze, por exemplo, no dia 6 de janeiro é realizada a tradicional “Cavalcata dei Re Magi”, onde várias pessoas vestidas com roupas características, fazem um cortejo à cavalo, que atravessa todo o centro histórico da cidade até chegar à Piazza del Duomo, onde os indivíduos que representam os Reis Magos depositam presentes no presépio! Em Veneza, é na Epifania também que pessoas representando os Reis Magos desfilam caracterizadas pelo balcão da Torre dell´Orologio, na Piazza San Marco! Esses são eventos que carregam anos de tradição e atraem muitos turistas, junto com a querida Befana! Uma data especial A verdade é que as crianças adoram a bruxa e aguardam ansiosos para receber os doces, mas a Festa della Befana é uma celebração que contagia pessoas de todas as idades! Essa é uma tradição de décadas na Itália, e que também representa a riqueza cultural do país! Além da festa da bruxa, os eventos de Epifania relacionadas aos Reis Magos também são muito interessantes e que com certeza encantam os espectadores! O dia 6 de janeiro é uma data mais do que especial para visitar a Itália, não é mesmo? Me conte nos comentários se você gostaria de passear pelo país da bota nesse período! Lembre-se de cadastrar seu e-mail no campo abaixo do artigo, para receber as atualizações do blog e acompanhar tudo de interessante que vai ser postado por aqui durante esse ano! Ci vediamo!
- 10 lugares na Itália para visitar sem sair de casa!
Que tal passear por belas atrações italianas com a ajuda da tecnologia? Uma viagem, especialmente para outro país, demanda planejamento, tempo e dinheiro. Além disso, a pandemia criou novos empecilhos nesse âmbito, e muitos passeios e viagens precisaram ser adiados! Mas, e se eu falar que você pode visitar diversas atrações da Itália, hoje mesmo? Isso é possível com a ajuda de tecnologias avançadas, que fornecem tour virtuais e que promovem passeios por diversos pontos turísticos e atrações famosas! Essa com certeza é uma experiência divertida, e "quebra o galho" enquanto não vamos visitar esses locais pessoalmente! Por isso, eu reuni nesse artigo 10 lugares na Itália para você visitar sem sair de casa! Vamos lá? 1- Coliseu O Coliseu é um dos principais símbolos da Itália! Essa imponente arena de espetáculos abrigava entre 50 mil e 80 mil espectadores e até hoje é um dos maiores representantes do poder do Império Romano! Você pode passear por essa construção histórica, basta clicar nesse link! Aproveite para observar a dimensão, os corredores e imaginar a plateia e os gladiadores passando por ali... Incrível, não é mesmo? 2- Grande Canal de Veneza A maior característica de Veneza são os canais que cruzam a cidade e promovem a mobilidade da população. Entre eles, o maior e mais importante é chamado de Grande Canal, e você pode visitá-lo virtualmente clicando nesse link! Com quase 4 quilômetros de extensão, o Grande Canal divide Veneza e a circulação por ele se dá através das pontes e do vaporetto - barco que funciona como o ônibus da cidade. Bom passeio! 3- Catedral de Milão No centro de Milão está localizada a sua Catedral, mais conhecida como Duomo di Milano. Essa igreja é uma obra-prima gótica com mais de 3.500 estátuas de santos, animais, monstros e 135 torres apontando para o céu. Esse imponente edifício que levou quase 600 anos para ser concluído pode ser visitado nesse link! A obra encomendada pelo bispo Antonio da Saluzzo possui detalhes arquitetônicos impressionantes, e que valem a pena ser admirados de perto - como a tecnologia nos permite! 4- Museu de Galileu O Museo Galileo, ou Museu de Galileu é um museu que expõe diversos tipos de ferramentas e instrumentos científicos do Renascimento até o século XX. Localizado em Florença, ele ressalta toda a importância e contribuição de Galileu Galilei para a ciência! Se você quiser se aventurar em meio aos objetos que fornecem uma verdadeira viagem à descoberta da ciência moderna, do universo, da tecnologia e da física, é só clicar nesse link! Divirta-se! 5- Basílica de São Francisco Localizada em Assis, na região da Úmbria, essa igreja é muito charmosa e cheia de detalhes visuais incríveis! Ela é a igreja-mãe da Ordem Franciscana e um Patrimônio da Humanidade desde o ano de 2000! A construção da basílica começou logo após a canonização de São Francisco em 1228! Ela também abriga o túmulo do Santo em suas criptas, descobertas em 1818. São séculos de história que podem ser admirados clicando nesse link! 6- Capela Sistina Uma das principais atrações dos Museus do Vaticano é a famosa Capela Sistina! Construída entre os anos de 1477 e 1480 a mando do papa Sisto IV, seu principal atrativo é o teto, lindamente decorado com afrescos feitos por ninguém menos do que Michelangelo! Uma das reclamações dos turistas, entretanto, tem relação com as filas grandes e a aglomeração de pessoas - afinal, esse é um dos pontos turísticos mais visitados de Roma. Clicando nesse link você pode admirar esse local histórico sem esses empecilhos! Aproveite! 7- Torre de Pisa A famosa torre inclinada feita em mármore branco é o símbolo da cidade de Pisa, na Toscana! Localizada na Piazza dei Miracoli (Praça dos Milagres), ela faz parte do complexo monumental de edifícios de Pisa junto a outras importantes atrações da cidade e que podem ser admiradas através desse link! A torre de Pisa tem 58 metros de altura e 5,5 graus de inclinação. Ela abriga ainda 7 sinos, o mais pesado deles com 3 toneladas. Todo esse complexo arquitetônico da praça é considerado patrimônio da UNESCO desde o ano de 1987. 8- Pompéia A cidade italiana de Pompéia, que foi destruída e soterrada por metros de cinzas e pedras-pomes após a erupção do Monte Vesúvio, em 79 d.C, hoje em dia é um sítio arqueológico que fica na região da Campania. Distante 24 quilômetros de Nápoles, essa antiga cidade Romana pode ser visitada através desse link! Esse é um dos lugares mais simbólicos de toda a Itália, e que com certeza promove uma verdadeira viagem no tempo! 9- Catedral de Nápoles Conhecida como Duomo di Napoli ou Duomi di Santa Maria Assunta, essa belíssima catedral já foi reconstruída por conta de terremotos e redecorada ao longo dos séculos! Por esse motivo, ela apresenta uma série de diferentes estilos arquitetônicos, desde o gótico original até o barroco. Construída entre 1299 e 1314 essa igreja que é o principal edifício religioso de Nápoles pode ser admirado através desse link! Em uma cidade com mais de 400 igrejas e capelas, essa é uma que se destaca e que com certeza merece uma visita - ainda que virtual. 10- Cinque Terre Cinque Terre é um conjunto de vilas localizadas à beira-mar na costa da Riviera Italiana. São cinco charmosas cidades, repletas de casas coloridas e vinhedos encantadores, com uma culinária incrível baseada em frutos do mar. Você pode passear pelas trilhas, ruas e pontes dessa região através desse link, e admirar o mar azul desta localidade que também é Patrimônio da Humanidade pela UNESCO desde o ano de 1997! Um passeio virtual A Itália é um país magnífico, com muitas atrações e monumentos belíssimos para serem visitados. Desde as belezas naturais até os edifícios com séculos de história: é atração para todos os gostos! E enquanto não visitamos esses locais pessoalmente, nada como se aventurar por passeios virtuais, e descobrir ainda mais sobre cada uma dessas atrações não é mesmo? Me conte nos comentários, qual destas 10 localidades você mais gostou, e qual você mais quer conhecer pessoalmente! Lembre-se também de registrar seu e-mail no campo abaixo do artigo para ser notificado quando uma novidade surgir aqui no blog! Arrivederci!
- 5 curiosidades incríveis sobre o carnaval de Veneza!
A maior festa de Veneza representa toda a riqueza cultural da cidade! O Carnaval de Veneza é uma celebração que atrai milhares de turistas anualmente e que demonstra toda a riqueza da cultura italiana! Essa é uma festa com séculos de tradição, e hoje vou te contar 5 fatos curiosos para você conhecer mais a respeito do famoso Carnevale di Venezia! 1- A origem do Carnaval de Veneza O Carnaval de Veneza foi criado no mesmo ano da consagração da Basílica de São Marcos, em 1094, pelo doge Vitale Falier. Falier era membro de uma das famílias mais poderosas de Veneza, e queria que a população pudesse se divertir em uma festa antes do início da quaresma. Assim, foi criado o carnaval, uma celebração onde a população poderia participar de jogos, brincadeiras e diversão em público. A ideia foi muito bem recebida por todos os venezianos, mas apenas em 1296 o Senado formalizou o carnaval com um decreto dizendo que o último dia antes da quaresma fosse um dia de festa. A população, porém, já começava a comemorar o carnaval meses antes, em dezembro. A oficialização do evento trouxe consigo uma série de usos, costumes, e tradições que podem ser observadas até hoje! 2- As máscaras de carnaval A população se encantou pelos festejos do carnaval justamente pelos momentos de liberdade que eles proporcionavam. Para celebrarem sem o julgamento da sociedade, os venezianos criaram trajes típicos que escondiam a sua identidade – e foi então que surgiram as famosas máscaras do carnaval de Veneza. Os homens usavam a “baùta”, uma roupa com uma espécie de capa que cobria todo o corpo. O rosto era escondido por uma máscara branca triangular, com uma abertura que não os impedia de comer e beber, mas era bem fechada, e por isso até alterava um pouco a voz de quem a usava. Já as mulheres usavam a “moretta” uma máscara preta de veludo oval. A máscara feminina não concedia muita liberdade, pois se encaixava no rosto por meio de um botão que devia ficar dentro da boca da mulher, o que as impedia de se expressarem. Esse ato de esconder a própria identidade geraram alguns acontecimentos negativos! Muitas pessoas se aproveitavam dos disfarces para cometerem atos imorais, golpes, pequenas ações criminais, que eram controlados pelas autoridades com uma certa dificuldade. Para tentar resolver o problema, as máscaras chegaram a ser proibidas em um período durante a noite, nos lugares sagrados e nas casas de jogo. Nos teatros, porém, elas continuaram sendo obrigatórias. 4- As brincadeiras de Carnaval Os jogos de carnaval em Veneza, assim como as máscaras, eram realizados para dar liberdade para o povo da cidade, naturalmente sérios e contidos. Dentre eles, estavam pirâmides humanas, corridas e competições entre acrobatas. Além disso, por todos os lugares havia a presença de saltimbancos, músicos, mímicos e artistas nas ruas. Apesar do clima de confraternização, algumas atividades eram bem cruéis e sangrentas. A caça ao touro, por exemplo, acontecia nos Campo San Geremia e Campo San Polo e era marcada pela decapitação de um touro, feita para exaltar a maestria dos açougueiros locais. O mattaccino também era um item comum nas brincadeiras. Era um estilingue utilizado para jogar ovos nas damas de Veneza! Esses ovos, entretanto, eram esvaziados e preenchidos com água de rosas. Além disso, haviam jogos de disputa, como o desafio dos punhos. Essa disputa de socos acontecia na Ponte dei Pugni e reunia dois grupos jogando adversários na água com socos violentos! Me conte aí nos comentários: você teria coragem ou gostaria de participar de alguma dessas brincadeiras? 4- Os personagens do Carnaval As máscaras e fantasias do Carnaval de Veneza são inspirados nos principais personagens da famosa “Commedia dell’Arte”, um gênero teatral que nasceu na Itália no fim do século XV e se espalhou pela Europa até o século XVIII. As máscaras e os personagens mais famosos são: O Pantalone: Um homem muito rico e que apesar da sua idade avançada era famoso pelas suas aventuras. Esse personagem representa o conservadorismo da sociedade. Colombina: Uma serva inteligente e habilidosa, a eterna amante de Arlecchino e que também era desejada por Pierrot. Arlecchino: Esta é considerada a máscara mais popular de Veneza. Esse personagem é considerado o palhaço, por seu modo de caminhar que se assemelha à uma dança! Pierrot: É um servo confiável e devotado a seu mestre. Além disso, é charmoso e carismático e usa roupas brancas folgadas com um lenço no pescoço. Pierrot é apaixonado por Colombina. Sua máscara retrata tristeza por ter seu coração partido, já que Colombina ama Arlecchino. 5- Napoleão e o fim do Carnaval A queda da República de Veneza aconteceu com a chegada de Napoleão, em 1797, e marcou não só o fim do poder da cidade, mas também acarretou várias transformações. Com medo do anonimato e da liberdade do carnaval, Napoleão decretou seu fim, permitindo somente as festas em casas privadas e nas ilhas de Murano, Burano e Torcello. A festa permaneceu proibida até 1979, quase dois séculos depois! Um grupo de cidadãos, começou a sair nas ruas com fantasias, jogos e máscaras. As autoridades públicas passaram a dar atenção à volta do carnaval e a investir no incentivo de manifestações e festas. Os artesãos voltaram a produzir os luxuosos vestidos e fantasias da época e a festividade invadiu novamente a Praça São Marcos, e as ruas de Veneza! Hoje em dia o Carnaval de Veneza atrai foliões do mundo inteiro a partir da última metade de janeiro. Apesar do frio, durante os finais de semana, a Praça São Marcos fica lotada de pessoas vestidas a caráter que alugam ou confeccionam suas próprias fantasias! Participar dessa festa com certeza é uma emoção única! Me responda nos comentários: você já teve a oportunidade de viver essa experiência? Se não, gostaria de visitar Veneza durante o período do carnaval? Se você gostou desse artigo, não esqueça de deixar o seu comentário e cadastrar o seu e-mail no campo logo abaixo do texto! Eu estou sempre postando conteúdos novos para ajudar pessoas com você, que querem estudar italiano e conhecer mais da cultura desse país que tanto amamos: a Itália! Arrivederci!
- Itália abre novamente as portas para brasileiros!
Você estava com saudades de retornar à Itália, ou então planejar a sua primeira viagem para o país da bota? Então, pode preparar as malas… Desde o dia 1º de março, entrou em vigor a recomendação da UE (União Europeia) para que os países membros revoguem as restrições de viagens para todos os turistas totalmente vacinados contra a COVID-19, ou então que se curaram da doença no últimos 180 dias. Durante a pandemia, a Itália dividia os países em grupos que possuíam diferentes critérios de entrada no país. Agora, no entanto, as regras são iguais para todos! Isso significa que nós, brasileiros, estamos novamente liberados para visitar a Itália! Essa é uma excelente notícia para você que estava desejando fazer uma viagem ao país da bota e teve seus planos interrompidos pela pandemia. Confira nesse artigo informações detalhadas sobre essas novas normas para ingressar no país, e tudo o que é necessário para embarcar sem problemas e curtir sua viagem! Quais os critérios para viajar para a Itália? O Ministro de Saúde da Itália, Roberto Speranza, informou que a partir do dia primeiro de março de 2022, as regras impostas para o ingresso de estrangeiros no país serão as mesmas do que as impostas para os visitantes de países membros da União Europeia. Sendo assim, para entrar na Itália, é preciso apresentar o certificado de vacinação ou de cura da COVID nos últimos 180 dias. Se por acaso você ainda não estiver totalmente vacinado, será necessário apresentar um teste negativo, feito em até 72 horas antes da partida. Se você já estiver vacinado com todas as doses ou curados da COVID, não será necessário apresentar teste negativo. Atualmente, a Itália aceita as vacinas produzidas pelas seguintes empresas: Pfizer/BioNTech; Moderna; Janssen; Oxford/AstraZeneca; Novavax; Conforme as regras da Uniao Europeia, todos os imunizantes aprovados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) também deverão ser aceitos. Dessa forma, serão inclusas também as vacinas da Sinovac (CoronaVac), da Sinopharm, da Bharat Biotech e a Covovax do Instituto Sérum. Entretanto, como essas vacinas são diferentes das autorizadas pela Agência Europeia de Medicamentos, caso o turista tenha sido imunizado com eles, pode ser necessário apresentar testes antes da entrada, ou então realizar o isolamento, ou quarentena. Crianças e adolescentes de até 18 anos podem viajar se respeitarem as mesmas regras: estando vacinados ou curados da COVID nos últimos 180 dias. Caso elas não se enquadrem nessas condições, poderão viajar com um teste PCR negativo realizado no mínimo 72 horas antes da partida. Documentação necessária Além do óbvio (como o passaporte) alguns outros documentos são necessários para embarcar e adentrar sem problemas na Itália. Você precisará do certificado de vacina, de cura, ou PCR com resultado negativo. Para que o seu certificado de vacina seja aceito, é necessário que ele esteja escrito em inglês, espanhol, italiano, alemão ou francês. Ele também precisa conter seu nome completo e data de nascimento, bem como indicar nome e lote da vacina, juntamente com a data em que você recebeu as doses e os dados da instituição que emitiu o certificado. Isso significa que o certificado emitido pelo Conecte SUS será aceito, em sua versão em inglês que pode ser acessada através do próprio aplicativo! Juntamente com isso, precisará preencher um formulário online, o PFL (Passenger Locator Form). Esse é um documento online que precisa ser preenchido antes do embarque! Acesse o formulário nesse link. Somente na ausência dos certificados citados acima será necessário realizar o isolamento de 5 dias com a obrigação de realizar teste molecular ou antígeno ao final desse período. Então… Partiu viajar para a Itália? Depois de 2 anos com as portas fechadas para os turistas, a Itália finalmente está permitindo a entrada de visitantes de fora da União Europeia. Essa medida foi tomada frente as boas notícias referentes a pandemia! Segundo dados recentes. aproximadamente 79% da população italiana está totalmente vacinada! Além disso, o número de casos de COVID estão caindo desde a segunda quinzena de janeiro. Mesmo com isso, é claro que as medidas básicas de segurança seguem sendo tomadas e é importante respeitá-las, para a sua segurança e a dos demais. Isso incluiu usar máscara, evitar aglomerações e respeitar as indicações de distanciamento - além, é claro, de sempre manter a higiene e utilizar o famoso álcool em gel. Lentamente, o mundo vai retornando à normalidade, e é emocionante saber que o acesso a esse país tão rico, cultural e está historicamente permitido novamente, não é mesmo? Me conte nos comentários se você pretende visitar a Itália ainda esse ano! Lembre-se também de registrar o seu e-mail no campo logo abaixo do artigo. Dessa forma, você será notificado quando um novo post surgir por aqui, e ficará sempre por dentro das novidades envolvendo esse país que tanto amamos: a Itália! Nos vemos no próximo artigo! Arrivederci!
- A história da peste negra em Veneza
A epidemia que assolou a Europa no século XVII devastou a cidade de Veneza - mas também contribuiu para o surgimento da quarentena, técnica de contenção utilizada até os dias de hoje. O mundo infelizmente já passou por diversas epidemias, e a Itália foi bastante afetada por elas - incluindo a Peste Negra, considerada a maior de todas. Veneza, cidade portuária, acabou se tornando a porta de entrega para essa e diversas outras doenças, trazidas das mais diferentes partes do mundo pelos viajantes. No artigo de hoje, eu vou mostrar como a Peste Negra se desenvolveu na cidade - mas também como os Venezianos conseguiram conter a disseminação da doença, se tornando um exemplo para o restante da Europa. Confira! Como a epidemia chegou em Veneza? Vários historiadores sugerem que a origem da peste negra se deu na Ásia, mais especificamente na China. Sua inserção na Europa teria ocorrido por meio de caravanas comerciais que se dirigiam para cidades portuárias do Mar Mediterrâneo, como Gênova e Veneza, lugares esses onde havia uma intensa atividade comercial e grande concentração de pessoas. Inicialmente, os principais agentes transmissores da doença eram os ratos e as pulgas, que se proliferavam com facilidade tanto nos navios, quanto nas cidades e nos vilarejos menores em razão das condições precárias de higiene. Posteriormente, na fase mais crítica da pandemia, a contaminação ocorria por via aérea. Por meio de espirros ou tosse, a doença acabava sendo transmitida pelo ar. A peste era chamada de negra pois causava manchas negras na pele das pessoas, consequência de infecções. Essa peste também ficou conhecida como bubônica por provocar bulbos, que são inchaços infecciosos no sistema linfático, e que apareciam principalmente nas regiões das axilas, virilha e pescoço, antes de se espalhar pelo corpo todo. Em um período de cinco anos, um terço da população de toda a Europa morreu, o que significa que a peste negra fez entre 155 e 220 milhões de vítimas, e por isso é até hoje considerada a epidemia mais mortal da história. Tratamentos e precauções No auge dessas mortes, é claro que algumas medidas foram tomadas para evitar a proliferação dessa doença – algumas certas, e algumas erradas, afinal, estamos falando de uma época em que a medicina não era avançada e a falta de informação prejudicava bastante o tratamento dos enfermos. Durante a peste negra, as cidades contratavam médicos para tratar os doentes. Nem sempre estes eram habilitados ou possuíam estudos de medicina, mas eram aceitos com a esperança de que trariam a cura. Os médicos da peste, como ficaram conhecidos, vestiam uma máscara feita de couro e com um bico que se assemelhava ao de um pássaro. Dentro desse bico eram colocadas ervas aromáticas, a fim de prevenir o contágio, mas que também ajudavam a suportar o cheiro ruim vindo de tantos cadáveres. Muitas medidas eram tomadas na Europa inteira e em Veneza, na esperança de reduzir a contaminação e acabar com a peste. Por exemplo, era muito comum acender fogueiras e queimar ervas a fim de que a fumaça levasse a doença embora ou banhar os doentes com a água salgada da laguna. Além disso, os médicos recomendavam a ingestão de substâncias doces ou amargas, como absinto, vinagre ou um pedaço de âmbar cinzento - esse último era exclusividade dos muito ricos e consistia na secreção retirada do intestino de uma baleia. Isso, é claro, não funcionou, mas foi em Veneza que surgiu uma prática utilizada até os dias de hoje em situações parecidas: a quarentena. O termo vem do italiano quaranta giorni, ou, quarenta dias. Qualquer navio mercante que parasse em Veneza era inspecionado antes de desembarcar na cidade. Se uma única pessoa fosse suspeita de estar doente, toda a tripulação ficava isolada por 40 dias. Essa técnica mais tarde começou a ser adotada em diversas cidades portuárias e foi considerada uma das medidas mais eficientes para conter a peste. Além disso, foi também em Veneza que surgiram os primeiros lazarettos do mundo. Os lazarettos eram hospitais isolados, ou hospitais-colônia, espaços para onde os doentes eram enviados. O Lazaretto Vecchio, por exemplo, foi construído em 1403, numa ilha isolada. Muros altos, grandes quartos e camas que abrigavam três ou quatro doentes de cada vez. Se você fosse mandado para lá, tinha 90% de chances de morrer. O Lazaretto Vecchio funcionou até 1630, não só para vítimas da peste negra, mas também como um leprosário. Acredita-se que os números chegavam a 500 mortos por dia. Mesmo com a taxa de mortalidade tão alta, o ato de isolar os doentes do restante da população se mostrou muito eficiente. Superação e esperança É coerente afirmar que muitas das medidas assertivas tomadas para conter a Peste Negra foram descobertas através de tentativa e erro - muitas tentativas e vários erros, diga-se de passagem. Ainda assim, os acertos nos trazem benefícios até os dias de hoje. Atualmente, uma das medidas mais eficazes na contenção de diversas doenças é o isolamento - e todos nós vivenciamos isso durante a crise do COVID-19. Por isso, devemos todos agradecer aos venezianos que, mesmo sem conhecimento técnico, descobriram essa medida e salvaram a vida de tantas pessoas pelo mundo todo. Me conte nos comentários se você já sabia os detalhes desse acontecimento histórico que afetou o mundo todo! Lembre-se também de cadastrar seu e-mail aqui embaixo, para receber as novidades do blog e ficar por dentro de todos os conteúdos sobre história e cultura da Itália! Arrivederci!
- O que nenhum guia turístico te conta: 5 atrações secretas de Roma para visitar
Conheça aqui 5 atrações surpreendentes da Cidade Eterna e que fogem do roteiro da maioria dos turistas! Roma é uma cidade muito interessante e repleta de história. Os principais pontos turísticos são conhecidos mundialmente, e claro que merecem uma visita, mas a magnífica "cidade eterna" possui muitas atrações secretas e curiosas. Essas informações não estão presentes na grande maioria dos guias turísticos e por isso não são tão visitadas. Veja bem: não por elas serem desinteressantes, bem pelo contrário, mas sim porque poucas pessoas sabem da existência dessas atrações. Por isso, no artigo de hoje eu vou te mostrar alguns lugares incríveis e secretos de Roma que passam despercebidos pela maioria dos turistas, inclusive dos próprios italianos de outras regiões. Confira! 1 — Via Piccolomini Todos já percebemos que, ao nos distanciarmos de um objeto, temos a impressão de que esse objeto vai ficando cada vez menor. Mas, e se existisse uma forma de fazer esse efeito ao contrário? E justamente fazer isso com a majestosa cúpula de São Pedro... Sim, meus amigos, é possível, e é incrível. Quanto mais nos afastamos da cúpula da basílica, mais grande ela parece ficar, mas esse efeito quase mágico só é possível em uma rua praticamente desconhecida pelos turistas, a via Piccolomini. A Via Piccolomini se encontra em uma posição um pouquinho mais elevada do que o resto da cidade, nas proximidades da colina del Gianicolo. Essa rua é perfeitamente alinhada com a cúpula de São Pedro e quanto mais nos afastamos, maior a cúpula nos parece, como se estivesse crescendo bem diante dos nossos olhos. É até difícil descrever, mas se você tiver a oportunidade de visualizar esse efeito, verá que é um espetáculo raríssimo e que dá um nó no cérebro. Esse feito acontece devido a disposição dos edifícios e ao local elevado de observação dessa rua. Enfim, a via Piccolomini é um local secreto onde você pode ver esse efeito fascinante da cúpula mais famosa do mundo a ainda aproveitar o local para uma bela noite romântica. Confira abaixo um vídeo onde é possível observar o efeito ótico: 2 — La prospettiva del Borrimini O segundo local secreto é mais um efeito ótico que passa despercebido pelos turistas! Se trata da la finta prospettiva del Borrimini, em português a falsa perspectiva de Borrimini. Tudo começou no ano de 1632, quando o cardeal Bernardino Spada adquiriu um palácio, chamado atualmente de Palazzo Spada, e pediu ao arquiteto Francesco Borrimini que reformasse o edifício para que ele ficasse com características do estilo barroco. Ali o grande Borrimini fez a sua mágica, transformando o corredor de 8 metros que dá acesso ao jardim em um corredor de 37 metros, -ou pelo menos aparenta ter 37 metros, já que é pura ilusão de ótica. Borrimini construiu uma sequência de colunas que diminuem de tamanho ao avançarem pelo corredor adentro. O piso também vai se elevando gradativamente e tudo isso cria uma perspectiva falsa que faz com que um corredor de 8 metros pareça ter 37. Para realizar esse grande efeito, Borrimini contou com a ajuda de um matemático, o padre Giovanni Maria da Bitonto. Ao visitar o local você vai perceber como esse efeito é incrível e como causa curiosidade aos turistas. O Palazzo abriga um museu e você pode aproveitar para ver belíssimas obras dos séculos 16 e 17. Além disso, é bem tranquilo, pois não é destino da maioria dos turistas que desconhecem o efeito ótico de Borrimini. 3- Il Buco Della Serratura Il buco della serratura, em português, "o buraco da fechadura”, é uma atração que fica na Piazza dei Cavelieri di Malta, localidade próxima do Circus Maximus. Ela não passa de um antigo portão de um convento, cuja fechadura permite espiar a cúpula da Basílica de São Pedro! A igreja se encaixa perfeitamente no buraco, e essa com certeza é uma vista curiosa e interessante. Ela rende fotos especiais, e é claro, um passeio muito divertido! Tudo isso, sem as famosa filas e aglomeração de turistas, afinal, poucas pessoas sabem da existência desse curioso buraquinho, com uma das vistas mais impressionantes... 4- La chiesa di Sant’Ignazio di Loyola Em Roma existem mais de 900 igrejas, uma mais impressionante que a outra, mas essa em especial tem mais um efeito ótico interessante, principalmente se levarmos em conta que foi feito há tanto tempo, em 1626. A igreja esconde uma ilusão incrível, a chamada “finta cupola”, que funciona da seguinte forma: Perto do altar, procure um círculo no piso de mármore. Fique parado bem em cima do círculo e olha para o alto, para o teto da igreja. Você vai ver a sua belíssima cúpula. Até aí tudo certo, mas ainda olhando para o alto, dê um passo em qualquer direção e veja o que acontece... a cúpula se deforma diante de seus olhos. Mas, por que isso ocorrer? Na verdade, a cúpula não existe! é uma obra de arte, uma pintura 3D incrivelmente realística feita pelo pintor, professor e arquiteto jesuíta Andrea Pozzo, um dos principais artistas da arte barroca Católica. Lembre-se: se quiser ver o efeito ótico você precisa estar exatamente no local onde está marcado o círculo no piso, de qualquer outro lugar a mágica não acontece. A entrada na Igreja de Santo Inácio é gratuita e fica a apenas 270 metros do Panteão, 3 minutos a pé em direção a Fontana di Trevi. 5 — Via Arco dei Banchi Já imaginou passar por um túnel e, ao olhar para cima, enxergar um céu repleto de estrelas? Mais uma vez, essa experiência curiosa e impressionante é possível em Roma! Estou falando da Via Arco dei Banchi, uma ruazinha coberta por um arco que liga a Via Paola com a Via del Banco di Santo Spirito com uma pequena passagem de pedra. O diferencial aqui é o teto, pintado com um belo tom de azul e com inúmeras pequenas estrelas! Seja de dia ou à noite, se você passar por esse arco de Roma, se sentirá debaixo de um céu repleto de estrelas! Roma, a cidade de muitos encantos Acho que depois desse artigo, você conseguiu perceber como as atrações de Roma vão muito além do Coliseu e da Fontana di Trevi, não é mesmo? É claro que esses locais mais famosos valem a visita, mas também é encantador passear por ruas menos movimentadas e desvendar esses verdadeiros segredos da cidade... Me conte nos comentários se você já conhecia algum destes lugares do artigo, e qual deles mais ficou curioso(a) para conhecer! Lembre-se de cadastrar seu e-mail no campo abaixo do artigo, caso ainda não tenha feito isso, para receber as novidades aqui do blog diretamente no seu e-mail! Nos vemos no próximo post! Arrivederci!
- A celebração de Páscoa na Itália
A Páscoa na Itália, juntamente com o restante da Semana Santa representa a forte tradição religiosa do país. Assim como no Brasil, a Páscoa na Itália é uma festa religiosa muito importante. A data é celebrada todo ano, no primeiro domingo após a primeira lua cheia que ocorre depois do equinócio de primavera/outono. Ainda assim, existem algumas diferenças em relação à Páscoa da Itália e a do Brasil. Desde as comidas típicas até as brincadeiras e os presentes, essa diferença cultural é o que faz da Semana Santa um período tão interessante no país da bota. Dessa forma, confira nesse artigo as informações que reuni sobre a Páscoa na Itália. Entenda o que comem, fazem e celebram os italianos nessa data tão especial! Confira, ainda, os ritos e tradições que acontecem até hoje! A origem da celebração de Páscoa A Páscoa é uma celebração com um plano de fundo religioso muito forte. Na Itália, então, a população carrega muitas tradições, simbolismos, história, lendas e religiosidade, afinal, estamos falando do local que é a sede da Igreja Católica. Ainda assim, a Itália antiga é repleta de folclore e ritos pagãos, onde se celebrava o início da primavera, as colheitas e a fartura. Conta a história que os antigos romanos comemoravam nesse período um culto à fertilidade. A tradição era de que as crianças procurassem por ovos escondidos em suas casas e recebiam doces como prêmio, costume bem comum até os dias de hoje - ainda que existam algumas adaptações. Atualmente, essas celebrações se misturam com as religiosas que fazem referência à morte e ressurreição de Jesus Cristo. Isso deu origem a uma data festiva muito interessante, repleta de referências e uma herança cultural muito rica. Confira todos os detalhes a seguir! Os símbolos da Páscoa na Itália Os símbolos da Páscoa na Itália são parecidos com os conhecidos aqui pelo Brasil, e também carregam significados religiosos, representando a renovação. Veja aqui quais são os principais, e seus respectivos significados! L'uovo - O Ovo O ovo, assim como o pintinho, são símbolos de nascimento e de uma nova vida. O ovo é uma imagem muito representativa da Páscoa, por celebrar a ressurreição de Jesus Cristo — ou seja, o seu renascimento. Na Itália, além do ovo ser consumido em receitas salgadas, também é comum encontrar ovos decorados com diversos desenhos e dedicatórias, recheados com doces, e até mesmo os ovos de chocolate, tão famosos no Brasil. L'agnello - O Cordeiro No cristianismo, Jesus muitas vezes foi comparado ao cordeiro, chamado de “Cordeiro de Deus”. Isso se dá pelo fato do cordeiro era um animal dócil muito usado para sacrifícios em nome de Deus. Assim, se o ovo é o símbolo da vida, o cordeiro representa o sacrifício feito pelo Filho de Deus. Adotar o cordeiro como símbolo da Páscoa é uma tradição também dos judeus, que consomem cordeiro em memória ao fato de que Deus, antes de enviar a última praga contra os egípcios para matar todos os primogênitos, prometeu a salvação se os chefes de família marcassem as portas das suas casas com sangue de cordeiro. Il Coniglietto - O Coelhinho Assim como o ovo, o coelho representa a reprodução, nascimento de novas vidas e renovação. Além disso, como este animal muda a cor do seu pelo conforme as estações quentes e frias, é referido por Santo Ambrósio como um símbolo da Ressurreição. Da mesma maneira, o coelho era um dos primeiros animais a serem vistos com o fim do inverno. Isso fez com que o coelho passasse a ser enxergado como um símbolo da renovação e, portanto, da ressurreição. La campana - O Sino O sino representa a festa, a alegria com que os fiéis celebram a Páscoa e a Ressurreição de Jesus. Assim, na Sexta-feira Santa, quando se comemora a morte de Cristo, os sinos de todas as igrejas tocam em luto, enquanto no dia de Páscoa os sinos de todas as igrejas tocam em celebração para anunciar a Ressurreição de forma festiva. Il cero - A Vela A vela representa a ressurreição de Cristo e os fiéis que acompanham a chegada da vela à igreja em procissão simbolizam o novo povo de Deus seguindo o Cristo ressuscitado, a luz do mundo. Mais um símbolo com forte significado religioso, a luz da vela ilumina as trevas, e por isso ela é um símbolo de Jesus, considerado a luz do mundo, pois com sua morte e ressurreição derrotou as trevas. A culinária de Páscoa na Itália Assim como o Natal e diversas outras festas da Itália, a Páscoa também é uma celebração familiar. Sendo assim, é muito comum que as famílias italianas se reúnam desde a manhã do domingo de Páscoa. Teoricamente, é o café da manhã do domingo de Páscoa que marca o fim do jejum da quaresma, pois esse é o primeiro alimento substancioso depois dos 40 dias - e muitas delícias são reparadas ao longo do dia para essa celebração especial. É claro que isso envolve muita comida - afinal, não seria diferente na terra de uma das culinárias mais famosas do mundo. A gastronomia típica de Páscoa na Itália é diferente entre as regiões do país, mas as principais comidas você confere agora: 1 — Agnello / Cordeiro Além de ser um dos símbolos que representam a religiosidade da data, o cordeiro se faz presente também na mesa dos italianos durante a Páscoa. Em quase todas as regiões do país, o cordeiro é consumido como prato principal no almoço. A diferença se dá entre os acompanhamentos: no Piemonte, ele é assado com batatas, no Vêneto e na Campânia é feito com alecrim e cebola, e na Sicília, com queijo e ovos, por exemplo. Seu consumo tem significado religioso, pois representa o sacrifício de Cristo na cruz. Também está ligado à celebração judaica da Páscoa, onde, antes do êxodo do Egito, conforme prescrito por Deus a Moisés, o povo de Israel sacrificou um cordeiro e o comeu assado, junto com ervas e pão. 2 — Torta Pasqualina A torta pasqualina é um prato típico da região da Ligúria durante a Páscoa. Ela leva ovos cozidos inteiros no recheio, como uma forma de simbolizar o renascimento e a vida, que é celebrada nesse período nos rituais do cristianismo e também nas celebrações pagãs de equinócio. Esse prato consiste em massa folhada à base de farinha e azeite de oliva, com recheios que variam entre espinafre, alcachofra ou acelga. Além disso, a receita também leva queijo ralado, noz moscada, noz-moscada, e é claro, os ovos. A torta pasqualina é um prato que pode ser encontrado também fora da Itália, pois é muito popular no Uruguai, Paraguai, Argentina e ate mesmo no Chile. A diferença é que, nestes outros países, ela é consumida durante o ano todo, não sendo uma exclusividade da Páscoa. 3 — Colomba A Colomba é um doce popular da Páscoa aqui no Brasil também! Esse doce, nascido em Pavía, na Itália, tem uma história de origem bem interessante: Conta a lenda que, quando a cidade do norte da Itália estava sendo saqueada por soldados do rei dos Lombardos, Alboino, um padeiro da cidade decidiu assar um bolo em formato de pomba para simbolizar a paz! Ele ofereceu o bolo aos invasores, e eles gostaram tanto do doce que decidiram poupar a cidade e não mais invadi-la! A história sendo verdadeira ou não, o importante é que o bolo em forma de pomba (colomba, em italiano) tornou-se uma tradição da Páscoa. 4 — Pinza A Pinza é mais um doce que compõe a mesa dos italianos na região de Friul-Veneza Júlia durante a Páscoa. Ela nada mais é do que um pão doce e cítrico, aromatizado com casca de limão e laranja! Conforme a tradição, ele é servido acompanhado de uma fatia de presunto para quebrar o jejum da sexta-feira santa. Em sua cobertura, é desenhada uma espécie de cruz, que simboliza a paixão de Cristo. Como são as celebrações de Páscoa na Itália? As comemorações da Páscoa na Itália se iniciam na sexta-feira (data em que os italianos trabalham normalmente) e vão até a segunda-feira! Isso mesmo, a celebração de Páscoa não acaba no domingo. Isso acontece, pois, na Itália, a segunda-feira também é um feriado conhecido como “pasquetta”. Essa é uma data que celebra a aparição do anjo para mulheres que visitavam o sepulcro de Jesus anunciando a sua ressurreição. Se o fim de semana é celebrado com refeições em família, a “pasquetta” é comemorada com mais reuniões familiares, piqueniques, passeios pelo centro da cidade e pelos pontos turísticos. De uma maneira geral, a Páscoa na Itália é um momento de paz, união familiar e o toque especial que todo evento na Itália carrega: a comida deliciosa e confraternização ao redor da mesa! Me conte nos comentários: Quais são os costumes de Páscoa da sua família? Lembre-se também de cadastrar seu e-mail no campo abaixo do artigo para receber as atualizações aqui do blog! Buona Pasqua! Arrivederci!
- As 5 atrações mais estranhas da Itália
Nem só de Torre de Pisa e Coliseu vive o turismo da Itália... Que a Itália é repleta de paisagens incríveis e monumentos impressionantes, acho que todos já sabem. Mas, quando se trata de atrações estranhas e curiosas, o país da bota também é um prato cheio! Se você é o tipo de turista que adora ir atrás de localidades diferentes, ou se a sua curiosidade sempre fala mais alto, nesse artigo eu trouxe uma seleção de 5 lugares inusitados que podem ser visitados na Itália! Desde museus com cadáveres até bichinhos de pelúcia gigantes... Tenho certeza que você irá se surpreender! Confira agora as 5 atrações mais estranhas da Itália! 1 — O Coelho Gigante dos Alpes Os Alpes italianos são o lar de um coelho um tanto quanto diferente! Ele se chama Haze, e possui nada mais do que 55 metros de comprimento! Ele foi colocado no topo da colina de Colletto Fava, região de Piemonte, por artistas em 2011. Infelizmente, a previsão é de que até 2025, ele já tenha se decomposto com a ajuda do tempo e dos animais, por ser feito de palha e tecido. Então, se você quer visitar esse coelho diferente, fique atento: é melhor correr antes que ele desapareça! 2 — O Cristo Submerso de San Fruttuoso Na Baía de San Fruttuoso, entre Camogli e Portofino, na Riviera italiana, fica localizada uma uma das atrações subaquáticas mais visitadas do mundo! Estou falando da estátua de Jesus Cristo feita em bronze, em posição de oferenda: com as mãos e cabeça voltadas para cima, em direção a superfície da água. Essa estátua foi esculpida pelo artista Guido Galleti, sob a sugestão do mergulhador italiano Duilio Marcante. A obra possui 2,5 metros de altura se encontra a 17 metros de profundidade! Ela foi colocada sob as águas em 22 de agosto de 1954, próximo ao local de falecimento de Dario Gonzatti, o primeiro italiano a usar equipamentos de mergulho. A obra é conhecida como Il Cristo degli Abissi ou, O Cristo do Abismo em português. 3- Centuripe, a cidade em formato de pessoa Centuripe é uma comuna italiana da região da Sicília, na província de Enna, e tem cerca de 5.900 habitantes! Essa pequena cidadezinha é como qualquer outra cidade do interior da Itália: calma, pacata e charmosa. O que chama atenção em Centuripe é justamente o seu formato! Vista de cima, a cidade tem o formato de uma pessoa! Mas, as suas atrações não param por aí. Chamada de “Varanda da Sicília”, ela oferece uma maravilhosa vista panorâmica de 360 graus de toda a região, especialmente do Monte Etna onde o vulcão de mesmo nome está em constante erupção. Além disso, Centuripe possui um dos sítios arqueológicos mais importantes do mundo, referente ao período helenico e romano. A cidadezinha em formato de pessoa com certeza é um roteiro imperdível para quem visita a Sicília! 4 — A Fonte de Vinho, na Villa Caldari Que os italianos são apaixonados por vinho todo mundo sabe, mas você acredita que eles amam tanto essa bebida que criaram até um fonte que jorra vinho o tempo todo? Essa atração curiosa fica na Villa Caldari, em Abruzzo, na província de Chieti, não muito longe de Ortona e se trata de uma fonte que jorra vinho ininterruptamente! Ela foi inaugurada em 9 de outubro de 2016, data que é tradicionalmente dedicado à colheita e à prensagem de Montepulciano Storico Nitae, uma videira típica de Abruzzo. O melhor de tudo é que, assim como as outras fontes de água potável espalhadas pela Itália, a bebida é gratuita! Por isso, se estiver passando pela região, não deixe de se deliciar com um delicioso vinho típico e gratuito! 5 — O museu da morte, em Palermo Se você gosta de atrações macabras e diferentes, As Catacumbas dos Capuchinhos de Palermo, na Sicília, abrigam um dos museus mais originais e curiosos do mundo! Essas catacumbas são o “lar” de mais de oito mil esqueletos — a maioria deles pertencentes à elite, clero e nobreza locais. Essas catacumbas existem desde o ano de 1599, quando o monge Silvestro de Gubbio foi sepultado no local, para ser orado e visitado, já que ele tinha reputação de santo! Depois disso, os frades capuchinhos iniciaram um cemitério subterrâneo atrás do altar da Igreja Santa Maria della Pace. Tudo era feito de maneira desleixada: os corpos eram enrolados em lençóis e jogados em uma espécie de fossa. Com o tempo, o espaço ficou pequeno demais, e ao transportar os corpos para um ambiente maior, os frades repararam que muitos haviam se mumificado naturalmente! A partir de então, os corpos começaram a ser colocados em pé, em nichos, na disposição que pode ser observada hoje. O Museu das Múmias pode ser visitado de segunda a sábado, das 9h00 às 13h00 e das 15h00 às 17h00, e o valor da entrada é de 3 euros! Passeios diferentes Aposto que depois desse post, você já tem, pelo menos, um local curioso na Itália que está com vontade de visitar! Estou certo? Me conte aqui nos comentários qual desses lugares diferentes da Itália você ficou com mais vontade de visitar! Lembre-se também de cadastrar seu e-mail no campo abaixo do texto, para receber as atualizações do blog diretamente no seu e-mail! Nos vemos no próximo artigo! Arrivederci!